quarta-feira, 19 de novembro de 2025
BEN NORTON: O motivo real para o apoio dos EUA a Israel e o falso «cessar-fogo»
sábado, 11 de outubro de 2025
O MURO DAS LAMENTAÇÕES - HAVERÁ, DESTA VEZ, RESPEITO PELO PLANO DE PAZ?
Leia AQUI (https://chrishedges.substack.com/p/trumps-sham-peace-plan) o artigo de Chris Hedges, na íntegra.
Praticamente, tudo aponta para um falso plano de paz, tanto mais que um plano sério teria de explicitamente mencionar o estatuto da Palestina como de «Estado soberano», coisa que evita a todo o custo.
Acho que - lamentavelmente - este «plano de paz» teve mais a ver com a preocupação de Trump em ganhar o «prémio Nóbel da Paz». Reflectindo sobre isto, se ele não o ganhou foi uma injustiça, digo eu. Pois, não só ficaria junto de outros ex-presidentes dos EUA, sem dúvida premiados pelas «pacíficas invasões e guerras que iniciaram ou alimentaram», como de Henry Kissinger, Secretário de Estado sob Richard Nixon, que aconselhou bombardeamentos massivos com napalm nas zonas rurais do Vietname e organizou o golpe contra Salvador Allende, no Chile em 1973.
O Comité Nobel para a Paz está, há muito tempo, transformado numa espécie de «tambor», ecoando as «virtudes» de personagens do imperialismo americano, ou de seus apaniguados. O último caso é o Nóbel, atribuído* a Maria Corina Machado, golpista venezuelana.
*Ver artigo por Code Pink, uma organização feminista revolucionária dos EUA.
Alastair Crooke receia - com razão - que este «plano de paz» seja apenas mais «poeira para os olhos», com vista a um ataque surpresa contra o Irão, organizado pelos «pacíficos» Trump e Netanyahu.
PS1: Aaron Maté Escreve um artigo onde aponta o facto do cessar-fogo entrar em vigor sem que nenhuma das causas subjacentes do conflito tenham sido abordadas.
terça-feira, 7 de outubro de 2025
GAZA: AS MENTIRAS PROPALADAS PARA ENCOBRIR O CRIME DE GENOCÍDIO
Quando se faz a apologia da ação militar de Israel em Gaza, está-se a criar clima favorável a todos os atos que depois cometeu. Seus apoiantes, chefes de Estado e governo, de vários países ocidentais deveriam também ter um lugar reservado no banco dos reús, no Tribunal Penal Internacional.
Quando a media corporativa perpetua as mentiras típicas da propaganda de guerra e não faz nenhum esforço para desfazer aquilo que propalou, sabemos que a sua missão deixou de ser (há muito tempo, na verdade) de divulgar as notícias o mais próximo possível da realidade e de modo objetivo, neutral, não enviesado.
Ás numerosas pessoas que há dois anos me diziam que o Hamas tinha cometido atrocidades, eu respondia que a saída de 7 de Outubro para fora da prisão de Gaza, FOI UM ATO MILITAR e que numa circunstância assim, os militantes palestinianos tinham que se preocupar - em exclusivo - em neutralizar as forças inimigas da IDF (forças armadas de Israel) que mantinham o cerco da Faixa de Gaza.
As barbaridades atribuídas aos gerrilheiros palestinianos eram construções da propaganda sionista, destinada a virar a opinião pública mundial contra os palestinianos. Compreendi logo isso e depois veio a ser confirmado plenamente, com provas irrefutáveis.
De facto, os objetivos mais importantes da operação da resistência palestiniana foram alcançados. Mostraram que Israel (o seu governo, as suas forças armadas) era opressor, sem qualquer preocupação com os aspectos humanitários, com prazer sádico em matar e humilhar uma população indefesa.
O objetivo declarado pelo governo de Netanyahu de «liquidar o Hamas», não apenas não foi conseguido, como a posição do Hamas se fortificou no seio do povo palestiniano, como também a nível internacional. Além disso, a questão do estatuto da Palestina enquanto Estado independente, nunca se colocou com tanta força como agora.
Não sei, evidentemente, o que o futuro trará, mas creio que é importante que Gaza fique como símbolo da barbárie contra um povo indefeso e que resiste desde 1948.
Com efeito, foi vítima da histórica injustiça que lhe foi feita, quando a ONU reconheceu o Estado de Israel e deixou «no vácuo» a questão do reconhecimento dos territórios palestinanos, conforme prometido, enquanto território nacional dos palestinianos.
