Porque razão os bancos centrais asiáticos estão a comprar toneladas de ouro? - Não é ouro em si mesmo que lhes importa neste momento, mas é a forma mais expedita de se livrarem de US dollars!!
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sexta-feira, 20 de janeiro de 2023

[Göbekli Tepe] PRIMEIRO VIERAM OS TEMPLOS E SÓ DEPOIS AS CIDADES?

PORQUE COMEÇÁMOS COM ATIVIDADES AGRÍCOLAS? 

(Ativar as legendas automáticas em inglês, para melhor compreensão)

«O LABOR DO HISTORIADOR»

15 de Janeiro, 2023

Porque razão os humanos, após milhares de anos de existência nómada de caça e recoleta, decidiram sedentarizar e começaram a cultivar a terra? Esta é talvez uma das mais importantes questões, à qual os arqueólogos têm tentado responder, desde há um século e meio, até hoje. Quanto ao desenvolvimento da agricultura e a Revolução Neolítica, trata-se ainda de outro mistério. 
No Sul-este da Turquia encontra-se um local arqueológico monumental, o famoso e misterioso Göbekli Tepe. Tanto quanto se sabe, o local de Göbekli Tepe, construído após o golpe de frio do Dryas Recente ter acabado, há 11 700 anos, poderá bem dar-nos uma ajuda na resposta às questões. 
O que, por seu turno, origina outra pergunta: O que foi o Dryas Recente e o que é que o causou? Terá sido a drenagem do Lago Agassiz, na América do Norte? Ou a erupção do vulcão de Laacher See, na Alemanha? Ou ainda, teria sido causado por um asteroide ou cometa? 
Esta última teoria, conhecida como «Hipótese do Impacto do Dryas Recente»,  baseia-se na alteração drástica do clima global no fim da Idade Glaciar. Existem muitos detratores e muitos apoiantes desta teoria, desde os mais credenciados cientistas, até opiniões como a de que o impacto varreu uma civilização da Idade Glaciar, defendida por Graham Hancock e por outros na  recente série da Netflix, «Ancient Apocalypse» .

sexta-feira, 13 de agosto de 2021

China: Asteroide caído há 49 mil anos; impacto nos humanos aí presentes.

[Baseado em artigo do SCMP, de 09 de Agosto: «Chinese scientists find evidence of most powerful asteroid strike humans ever experienced»]

O impacto que  originou a cratera, descoberta em Heilongjiag, pode ter sido centenas de vezes maior que a bomba atómica de Hiroxima.
O asteroide tinha uma velocidade bem maior do que aquele que varreu os dinossauros e o golpe deve ter sido devastador para quaisquer humanos que vivessem na região.

                    
                       Cratera Ylan na província de Heilongjiang


Os cientistas descobriram que uma cratera no noroeste da China podia ser o vestígio de um dos maiores impactos de asteroides, um acontecimento contemporâneo do homem moderno.
A espécie Homo sapiens terá aparecido há mais de 300 mil anos, em África. Só se conhecem crateras de impacto de asteroides de dimensões comparáveis, datadas de há mais que 300 mil anos, muito antes da emergência dos humanos modernos.
A cratera de Yilan num distrito próximo de Harbin, no Heilongjiang, terá sido formada à 49 mil anos, apenas. Ela terá sido resultante do impacto dum asteroide com cerca de 100 metros de largura.

O impacto, com suas ondas térmica e de choque, foi suficientemente poderoso para fundir o granito, transformando-o em vidro. O seu efeito destruidor estendeu-se, provavelmente, num raio de dezenas de quilómetros. O impacto criou um buraco com 579 metros de profundidade, uma vez e meia a altura do arranha-céus nova-iorquino de «Empire State».
Em termos geológicos, este fenómeno é muito recente: «é como se o acontecimento tivesse ocorrido ontem», diz o cientista que liderou o estudo, o Prof. Chen Ming, do «Guangzhou Institute of Geochemistry» e da Academia das Ciências Chinesas.
Alguns dos resultados obtidos foram publicados na revista científica «Meteoritics and Planetary Science», no mês passado.

Pode-se fazer a conjetura de que populações de H. longi, espécie fóssil recentemente descoberta na mesma região de Harbin, terão sido das mais afetadas, além de populações de Homo sapiens.


