terça-feira, 1 de abril de 2025

AS SOCIEDADES ESTÃO EM COLAPSO... PARA LÁ DELE, O QUE VIRÁ?

 Estamos a viver o colapso. 

A chamada civilização ocidental está a desfazer-se diante dos nossos olhos e não se trata dum fenómeno natural. É resultante da vontade da oligarquia, dos multimilionários, que constituem a «super-classe» capitalista. Esta tem ditado a agenda, não apenas em relação à concentração do capital, com a consequente potenciação dos lucros, como em relação ao poder político, em particular, nos grandes potentados imperialistas. 

Não se pense que este processo de demolição seja inteiramente caótico; porém, para nós, que estamos por baixo, ele parece efetivamente um caos, uma catástrofe, um pesadelo: tudo aquilo que tivemos, como mais ou menos certo e seguro nas nossas vidas particulares e sociais, se está a desmoronar. Mas o processo é - afinal - de uma demolição controlada, programada com o rigor necessário, para que não sejam postos em causa os fundamentos da sociedade capitalista. O processo tem sido designado por vários nomes, entre eles «The Great Reset» e outros chavões e frases ideológicas que se destinam a fazer crer numa explicação do que está a acontecer, mas sem dar realmente as chaves para a compreensão global dos fenómenos. 

Não serve de nada dizer que «o capitalismo está em crise», de facto, a crise é um dos principais processos que ele tem, enquanto modo de produção, para se adaptar aos novos contextos, desde invenções e suas aplicações na economia, até às transformações na política das grandes potências.

O que o processo atual mostra, não é que o «capitalismo esteja a morrer», longe disso; podemos ver como ele se está a desenvolver de modo pujante, na Ásia, em particular, na China. Mais uma vez se constata que está na própria natureza do sistema capitalista, a sua adaptação  ás grandes transformações. 

Hoje, a exploração já não se limita ao trabalhador individual, embora esta persista e até se tenha intensificado, nos últimos decénios. São relativamente novas, as modalidades de exploração  da classe operária através do Estado todo poderoso, o capitalismo de Estado. A primeira versão - a soviética - acabou por se afundar nas suas próprias contradições. Mas o modelo «misto», o «socialismo com características chinesas», tem mostrado o seu vigor. 

A classe capitalista ocidental não se engana ao colocar na China uma parte importante do aparelho produtivo das suas empresas, em estabelecer parcerias «win-win» com o Estado chinês, a fazer depender a extração de lucro do funcionamento bem oleado da exploração da classe operária chinesa, sob comando e controlo político da «elite comunista». 

As pessoas, no Ocidente estão ainda a pensar em termos de ontém, ou mesmo, de antes-de-ontém. Não veem que, para se perpetuar o sistema capitalista no Ocidente, informatizado, digitalizado, robotizado, elas terão de se submeter à intensificação da exploração, que implica precariedade, dependência aos mecanismos assistenciais e a completa destituição social para os 90%, enquanto uma reduzida classe média irá servir os interesses da classe neofeudal, os 0.01%.

Esta classe neofeudal não terá muitas das características da classe feudal histórica: Não haverá ligação à terra, às grandes propriedades agrícolas; não haverá títulos de nobreza hereditária, embora as fortunas passem de geração em geração. Mas será uma nova classe feudal e a sociedade estará em breve debaixo deste novo feudalismo, pois as pessoas comuns terão perdido qualquer réstea de liberdade de movimentos, qualquer hipótese de determinar a sua carreira ou profissão, apenas terão escolha (se isso se pode chamar assim) entre serem assistidos crónicos, recebendo o mísero rendimento universal, o mínimo de subsistência na nova sociedade, ou submeterem-se a condições de exploração máxima, competindo com robots e algorítmos de IA, escravos-assalariados num dos gigantescos conglomerados mundiais que acumulam produção, serviços e comércio, como já se verifica na Coreia do Sul, com os "Chaebol" (Samsung, Hyundai, LG...).