O 7 de Outubro de 2023 será lembrado como um gesto de libertação, de coragem dos resistentes, não apenas do Hamas, como doutras organizações da Resistência palestiniana.
A resistência de todo um povo - os palestinianos de Gaza e dos restantes territórios - ficou demonstrada. Os habitantes de Gaza recusaram abandonar a cidade que tinha sido transformada em ruínas, assim como todas as infraestruturas e recursos (hospitais, escolas, mesquitas, igrejas cristãs, etc), intencionalmente bombardeadas e demolidas pelos israelitas.
É terrível o peso que devem sentir muitos judeus, pelo mundo fora, perante a perpetuação de crimes em massa, que só têm paralelo no horror e desumanização que os nazis fizeram ao povo judeu, logo em 1933, mas que se foi intensificando como morticínio em massa, nos finais da IIª Guerra Mundial.
Mas, o sofrimento da população palestiniana durante estes anos todos, desde antes da implantação do Estado de Israel, deveria ensinar a todos que não se pode aceitar um Estado étnico (um Estado que apenas reconheça como cidadãos de pleno direito os de uma dada etnia) e/ou um Estado com religião oficial (em que é crime criticar a religião e onde as leis são moldadas para se conformar com um credo religioso), nem um Estado que discrimine como não-cidadãos quem aí vive desde há séculos e séculos. Chama-se neste último caso, «apartheid», nome dado ao regime de segregação racial promovido pelos brancos na África do Sul, que só acabou na década de 1980.
Não tenho nenhuma compaixão pelos sionistas e seus comparsas: andaram a atear campanhas de ódio, de propaganda do mais vil conteúdo, para «justificar» os horrores cometidos quotidianamente, nestes dois anos de matança. Não chamo a isto «guerra», pois os alvos principais dos sionistas eram civis e os palestinianos resistentes armados, não tinham meios para contrariar, de modo eficaz, os atos do exército inimigo.
O meu horror e tristeza não ficam confinados ao regime monstruoso de Netanyahu e seus apoiantes internos e externos:
É que nós temos vivido numa bolha de ilusões, nos regimes ocidentais, de «democracia liberal»; de que estes tinham valores e que os assumiam. Não! Apenas usaram, durante mais de um século, uma «indignação» fabricada, para lançar campanhas contra seus opositores, encobrindo os crimes deles próprios contra forças anti-coloniais, anti-capitalistas, pró-socialismo, pró-autodeterminação, que surgiram neste século e meio, em todos os continentes e nos países-sedes coloniais e imperiais.
sexta-feira, 3 de outubro de 2025
Prof. Mearsheimer: EXISTE ALGO NOS FICHEIROS EPSTEIN QUE CONDICIONA TODA A POLÍTICA DOS EUA
HIPOCRISIA DO RECONHECIMENTO DO ESTADO DA PALESTINA
Como refere o artigo de Kit Knithly no «Off-Guardian», as potências ocidentais decidiram reconhecer o Estado da Palestina e advogarem a «solução» dos dois Estados.
- Mas, a que preço? Com que intenções? Terão assim assegurado que muitas pessoas, seus cidadãos, irão esquecer a sua inação vergonhosa, durante quase dois anos de genocído pelas forças armadas de Israel contra o povo indefeso da Faixa de Gaza?
Pensam, os governantes ocidentais, que a nova Palestina ficará erradicada dos «elementos terroristas» ... Leia-se, dos diversos grupos que têm efetuado ações de defesa armada contra os atos de agressão e barbárie de Estado de Israel. Nunca será demais insistir: Os responsáveis nos países do Ocidente, tinham conhecimento dos planos genocidas de Netanyahu, muito antes de Outubro de 2023.
Cala-se a história sombria do conluio da grande finança com os governos imperialistas, incluindo o governo nazi, para a saída dos judeus da Europa e sua instalação na Palestina, terra árabe conquistada aos otomanos na 1ª Guerra Mundial, sob mandato britânico, desde o final da 1ª Guerra Mundial:
Na declaração Balfour (1917), diretamente sugerida pelo banqueiro Rothchild ao primeiro-ministro britânico em 1917, prometia-se uma terra que não era britânica, mas árabe, para satisfazer a ambição sionista de «dar terra própria» ao povo judeu. Mas, esta generosa «oferta», à custa de território alheio, tinha como contrapartida, satisfazer a premente necessidade britânica de que os EUA entrassem na guerra.