                                         
                                     Reconstituição do crânio de H. longi

É possível que o homem moderno tenha ocupado a região, encontrando aí a espécie H. longi, por volta do momento em que o asteroide caiu, segundo o referido Prof. Chen.
O facto desta cratera possuir um diâmetro muito menor que outras crateras causadas por eventos similares, terá a ver com o ângulo do impacto. Verifica-se também uma profundidade muito incomum desta cratera.


               
Partículas de vidro em forma de lágrima, resultantes de extrema pressão e calor

A análise laboratorial de partículas de rocha vitrificada com forma de lágrima, mostra que estas não podiam ser resultantes da atividade tectónica ou vulcânica. Somente um asteroide poderia produzir tais efeitos.
«Impactos de asteroides não são eventos distantes. Podem estar muito próximos de nós» diz o Prof. Chen Ming.


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sábado, 12 de agosto de 2017

CATACLISMOS E COLAPSOS CIVILIZACIONAIS



Graham Hancock tem defendido, desde o seu famoso livro de 1995 «Fingerprints of the Gods», até ao mais recente «Magicians of the Gods», a existência de uma civilização muito avançada no período anterior a 10,500 B.C. ( ou seja há 12,500 anos atrás), que foi quase completamente obliterada por uma catástrofe global durante um período geológico designado o «Dryas recente». Num período de tempo muito curto, o nível do mar subiu imenso, inundando civilizações costeiras, um pouco por todo o lado, em consequência do degelo acelerado da calota glaciar que recobria as zonas setentrionais dos continentes norte americano e eurasiático. 


Os factos de um grande dilúvio estão inscritos na geologia em vários pontos da América do Norte, mas também na costa sul da Índia ou na Indonésia. Não irei  detalhar aqui, pois as pessoas realmente interessadas terão todo o prazer em descobrir por elas próprias as argumentações baseadas em descobertas científicas, que «Magicians of the Gods» (2016) contém. 
Outro aspeto de grande interesse do livro é que a catástrofe - quer tenha sido causada por um cometa gigante que se fraturou e atingiu a referida calota glaciar (segundo Hancock), ou por outra mecânica- foi responsável pelo desaparecimento dessa rica civilização «ante-diluviana» e a dispersão pelos quatro cantos do planeta dos sobreviventes causou o brusco e inexplicável aparecimento de obras de escultura, arquitetura e agricultura, em povos tidos como meros «caçadores recolectores» pela arqueologia convencional. 
Hancock explica esse florescimento brusco como resultando de uma transferência tecnológica e cultural, dos refugiados (com nível de civilização mais avançada) para comunidades de caçadores-recolectores, que os acolheram.

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Mas a humanidade ficou «amnésica» do período anterior, não reconhecendo estes vestígios como aquilo que são, tentando encaixar as descobertas como Gobekli Tepe num enredo compatível com a cronologia e sequência linear que caracteriza a narrativa da História e pré-História. 

Os Europeus ou ocidentais têm um meta modelo de «progresso» linear entrincheirado no seu modo de pensar: portanto, creem sempre que o passado era mais «primitivo» que o futuro, nas suas grandes linhas. Não admitem que tenha havido estádios mais avançados do conhecimento humano que foram simplesmente varridos por cataclismos.
 A ruína de «Atlantis», chamemos assim a civilização destruída há cerca de 12,500 anos atrás, foi causada pela arrogância dos homens face aos deuses, o seu desvio dos sãos princípios de relacionamento entre eles e com os deuses, em suma julgarem-se omnipotentes e donos da moral. Esta foi a justificação que Solón, o antepassado de Platão, recebeu dos sacerdotes do templo egípcio que lhe revelaram a existência de Atlântida e sua destruição, tal como o filósofo ateniense descreveu do Timeu. 

Agora, estamos numa zona de grandes turbulências, pois há várias situações potencialmente perigosas que se têm vindo a instalar - qual a menos grave ou mais grave, não sabemos - as quais podem muito bem desencadear a derrocada do mundo como o conhecemos: com efeito, desde há uns anos temos vindo a assistir a guerras monetárias, seguidas de guerras comerciais e com situações de guerras quentes, mais ou menos controladas, mas que podem despoletar-se e generalizar-se a qualquer momento. 