Isto não é sequer a descrição de um futuro sombrio. Porque é o presente; está o mundo encaminhado nesta direção, quer queiramos quer não. Algumas regiões do mundo mostram-nos o seu presente, que será o nosso futuro próximo. Muitas variações superficiais escondem a uniformidade do modo de agir e de explorar  os recursos, humanos e naturais. 

A capacidade das pessoas comprenderem o que se está a passar é sempre muito limitada. Na melhor das hipóteses, conseguem delinear as tendências principais. Mas, não podem socorrer-se duma teoria, seja ela qual for. A razão disto, é muito simples: os dados de que uma pessoa, ou um grande número de pessoas, dispõe sobre o presente, são limitados; há dados que pura e simplesmente não estão disponíveis, seja intencionalmente ou não. Há até elementos de informação não disponíveis, porque os investigadores das áreas de economia, sociologia, etc, não os consideram relevantes. Mas, alguns deles serão relevantes, apesar da opinião dos «especialistas». 

Por outro lado, é sempre necessário um certo recuo histórico para se ter uma ideia geral da evolução social e económica. Não podemos fazer «história do presente», isso é somente a projeção da nossa ideologia sobre as ocorrências que se podem observar. Então como encarar a atual transformação? Como encontrar o fio condutor para se avaliar as evoluções possíveis?

As grandes transformações saem sempre fora dos modelos estabelecidos. Nada do que é realmente novo se pode plasmar numa realidade do passado. Quando se usa o termo «neo-feudalismo», é porque há aspectos superficiais que evocam o período feudal, mas sobretudo porque não se conseguiu compreender a lógica do supermonopolismo que se vem afirmando em diversas partes do globo.

Os arautos do capitalismo, por mais que possuam títulos académicos, apenas reproduzem a lenga-lenga «da sociedade de livre concorrência», do «livre mercado». Porém, esta visão está longe de corresponder à realidade. 

O que um grande grupo capitalista atual faz, é tentar minimizar a concorrência, a todo o custo e por todos os processos. Desde a influência no aparelho de Estado, para colocar em inferioridade os seus concorrentes, às fusões e aquisições, para neutralizar o potencial de crescimento doutras empresas operando no mesmo sector, ou ainda outras e diversas táticas, envolvendo patentes, ou redes exclusivas de distribuição, etc. Se estudarmos - no concreto - a estratégia dos grandes grupos, vemos que sua máxima preocupação é conseguir uma situação de monopólio no mercado e, uma vez conseguida, mantê-la,   usando toda a panóplia de meios legais e ilegais, para liquidar toda a concorrência, logo à nascença, se possível.

A sociedade capitalista atual será portanto caracterizada pelo domínio estratégico de grandes conglomerados, monopolizando setores inteiros ou, nalguns casos, partilhando o mercado apenas com um, ou com poucos concorrentes, em duopólio ou oligopólio

Nesta sociedade, algumas atividades são deixadas a empresas familiares ou outras, porque não desempenham papel relevante para o controlo estratégico dos mercados. Mesmo nestes casos, difundiu-se o sistema de  «franchising» ou seja, a exploração por concessionários, com a empresa-mãe a controlar tudo o que é produzido e recebendo uma renda, pelo facto do concessionário ter autorização para usar a marca prestigiosa.

Nesta sociedade, a produção em massa será abundante e barata: o trabalho humano será quase nulo e servirá somente para controlar os robots em ação. Uma cadeia de montagem de automóveis - atualmente - corresponde ao novo paradigma, onde quase tudo está robotizado, sendo a parte humana confinada a duas áreas: a concepção dos modelos, assistida por algorítmos de IA; e o controlo do produto saído da cadeia de montagem, também este assistido por computadores utilizando IA.