E assim foi: Bernays e muitos outros nos Estados Unidos, orquestrando uma enorme campanha, lograram mudar a opinião do povo americano, que se tinha manifestado, até então, como anti-guerra. Conseguiu o lóbi judaico obter essa reviravolta graças a uma parte substancial dos «opinion makers» nos jornais, maioritariamente nas mãos de magnates judeus da grande finança.
Infelizmente, a conivência da classe plutocrática no Ocidente em expoliar a terra dos que sempre lá viveram, os palestinianos, ainda é considerada tabu. Desenvolve-se um complexo de culpa, que faz com que muitas pessoas tenham medo de «passar por anti-semitas». Ora, os semitas tanto são os judeus naturais do Médio Oriente, como as populações palestinianas e outras, nesta região.
Os supostos «semitas» que vieram em massa povoar as terras do que depois se tornou o Estado de Israel são - na imensa maioria não semitas- de origem Khazar, ou seja, povos do sul do Cáucaso. O império Khazar existiu na Idade Média, e converteu-se oficialmente ao Judaísmo: Depois dele se ter desfeito, as populações foram para diversos países do Leste europeu. Eis a razão de ter existido importante população judaica (Ashkenazi) nos países eslavos (Rússia, Polónia, etc) e nos germânicos (A Alemanha, nessa altura, dividida em muitos reinos e principados).
Estes Ashkenazi não têm os genes típicos das populações Sefarditas, os judeus de origem ibérica. Estes, que vieram do Mediterrâneo, têm parte importante de ascendência dos judeus da Palestina, que se dispersaram em toda a bacia Mediterrânea, após a destruição de Jerusalém, pelo exército do império romano em 70 A.C.
É verdade que os judeus foram mantidos em ghettos, nas cidades da Europa cristã medieval e que, devido aos interditos que pesavam sobre eles, estavam proíbidos de exercer certas profissões. Mas, graças à interdição para os cristãos, de receber juros em operações bancárias de empréstimos, a atividade bancária era tolerada para os judeus, que acabaram por desenvolver redes bancárias de grande dimensão, na altura. Eles tinham uma relação ambivalente com o poder civil e com a igreja católica: Forneciam dinheiro e crédito bancário, a príncipes e papas. Mas, estes - de vez em quando - desencadeavam ondas de fanatismo religioso contra eles.
Foi assim que, nos finais do século XV, em Espanha e Portugal, os judeus foram forçados a converter-se (muitos, superficialmente aceitando o baptismo cristão, iam seguindo - em segredo- os ritos judaicos: os marranos) ou, em alternativa, a exilarem-se: Muitos foram para o Norte de África, para os Países Baixos, ou o Império Otomano, ou ainda para outros países.
Evidentemente, os autóctones da Palestina não tinham qualquer responsabilidade nestas intolerâncias contra os judeus. Sob o Império Otomano, os judeus gozavam de relativa liberdade, eram estimados e respeitados, podiam exercer livremente a sua religião. Havia conselheiros judeus na corte Otomana e tinham posições de destaque nas instituições académicas.
Só a crueldade e o cinismo podem fazer "pagar" ao povo palestiniano pelos males dos quais, nem eles, nem seus antepessados, são responsáveis. Eis um enorme crime contra todo um povo, que o Ocidente nunca assumiu e que não se pode perdoar (pelo menos, aos seus responsáveis). Querem agora arrasar mais de 20 séculos de História, com medidas cosméticas que não irão jamais cancelar os problemas, mas projetá-los nas vidas das gerações presentes e futuras.
Na realidade, só a generosidade natural das pessoas, sem a interferência da idologia ou de poderes, sejam eles quais forem, poderá resolver os problemas, cancelando injustiças e ódios, de forma a que as comunidades possam viver enquanto vizinhas, em paz e sem se odiarem, sem pretender dominar as outras.
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PS1: A pirataria do Estado de Israel continua. Agora capturaram 500 pessoas da flotilha para Gaza, no alto mar, em águas internacionais. Não há muita media a dar conta do sucedido. Vejam:
https://consortiumnews.com/2025/10/01/watch-live-feed-from-sumud-flotilla/
PS2: Veja como os governos ocidentais traem os esforços dos membros da frota de paz e fazem como se não tivessem obrigações enquanto signatários de convenções de direitos humanos e de leis, que Israel está constantemente a violar:
segunda-feira, 22 de setembro de 2025
A NOVA DESORDEM MUNDIAL [CRÓNICA DA IIIª GUERRA MUNDIAL, Nº 49 ]
Não sei se algum título como este já existe, é provável - mas no caso deste escrito - entendo que se trata do título mais apropriado.
