sexta-feira, 7 de novembro de 2025

Prof. MEARSHEIMER sobre a Venezuela



Ele parte do momento que se vive atualmente no mar das Caraíbas, para dar uma panorâmica geral do falhanço da diplomacia dos EUA com a Rússia e outras grandes potências e da incapacidade dos dirigentes americanos compreenderem que as posturas agressivas apenas apressam a derrocada do "império do dólar ".


Um memorável discurso, a não falhar.

PS1: 


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quarta-feira, 5 de novembro de 2025

Ratificação do tratado de Lisboa é INVÁLIDA


Segundo Francis Lalanne, a urgência da luta jurídica deve-se à deriva autoritária de dirigentes da UE:
- Ursula Van Der Leyen, quer que a Comissão Europeia tenha o direito de decidir sobre a utilização das armas nucleares da França, 
- O presidente Macron quer enviar soldados franceses combater na guerra russo-ucraniana.
Estes atos autoritários são também completamente ilegais. Neste caso, um combate jurídico, além do combate político,  faz sentido.

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terça-feira, 4 de novembro de 2025

ESPIRAL ASCENDENTE DA DÍVIDA AMERICANA

 



Enquanto a inflação continua elevada, a FED (Federal Reserve= banco central dos EUA) vai cancelar o programa de QT (Quantitative Tightening), o que equivale a aumentar a liquidez no mercado. Simplesmente, a quantidade de dívida que os EUA têm de pagar está a subir exponencialmente. Agora, o aumento é de 3 mil milhões de dólares por dia. Agora - no orçamento dos EUA - os juros da dívida pesam 17% do total. Esta espiral vai acabar mal, mas quem vai sofrer não são os grandes accionistas, os grandes bancos, nem a elite corrompida de Washington. O colapso vai atingir os pequenos aforradores, os pensionistas, os trabalhadores no ativo, as pessoas dependentes do Welfare State (o Estado de Bem-estar). Mas, também serão sacrificados muitos pequenos empresários, que terão de declarar falência.

Comparada com a crise de 2008, esta crise vai ser muito mais severa. A sua gravidade será igual ou maior que a da crise de 1929.

Note-se que agora, a financialização da economia está muito mais avançada que naquela altura (1929).

Enquanto na crise de 2008, os Estados puderam socorrer a banca comercial e grandes empresas, com empréstimos praticamente gratuitos (juro quase zero). Além disso, os Estados e bancos centrais compraram ativos «podres» das empresas ao seu valor nominal. Deste modo, ofereceram somas colossais por ativos que não valiam nada e que não tinham hipótese de vir, um dia, a recuperar o dinheiro investido.

Mas, agora, a crise da dívida não se confina às empresas e aos bancos comerciais; ela atinge os bancos centrais e os Estados.

Não vai haver entidade exterior para fazer um «bail-out» (resgate vindo do exterior). Em todo o planeta, não haverá entidade capaz de resgatar a Reserva Federal ou o Tesouro dos EUA. Como não haverá possibilidade de reproduzir a «solução» provisória da crise de 2008, será o povo a pagar. Não apenas o povo dos EUA, como ao nível mundial, visto que o dólar continua a ser usado em 55% das trocas internacionais.

Hiperinflação, desemprego em massa, ditaduras policiais, guerras, tudo o que já começámos a sofrer nestes últimos tempos, mas num grau muito mais intenso.

Neste contexto, é melhor as pessoas agirem depressa e adquirir tudo o que não seja ativo em «papel».

A subida das ações não é resguardo, não apenas porque pode haver um crash bolsista; também pelo facto de que a «subida» das ações deve ser avaliada em relação à desvalorização da divisa fiat na qual estão cotadas: Se uma ação cotada em dólares, sobe de 10%, mas estes dólares perderam 15% do seu valor (é o que o dólar perdeu, desde Janeiro de 2025, face ao ouro), então a pessoa julga ter ganho 10% e na realidade, perdeu 5%.

As obrigações, sejam de empresas ou soberanas (títulos de dívida do Tesouro de um dado país), vão perder toda a rentabilidade, num contexto de grande inflação, pois serão geralmente de juro com  taxa fixa, a qual será menor que a taxa de inflação real. As obrigações indexadas serão um pouco menos más, porém, a subida dos seus juros nunca cobrirá a desvalorização acelerada do dinheiro.

 Ativos não dependentes de divisa fiat: Os metais preciosos (ouro em barra, prata em barra, platina e palladium) ; o imobiliário (mas atenção: O imobiliário de luxo ficará relativamente mais desvalorizado, pois em contexto de crise, ninguém terá capacidade de o adquirir ou alugar); os terrenos agrícolas (se forem cultiváveis e se houver conhecimento técnico que permita rentabilizá-los); obras de arte e objetos de coleção (deve-se conhecer o mercado de arte e de coleccionismo, pois muitos objetos estão sobrecotados).

A divisa fiat é pouco fiável para avaliar o valor de um objeto. Ela está constantemente a desvalorizar-se; esta perda de valor é ainda maior num contexto de grande inflação.

Quanto aos bens acima enumerados, eles nunca deixarão de ser possuidores de valor próprio, qualquer que seja o novo sistema monetário que vier a ser adoptado depois da grande crise.

Pelo contrário, o numerário, os depósitos, as participações em fundos financeiros, as acções e as obrigações podem descer para 0 - 20 % do valor na altura da compra, ou seja, os seus detentores irão perder entre 100% e 80% do seu investimento.

As dívidas à banca são geralmente contraídas com juros variáveis; elas podem aumentar a um nível difícil ou impossível de pagar. Por isso, é melhor liquidar as dívidas existentes e não contrair novas.