Numa sociedade com caraterísticas socialistas ou igualitárias, o mesmo processo de produção iria permitir uma sociedade com ócios maiores; as pessoas trabalhariam apenas 4 horas por dia, 5 dias por semana, por exemplo. Numa sociedade onde o bem-estar das pessoas é uma preocupação central, a robotização seria algo muito positivo: Iria livrar os humanos da execução de trabalhos perigosos, insalubres, fatigantes, ou repetitivos. Mas numa sociedade onde as assimetrias sociais se extremaram, isso não irá passar-se assim. Dum lado, os  multimilionários, do outro, pessoas destituídas, relegadas aos trabalhos pouco ou nada prestigiosos... Nesta sociedade, a robotização, a generalização da IA, irá servir para acentuar as condições de exploração e de submissão dos assalariados. Estes, não terão boas condições de vida, serão menos considerados que os robots, tanto mais que haverá um abundante «exército de reserva» de desempregados, ou de ultra-precários.

As condições objetivas da transição para uma sociedade de tipo socialista estão reunidas, e isto não é de agora. No final do século XIX, já se podia claramente afirmar a mesma coisa. Certamente, as condições concretas de produção eram totalmente diferentes, das de hoje. Mas o fundamental estava realizado, tanto no passado, como hoje: A existência dum excedente, do qual os produtores podiam beneficiar ( se conservassem o fruto do seu trabalho), permitindo-lhes ter uma vida digna, ao abrigo das carências vitais. 

Hoje, as condições objetivas existem, embora não pareça ser o caso, porque enormes quantidades da riqueza social produzida são constantemente desviadas para o usufruto exclusivo dos oligarcas parasitas, ou para construções faraónicas dos Estados, os quais estão controlados pela oligarquia e não pelo povo.

A transformação para um tipo real e realizável de socialismo é sobretudo obstacularizada pela campanha permanente, contra tudo o que - no passado e no presente - se aproxime do modelo socialista. Os  próprios (nominais) defensores do socialismo, por vezes, têm contribuído para desprestigiar este modo de produção, junto dos trabalhadores. 

A batalha pelo socialismo faz parte de uma luta multissecular, que implica - antes de mais - uma ética própria, que tem de se desenvolver nas fileiras dos que efetivamente desejam o socialismo. Para um modelo destes ser realizável, é preciso que existam estruturas sociais, como cooperativas, comunas (rurais ou urbanas) e associações de tipo igualitário, que irradiem uma cultura diferente e apelativa. A atração por outro modo de vida e por relações sociais mais satisfatórias a todos os níveis, tem de ser essencialmente através do exemplo. Só assim se poderão vencer os preconceitos e campanhas difamatórias dos propagandistas pró-capitalistas. 

O «New York Times» Admite Que A Ucrânia Foi Uma Guerra Dirigida Pelos Americanos.

 Depois de mais de três anos, antecipando-se à restante media mainstream do Ocidente, o New York Times, vem - através de um longo e detalhado artigo - mostrar aquilo que muitos de nós (opositores à guerra) sabíamos desde o princípio. O famoso estribilho de que os russos eram os responsáveis porque levaram a cabo uma «guerra não provocada» cai pela base, a partir da própria boca dos arautos do império americano. 

Isto significa, além do facto de que a media mainstream se tornou mero apêndice de propaganda dos poderes no Ocidente, que a guerra está inapelavelmente perdida do lado da OTAN

Eles, no NYT, sabiam perfeitamente  a verdade sobre a maior parte do que  -agora - contam com enorme desenvoltura, como se não tivessem participado na  empresa de construção da narrativa [= propaganda de guerra] destinada a provocar a adesão do público. Para conservar alguma credibilidade, precisam de apresentar esta narrativa, completamente contrária à que andaram a promover, desde o golpe de Maidan de 2014. Uma «revelação», na realidade uma confissão, mas indispensável para a  «limpeza» da sua imagem. Eles precisam desta reviravolta para continuar o seu «business». 