Estas políticas dos grandes poderes, quer sejam nos domínios monetário, económico, político, militar, têm vindo a criar as condições de um conflito armado generalizado, o qual acabaria, de uma ou outra forma, por se tornar nuclear. 
Muitas pessoas não compreendem que a grande probabilidade de um conflito nuclear não virá de uma potência que decida à partida, à «traição», disparar um ataque nuclear devastador sobre o adversário. Não; este cenário é o menos provável. 
O mais provável, é que se dê uma confrontação armada entre duas potências nucleares, numa primeira fase somente com armamentos «convencionais», parecendo que há uma certa restrição de parte a parte, no início. Mas, com o evoluir dos acasos da guerra, uma das potências pode ficar em situação realmente crítica, em perigo de derrota iminente. Nesse momento, em desespero, poderá lançar um ataque nuclear, na esperança fútil de que seus inimigos fiquem de tal modo abalados que deixem de ter capacidade de resposta (ou de vingança). 
Mas, claro, as maiores potências nucleares - USA, Rússia, China - têm dispositivos que asseguram que a sua capacidade de resposta não será aniquilada num primeiro ataque (basta pensarmos nos submarinos, com mísseis nucleares, que estão sempre a circular pelos mares).
Quando penso que estamos aqui e agora no início do 3º milénio a temer (com razão) uma guerra generalizada (a IIIª Guerra Mundial já começou?), a qual se transformará em nuclear, num momento ou noutro, sinto um certo desespero pela cobardia, mesquinhez e loucura «branda» dos homens que dirigem o mundo, mas também pelos que - como carneiros - os seguem e caem em todas as armadilhas para se deixarem levar, ignorando obstinadamente aquilo que realmente conta. 
Se o dinheiro, que é afinal um símbolo da acumulação de trabalho e de produção, estivesse a ser empregue apenas em empreendimentos úteis para a humanidade, agora teríamos um período de grande abundância, de desenvolvimento vigoroso das ciências e das artes, de aumento geral da qualidade de vida de todas as populações deste Planeta. Contrariamente a isto, nesta época, temos a generalização de miséria, da violência, do obscurantismo, da ganância...
Não sei (e talvez ninguém consiga jamais demonstrar cabalmente) a verdadeira causa do cataclismo que precipitou a civilização atlante: Graham Hancock coloca a hipótese - do cometa embatendo contra as calotes glaciares do hemisfério norte e causando um degelo súbito -  como mera hipótese. 
Claro que um acontecimento com origem no céu, desta ordem de grandeza «teria de ser ordenado pelos Deuses, zangados com os humanos», segundo a visão das pessoas contemporâneas da catástrofe. Os terramotos, ainda hoje, são apregoados por alguns como «castigo divino», mesmo que as pessoas em causa conheçam a geologia dos fenómenos, seus aspetos tectónicos. 
Não importa tanto a interpretação que se dá sobre as causas dos cataclismos, como constatar a escala devastadora de destruição dos mesmos. 
Hancock propõe que as civilizações de hoje convertam os seus arsenais de morte maciça para rastrear e destruir objetos celestes com vários quilómetros que, potencialmente, poderiam repetir a devastação que a Terra experimentou há cerca de 12,500 anos atrás. 
Existem meios na nossa civilização tecnológica, se assim o quisermos, para prevenção de tais catástrofes; temos o potencial para deflectir a trajetória de um asteroide no espaço. 

Infelizmente, creio que não há consciência acumulada suficiente para uma deliberada mudança de atitude, quando observamos o estado das políticas internacionais. 
Penso que somos governados por uma casta de pessoas primitivas, mesquinhas e violentas, as quais apenas são peritas numa coisa: dissimular o seu verdadeiro jogo, através das propagandas que lançam, dos efeitos de imagem, numa media inteiramente ao seu serviço. 
As populações, ou estão adormecidas, ou hipnotizadas a «crerem» naquilo que lhes impingem como narrativa. As pessoas mais inteligentes, ou se afastam dos cenários políticos, desgostadas, ou tentam em vão educar as outras... as que querem «furor e sangue» contra os seus inimigos!

É preciso um conceito cíclico da História, da Economia, da Civilização, da Natureza, como têm os sistemas de pensamento (filosofia, religião, ciência) dos povos do Oriente... talvez esta parte da Humanidade esteja em condição de fazer prevalecer o bom senso, sobre a casta de dirigentes ocidentais, completamente enredada em mitos autoproduzidos, narcísica, sociopática, criminosa.