A série de assassinatos (ou tentativas de) a que vimos assistindo e continuaremos a assistir, são operações da CIA, do MI6 e doutros serviços da OTAN, que contratam «homens de mão» para atentados terroristas. Desde 07 de Outubro de 23 assistimos a um horrível massacre contínuo de população inocente às mãos do exército IDF de Israel, cometendo crimes de guerra. Mas, também há uma multiplicação de atos de terrorismo contra alvos especiais, pelo «Grande Hegemon».
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quinta-feira, 2 de maio de 2024

OPUS VOL. III, 15. O CONSELHO DOS ABUTRES

 Nota prévia:

Este poema foi escrito na sequência do 11 de Setembro de 2001. Publiquei-o a 29 de Setembro desse mesmo ano. Não tinha ilusão sobre a política de abutres grandes e pequenos que iria desenrolar-se daí por diante. Infelizmente, para todos nós, a minha intuição estava correta!

Manuel Banet

(Murtal, Parede, a 02 de Maio de 2024)




Fábula: O CONSELHO DOS ABUTRES


Reuniu-se o Conselho Supremo dos Abutres,
Para decidir de magna questão:

O Abutre-chefe, bateu as asas e disse:

"Senhores; a situação é grave.
Há grande falta de carniça no mercado!"
Virando-se para um dos seus generais,
Interrogou: "Não haverá por aí uma
Guerra que se aproveite?"
Ao que o general abutre respondeu: "De momento,
Que se veja, não! Porém, temos planos para
Remediar tão penosa situação "
"Dizei-me então", retorquiu o Abutre-Chefe,
"Tem de ser algo em grande, 
E que nos sirva por muitos e bons anos!"

G: "Recebi informação dos nossos amigos Chacais
Que um banho de sangue de carneiros está em preparação,
Pelos abutres do outro lado"
A-C: "Quais? Dizei-me tudo o que sabeis!"
G: "Aqueles mesmos que preparámos e treinámos
Durante longos anos e que agora se têm rebelado
Contra o Vosso supremo comando:
Vão causar um genocídio, dentro da nossa coutada,
Para mostrar que já não nos temem ou respeitam!"
A-C: " Dentro da nossa coutada !?"

Aí, pediu a palavra o velho Abutre, que já tinha sido
Conselheiro de muitas empresas de carne-para-canhão
E disse: "Pois bem, deixemos que atuem!
Assim, teremos pretexto para desencadear as nossas operações!"
Grande algazarra se elevou então no Conselho:
Uns gritavam: "O quê? Deixar que soframos uma tal humilhação?!"
Outros: "Mas se desta vez os cachorros
Se puserem a ladrar que estamos feitos com o outro lado?"

A maioria estava muito excitada, ao saber
Que a grande crise estava prestes a terminar:
Os abutres não se importam de onde vem a carniça,
É sempre bem-vinda, para satisfazer suas grandes panças.
O Abutre-chefe ergueu-se então do seu trono,
Voejou em torno da mesa de conferências e pousou no meio desta.
Fez-se logo um silêncio sepulcral. Então disse:
" Sim; este é o momento!
D'agora em diante, teremos abastecimento
Copioso, tanto e tanto, que ainda vai sobrar
Pra satisfazer a gula dos falcões, hienas,
Chacais e todos os nossos amigos: 
Eles são os nossos aliados naturais!
Vamos organizar o cenário da guerra, 
Com sua preciosa colaboração."

O enviado dos falcões disse então:
"Estamos d'alma e coração convosco!
Temos nossas esquadrilhas preparadas
Para atacar. Iremos vestidos de pombas,
Como é nosso hábito, para que os cordeirinhos
Da nossa cerca fiquem quietos e calados!"

O Embaixador das Hienas, pediu a palavra
E disse: "Se Vossas Senhorias me permitem,
Devido aos longos anos que tenho de
Experiência com as hostes cornudas,
Penso que podemos dar precioso contributo
A tão nobre causa; temos esquadrões
Bem treinados para semear o terror
Nos rebanhos, receitas infalíveis
Para os desorientar, para confundirem
Nossos dizeres com apelos de cães-pastores:
Assim eles serão voluntários
Para irem imolar-se pela nossa causa!"

"Muito bem!" Disse o Chefe-Supremo.
"Ordeno que ponham em marcha os preparativos
Da grande guerra que irá, com nosso selo,
Marcar o início desta nova era! "

Todos aplaudiram entusiastas, fazendo juras
D'eterna fidelidade ao Céu dos Abutres,
À civilização da Carnificina,
Ao modo de vida Necrófago.

A voz rouca do velho abutre fez-se
Ouvir, após a gritaria ter acalmado:
"Amigos: que tal escolher uma data
Simbólica de início da grande campanha
Ficava a calhar o 11 de Setembro:
Sim: Onze do nove de setenta e três!
Com certeza se recordam desta data,
Para a qual eu muito contribui
Discretamente preparando
Aquele magnífico holocausto!"