«The New York Times Had Now Revealed That The Ukraine War Was An American Led Proxy War And Offers Some Shocking New Details.»

(O New York Times Revelou Recentemente Que A Guerra Na Ucrânia Foi Uma Guerra Dirigida Pelos Americanos E Dá Conta de Alguns Novos Detalhes Chocantes).


Leia o artigo pelo «The Dissident» AQUI

segunda-feira, 31 de março de 2025

REFLEXÃO: OS PIORES INIMIGOS DOS EUROPEUS

Esqueçam todas as carradas de propaganda disfarçada de informação que vos têm feito engolir, às pazadas: a propaganda do medo é a dos poderes oligárquicos, que têm de vos instilar o medo do «outro», do inimigo, do «bárbaro», só assim as pessoas comuns ficarão preparadas para odiar aquilo que desconhecem, para entrar em sintonia com a histeria anti-qualquer coisa.

As campanhas de ódio servem para desviar as pessoas dos verdadeiros problemas, das questões prementes do seu quotidiano. Como irão ganhar o sustento, quando nem com dois ordenados têm o suficiente para suprir as necessidades básicas? Como se poderão precaver de situações como a doença, um acidente ou quaisquer acontecimentos não previstos, mas com graves consequências nas suas vidas?

- As pessoas procuram segurança e bem-estar para os seus, em primeiro lugar para as crianças, dando-lhes afeto, satisfazendo suas necessidades de alimento, agasalho e teto; também de uma educação de qualidade, que os forme para a vida, para serem agentes ativos do seu próprio futuro, com independência.

- Quais são os pais e mães que não desejam isso, que não anseiam por que isso não lhes falte? Estas preocupações são legítimas e humanas.

Os políticos estão muito longe de as satisfazer; na verdade, subiram ao poder com promessas vazias, que esqueceram, logo que foram eleitos. É com essas pessoas que os Estados são desencaminhados; assim, eles atribuem prioridades de financiamento para o rearmamento, para as guerras. Quer o digam quer não, é claro que se vai cortar na satisfação das necessidades reais do povo, nas despesas com a saúde pública, com a educação, nas pensões de reforma e nas proteções sociais; contra o desemprego, contra doença incapacitante, contra catástrofes (inundações, tremores de terra, incêndios), que podem afetar uma ou várias comunidades.

As guerras só servem os ricos; a falácia de que a indústria de guerra é geradora de riqueza cai pela base, se virmos que ela apenas enriquece os acionistas das empresas de armamento, mas empobrece duradoiramente as nações, os contribuintes, pois serão estes que terão de pagar as enormes despesas improdutivas.

Qualquer investimento numa área social ou em infraestruturas é susceptível de gerar, a prazo, mais riqueza do que aquela que foi gasta para realizar a obra. Mas, as despesas com armamento são improdutivas, na sua essência, pois se não forem utilizadas só «servem» para ficar armazenadas; mas se são utilizadas, ainda pior, pois causam grandes destruições: mortes, estropiados, devastação, miséria.

A deriva belicista dos poderes na União Europeia é consequência da oligarquia sentir que o chão lhes está a fugir debaixo dos pés; que não tem nada para justificar sua loucura, com a qual destruíram a Ucrânia, empurrando-a para uma guerra suicidária contra a Rússia*. Ato profundamente estúpido e criminoso, em si mesmo, ainda agravado pelo facto de que sabiam desde o início que o desenlace só podia ser a derrota militar ucraniana, face às forças bem maiores e melhor equipadas da Rússia.