Cultivar nossos talentos, em especial, os que a sociedade considera úteis, manter e reforçar os laços com a família e com amigos, são especialmente importantes neste contexto.

MARWAN BARGHOUTI RESISTE NAS PRISÕES DE ISRAEL

 Transcrevo artigo de Medea Benjamin

Marwan Barghouti

The World Must Demand the Release Of Palestinian Leader Marwan Barghouti

Guest post


Marwan Barghout is led to a police vehicle 29 September 2003 on his way back to jail, after appearing before a Tel Aviv court. Photo credit: Tal Cohen

For more than two decades, Marwan Barghouti has sat behind Israeli bars—a living emblem of a brutal occupation that has denied Palestinians their freedom and dignity. His continued imprisonment is not merely unjust; it silences the one leader most capable of uniting the Palestinian people and leading them toward a political solution. Polls over many years show he is the most popular Palestinian political figure, trusted across factions and generations—even by many who have lost faith in politics. Releasing him is not a concession. It is a prerequisite for peace.

When the Second Intifada (uprising) began in 2000, Barghouti was a prominent member of Fatah, the Palestinian political faction that dominates the Palestinian Authority (PA), which governs limited parts of the occupied West Bank. He was also an elected parliamentarian. He was arrested by Israeli forces on April 15, 2002, and in 2004 an Israeli court convicted him and sentenced him to five life terms plus 40 years, accusing him of involvement in attacks that killed Israelis. Barghouti denied the charges, refused to recognize the court’s legitimacy, and declared himself a political prisoner under occupation.

Independent observers, including the Inter-Parliamentary Union, later found that the proceedings failed to meet international fair-trial standards and bore the marks of political persecution.

Barghouti’s case is inseparable from the larger machinery of occupation: like thousands of other Palestinian prisoners, he has endured brutal and degrading treatment, including torture, solitary confinement, and denial of adequate medical care. Israeli authorities are obligated under international law to ensure due process, humane treatment, and access to counsel and healthcare—obligations they routinely violate.

[The case of Marwan Barghouti] is inseparable from the larger machinery of occupation: like thousands of other Palestinian prisoners, he has endured brutal and degrading treatment, including torture, solitary confinement, and denial of adequate medical care.

Throughout his imprisonment, Barghouti has supported a principled stance: he rejects attacks on civilians and defends the right of a people living under military occupation to resist within international law. He has long advocated for negotiations grounded in equality and self-determination. That combination makes him uniquely capable of serving as a key mediator.

It is precisely this credibility that Israel fears. As his son Arab Barghouti said, “Israel sees my father as a danger because of his ability to bring Palestinians together.” Keeping him locked away serves two aims for Israel: decapitating credible Palestinian leadership and perpetuating the fiction that “there is no partner for peace.”

His family fears for his life, with witness reports that he was severely beaten by guards in September. That fear increased on 15 August 2025, when Israeli Minister Itamar Ben Gvir released a video in which he personally threatened Barghouti inside his prison cell.

The family has repeatedly asked Israel to allow international lawyers and the International Committee of the Red Cross to visit him, but their requests have been denied.

There was hope that Barghouti would be released as part of the recent Gaza ceasefire agreement between Israel and Hamas, and Trump said he was considering pressing Israel for his release, but Israel refused.

For years, world leaders have championed his cause. In 2013, Former President Jimmy Carter, Archbishop Emeritus Desmond Tutu, and other prominent world leaders and Nobel Peace Laureates called for his release. More recently, UN Special Rapporteur Francesca Albanese said, “Anyone serious about ‘peace’ should ensure his release, as the most popular—and unlawfully detained—Palestinian leader.” On October 29, a group of global leaders called The Elders, which was started by Nelson Mandela in 2007, called on President Trump to demand Barghouti’s release, “capitalising on the opportunity opened up by the fragile ceasefire deal in Gaza.”

Even senior Israeli security figures, including former Shin Bet director Ari Ayalon, have acknowledged that if Israel truly wants a partner who can deliver the Palestinian public to an agreement, Barghouti is the one leader with the legitimacy to do it.

But perhaps the most interesting recent advocate is Ronald Lauder, president of the World Jewish Congress, who–behind the scenes–lobbied for Barghouti as a gesture to the Arab countries pushing for his release.

Barghouti’s popularity as a uniting figure is why so many Palestinians call him their Nelson Mandela. Mandela’s release did not solve South Africa’s problems overnight, but it unlocked a door that had been nailed shut. Barghouti’s freedom could do the same.

If Israel truly seeks peace, it must stop locking away the very leadership capable of achieving it. If the international community truly stands for human rights, it must raise the political cost of Barghouti’s continued detention.

A guest post by
Medea Benjamin
Cofounder of peace group CODEPINK. Author. Peace activist. Wannabe salsa dancer :)

segunda-feira, 3 de novembro de 2025

PSICÓLOGO EVOLUCIONISTA ANALISA «A Empatia Suicidária» e «A Mente Parasitada»

 


Para ver a entrevista, clicar no link abaixo:

https://glenndiesen.substack.com/p/gad-saad-the-parasitic-mind-how-bad


O Dr. Saad  é um académico do «Declaration of Independence Center for the Study of American Freedom at the University of Mississippi». É autor de muitos livros, incluindo «A Mente Parasitada» e o seu novo livro, «A Empatia Suicidária».

The Parasitic Mind:

https://www.amazon.com/Parasitic-Mind-Infectious-Killing-Common/dp/162157959X


Books by Prof. Glenn Diesen:


https://www.amazon.com/stores/author/B09FPQ4MDL