C-A: "Está bem, velho e fiel amigo"
Disse o Grande Chefe Abutre,
"Acho que é uma ótima ideia!"
Dito isto, encerrou solenemente o Conselho,
Com piedosa oração e toda a assembleia se dispersou,
Cada qual indo cumprir sua missão,
Dando seguimento às ordens do Chefe Abutre.

quinta-feira, 19 de maio de 2022

PERDIDO POR CEM, PERDIDO POR MIL...


 

Sobretudo quando se trata de dinheiros públicos, ou seja, aquele dinheiro que - cedo ou tarde - todos nós teremos de pagar, porque somos nós a fonte donde o Estado vai buscar o dinheiro.

Isto vem a propósito dos biliões que se vão enterrar (ou melhor, vão entrar... e sair) nesse poço sem fundo: 

- Quando a guerra está perdida, quando os próprios ministros do governo Zelensky declaram que só com muitos biliões a podem aguentar porque o Estado ucraniano está falido. Vem, depressa, Úrsula ajudar! 

A ajuda da União Europeia consistirá (para já) em  9 biliões frescos. Eles serão devorados até ao último cêntimo, num Estado falido. Estado esse que é o mais corrupto do mundo. O mais certo, é o dinheiro ir parar às contas do Kolomoisky e outros oligarcas e apoiantes do regime, além das contas off-shore do comediante Zelensky, feito presidente. 

Porém, a palhaçada não acaba aqui, pois o congresso dos EUA já decidiu enviar 40 biliões, para «ajuda». Isto é o negócio do século, para muitos cleptocratas, e não apenas da Ucrânia, também dos próprios países «doadores». (Eu coloco «doadores» entre aspas, pois nós não fomos ouvidos nem chamados. )

Nós, «os servos», dum lado e doutro do Atlântico, apenas servimos para fornecer os tais biliões, com mais impostos, medidas de austeridade, etc. Não há distinções. Os chefes dizem que é preciso enviar tantos biliões para a Ucrânia; e que os súbditos não se atrevam a levantar a voz!



Isto faz-me lembrar um pouco de história recente de Portugal:

- Em tempos de crise profunda, Portugal tinha uma espécie de gestores, que se poderia caracterizar como «abutre dos negócios». Estes gestores, bem vestidos e engravatados, tomavam conta de empresas em falência. Mediante falsas garantias e esquemas de corrupção, conseguiam obter, junto de bancos, empréstimos para «salvar as empresas». 

Estas, já estavam falidas, na prática, mas não tinha sido ainda decretada a sua falência. Porém, os trabalhadores não recebiam salário há meses e as mobílias, as matérias-primas, os equipamentos, eram secretamente vendidos ao desbarato.  

Nem a empresa «a salvar», nem os trabalhadores, viam a cor do dinheiro de tais empréstimos. Os «gestores» tinham a arte de fazer desaparecer o dinheiro sem que se pudesse apontar o dedo, pois «eles tinham feito o seu melhor», para salvar a empresa.

Agora, a comédia macabra tem como cenário a Ucrânia. A sua população não terá outra escolha senão emigrar para terras dos seus «benfeitores», ou então, viver no «Zimbabwe europeu».

Não o merecem; são - para todos os efeitos - irmãos e irmãs de infortúnio. Nós devemos acolhê-los, mas - em simultâneo - devemos denunciar os abutres que se acoitam, a todos os níveis do poder e da casta política, nos países da NATO. Povoam ministérios,  ONGs, administrações de empresas de toda a espécie, mas, em especial, as de «segurança» e de armamento. Para eles, isto é «uma party»!  

O dinheiro vai desaparecer e ninguém se espantará que assim seja. O Estado, afinal, é como uma monstruosa empresa. E sabemos bem que o dinheiro despejado em empresas falidas, é dinheiro perdido. Isto aplica-se aos Estados, também! Embora, no caso dos Estados, esse dinheiro não esteja perdido para todos: Há sempre uns mais iguais que os outros. Há os que enchem os bolsos com uns milhões e vão gozá-los em estâncias de férias bem agradáveis. Quanto aos outros, que fossem espertos e aprendessem com os oligarcas.

Mas, o processo de entrada em falência do sistema Euro, já está bastante avançado; ultimamente sofreu uma aceleração. Vejam como o dólar está «forte» e o euro, como está «fraco». Pois, a divisa europeia vai estar ainda mais fraca. Vai ser um sorvedoiro, até ao rebentamento final do sistema monetário europeu. O sorvedoiro de dinheiro da guerra ucraniana, vai acabar por levar à falência total e irrecuperável e ao rebentamento - de um modo ou doutro - do sistema da União Europeia. 

Os magnates dos EUA ficam a olhar todos contentes, pois a economia americana, por mais disfuncional que seja, vai aparecer aos olhos dos capitalistas, como o «último porto de abrigo» («safe haven») e os capitais do mundo vão afluir de novo aos USA ... Penso que este é o cálculo do lado do Tio Sam. Posso estar completamente enganado; até gostava de estar completamente enganado, mas o cenário para os povos da UE é realmente negro. Os dirigentes ocidentais traíram os seus eleitores, só que estes ainda não o sabem e quando o souberem, já será tarde demais. 

Só desejo que os povos da Europa aprendam, duma vez por todas, com a dura lição que está a desabar em cima de suas cabeças.