E tudo isto, para quê? Para satisfazer a gula insaciável de multimilionários, que viam a sua fortuna na guerra e na hipotética derrota da Rússia o abrir deste imenso país, para a pilhagem dos seus recursos. Esta é que foi a verdadeira motivação, por detrás do insuflar da guerra às fronteiras da Rússia, usando todo o apoio logístico da OTAN, incluindo a participação no reconhecimento, ao dirigirem os mísseis para os alvos, no treino de tropas da Ucrânia durante longos anos antes de 2022, para se dotarem dum exército capaz efetuar a limpeza étnica nas Repúblicas do Don, que se tinham insurgido perante o Estado oficialmente russófobo, resultante do golpe de Maidan. O objetivo estratégico era bem claro: Ficaria a OTAN às fronteiras da Rússia, o que significava a colocação de mísseis de longo alcance, a 4 minutos de atingirem Moscovo, inviabilizando assim qualquer defesa anti-míssil, do lado russo.

A criminalidade dos dirigentes não me oferece dúvidas, pois eles sabiam isto perfeitamente e estavam de acordo em jogar este jogo. Eles destruíram as vidas de centenas de milhares de ucranianos e de russos, além de também colocarem as nossas em risco direto. Eles devem ser julgados por tribunais adequados, que determinem para além de que qualquer dúvida, as suas responsabilidades nestes crimes.

A cidadania europeia adormecida, embalada, ignorante ou crente na propaganda mais descarada, tem as suas responsabilidades, também: Os apoiantes destes políticos criminosos, vejo-os como coniventes. O que teriam eles (esses meus concidadãos) a menos, em termos de capacidade cognitiva, de bom senso e de formação, que um grupo - infelizmente minoritário - de outros cidadãos, opositores à guerra?

Os piores inimigos dos europeus são os próprios europeus: Porque descreem nos valores que enformaram a sua civilização: O humanismo, o respeito mútuo, a promoção da paz e do entendimento entre os povos.

É confrangedor notar se proclamem «cristãos» muitos destes europeus, mas que espezinham os valores que derivam, numa larga medida, da moral cristã. É certo que houve períodos, ao longo dos séculos, de destruições e guerras, mas também se construiu, ao longo desse tempo, uma forma de relacionamento mais humana, mais respeitadora dos outros povos, que nos habituámos a considerar como formando o substrato comum da «civilização europeia». Infelizmente, isto é uma ilusão, um verniz que estala com a maior das facilidades.

Gandhi, numa entrevista, em que lhe perguntaram o que pensava sobre a «civilização europeia»: Ele respondeu, «Acho que é uma boa ideia»... [ou seja, algo que ainda está por acontecer!]

Antes, considerei que ele exagerava um pouco, agora penso que, afinal, sua resposta era absolutamente objetiva: Nós não evoluimos nada; somos realmente tão destituidos de civilização como nos séculos anteriores.

----------------------
* Atualmente, mesmo um órgão tão comprometido com o imperialismo como o New York Times, reconhece no artigo  “The Partnership: The Secret History of the War in Ukraine”, as responsabilidades dos EUA em empurrarem a Ucrânia para a guerra com a Rússia.

(Segundas.f. musicais nº32) AS FOLIAS, DO FOLCLORE AOS MEIOS ARISTOCRÁTICOS

La Follia por Arcangelo Corelli

 Veja o comentário no blog Le Lutin D'Écouves

Excerto do texto do blog acima citado:

«A Folia é na sua origem uma dança, mencionada pela primeira vez num texto português do século XV. Tratava-se duma coreografia ligada a ritos de fertilidade e na qual os homens apareciam com vestidos de mulheres. O rítmo rápido, assim como o seu aspecto «louco», devem ter estado na origem do nome, as Folias».

https://lelutindecouves.blogspot.com/2010/09/les-folies-despagne-1.html

Quanto à sucessão dos acordes que formam a sequência base e sobre a qual são construídas as variações, notam-se semelhanças com o que veio a ser designado como «o Flamenco», o qual tem origem na canção renascentista «Guardame las Vacas»
As Folias também utilizam o baixo obstinado, na base de acordes formando uma armadura harmónica sobre a qual se desenvolvem variações, em geral, nas tessituras mais agudas. 
A Folia foi muito utilizada por compositores dos séculos XVI, XVII e XVIII, onde sobressaem, a par de anónimos, ibéricos célebres e, para além da Península Ibérica, de Itália, França, etc.

domingo, 30 de março de 2025

COMO A RECÉM- ELEITA PRESIDENTE MEXICANA MANTEVE EM RESPEITO DONALD TRUMP

 

Claudia Sheinbaum mostrou grande maturidade e soube fazer valer os interesses vitais do México face ao vizinho poderoso no Norte. Não se sabe se a situação vai evoluir para uma melhoria das relações ou se vai haver guerra comercial, a partir de 2 de Abril. O que é certo é que não haverá «capitulação» do lado mexicano. Veja o vídeo abaixo: 




quinta-feira, 27 de março de 2025

NEUTRALITY STUDIES: «ENCALHADOS NO REINO DA FANTASIA»

 

British MP, Lord Skidelsky


Pascal Lottaz de Neutrality Studies traz-nos  mais uma notável entrevista, de um membro da Câmara dos Lords, que exprime o hiato que se tem alargado nos últimos tempos, entre a realidade e as fantasias, daí o título desta peça: «Struck in Fantasyland» . 
Na minha opinião, o que diz Lord Skidelsky não é somente uma evidência que eu já tinha percebido, ao compulsar nestes últimos anos, materiais para as minhas crónicas neste blog; é sobretudo um apelo - implícito - à ação, das pessoas com sentido do real, para que retomem as coisas em mãos, para que acabe esta deriva «histérica» em relação à guerra Russo-Ucraniana, sobretudo na Europa da U.E. e no Reino Unido.

PS1 (28/03/2023): Martin Armstrong, no seu blog, mostra que os dirigentes dos principais países europeus da OTAN estão perfeitamente alinhados com o regime de Kiev. Estão dispostos a desencadear uma guerra directa OTAN - Rússia. Não hesitarão perante nada, desde ataques de «falsa bandeira», até à entrada em força de soldados da OTAN, combatendo ao lado da Ucrânia, a pretexto de serem «tropas de interposição», obrigando os russos a lutar contra eles. 
Segundo Martin Armstrong, vários dirigentes europeus da OTAN estão «na cama» com os neocons.

terça-feira, 25 de março de 2025

Jonathan Cook: «O Novo Fascismo»

Jonathan Cook é um britânico radicado em Nazareth (Palestina), que tem mantido um constante fluxo de informação independente, em língua inglesa, sobre o conflito israelo-palestiniano. Ele tem sido uma das fontes mais fidedignas sobre as guerras israelo-árabes e a ocupação dos Territórios da Palestina.

Podeis estar contra ou a favor dos seus pontos de vista, mas não podeis negar a objetividade e relevância dos dados que ele tem vindo a divulgar ao longo dos anos. 

Devemos tomá-lo muito a sério, quando diz que Israel é modelo («template») para o que se tem estado a passar na Europa e nos EUA, nas guerras contra as liberdades. No Reino Unido e em vários países da U.E. (incluindo a Alemanha, mas não exclusivamente) fabricaram leis que equiparam a solidariedade com o povo palestiniano, com «conivência com terroristas». Na mesma ocasião, as notícias sobre terrorismo de Estado, em Israel e nos «civilizados» países ocidentais, são suprimidas. Em vários casos, a sua denúncia tem sido mesmo criminalizada e não os atos destes Estados, propriamente terroristas!

 https://open.substack.com/pub/jonathancook/p/the-new-fascism-israel-is-the-template?utm_source=share&utm_medium=android&r=9hbco 


O fascismo nunca desapareceu das nossas sociedades, das nossas instituições,  das mentalidades de muitos concidadãos.  Esta é  a verdade que Jonathan Cook nos mostra. A conivência com o genocídio dos palestinianos às mãos dos sionistas de Israel não  seria sequer possível e ainda menos defendida por larga base do establishment, caso o fascismo tivesse sido completamente derrotado, após a II Guerra Mundial.