Senão vejamos; a liberdade é proclamada e negada, na prática. Não se pode defender um determinado ponto de vista perfeitamente legítimo e racional, sem se ter consequências gravosas, se este ponto de vista se traduz numa desacralização do poder.
Pelo contrário, podem cometer-se atrocidades, violações sistemáticas dos direitos humanos, impunemente, se forem cometidas sob a tutela e seguindo o guião da potência hegemónica. As coisas não mudaram, desde há cerca de 75 anos. Um adjunto do presidente dos EUA, Truman, fez-lhe notar que se estava a apoiar uns «bastardos» (já não sei de que país latino-americano); ao que Truman respondeu...«Sim; mas são os NOSSOS bastardos».
Hoje em dia, a ditadura totalitária de Zelensky tem as honras de governos ocidentais, enquanto vai prendendo os opositores, que «desaparacem», ou vai colocando para sacrifício inútil, centenas de milhares de soldados na mira de fogo das tropas russas, sobretudo vai construíndo - ele e seus associados - fortunas colossais, à custa do erário público ucraniano (e nosso). Mas ninguém se preocupa, nas administrações que têm doado sucessivos biliões, para onde vão estas somas.
Os manifestantes que protestam contra o genocídio dos palestinianos, são dispersos à bastonada, são presos às centenas; isto tem lugar no suposto «modelo» da democracia e dos direitos civis, a Grã Bretanha.
Em simultâneo, a indústria armamentista, nomeadamente, na UE, no Reino Unido e nos EUA, envia para Israel o que este precisa para efetuar o referido genocídio. Como podem os políticos se apresentar como «observadores impotentes», durante estes quase três anos de genocídio, sabendo-se que um embargo de armas a Israel iria fazer parar rapidamente o Holocausto Palestiniano?
Claro que jogam os interesses económicos e a importância dos lobis pró-sionistas. Aliás, não devemos confundir estes com as comunidades judaicas: Estas podem estar completamente dissociadas da mentalidade suprematista e colonialista do governo de Israel.
Em todo o lado, a igualdade dos seres humanos perante a lei, a sua dignidade fundamental, estão postas em causa. Um assassinato irá fazer a primeira página dos noticiários, consoante a vítima seja judeu (sionista ou não) ou um arauto «cristão», em associação com o sionismo, ou consoante se trate de um árabe, que pode ser muçulmano, cristão, de outra religião ou mesmo, ateu. No caso do árabe, nem será referido na maior parte dos noticiários; se o for, será classificado de «terrorista» ou de membro do Hamas, para desencadear repúdio e não qualquer sentimento de compaixão no público.
A ordem moral é a primeira a desfazer-se, quando se inicia a derrocada da ordem política-económica-jurídica.
Aquilo que se chama «civilização» é um estado de imposição duma falsa ordem, porque baseada na repressão: É isso que significam expressões como «Pax Romana», ou «Pax Americana».
A ordem moral não pode subsistir quando os do topo da hierarquia são impunes, face às regras aplicadas ao comum dos mortais. Vejam-se os casos (abafados) dos escândalos sexuais em torno da figura de Jeffrey Epstein, ou a total impunidade dos criminosos que lançaram a operação COVID («vacina anti-COVID») para benefício das multinacionais farmacêuticas Pfizer, Moderna, Astra-Zeneca...
Apenas dois exemplos acima citados, mas haveria muitos mais, se contabilizarmos os que no establishment se especializaram em lançar guerras (Afeganistão, Iraque, Líbano, Líbia, Palestina, Irão...) que têm causado milhões de mortes, incontáveis feridos e deslocados. Mas, a media corporativa reserva sempre o melhor acolhimento para estes senhores e senhoras.
Em desespero, os antigos aliados de ontém do Ocidente, estão em massa a aderir aos BRICS ou, pelo menos, a estabelecer acordos comerciais frutuosos com estes países, pois vêm que do lado Ocidental e Americano, só há a perspectiva de manter os países mais fracos sob o seu domínio, por todos os meios, incluindo militares.
Mas, o comércio precisa de liberdade. Sobretudo, de liberdade de escolha; em dado país participar ou não num dado acordo. Também precisa de um conjunto de regras. Porém, estas regras (acordadas e ratificadas na OMC) são sistematicamente ignoradas ou violadas pelos mesmos que clamam pelo seu respeito.
A utilização do dólar como arma, abusando do privilégio de ser a principal moeda de reserva mundial (uma herança do acordo de Bretton Woods, 1944), levou a que mais trocas sejam efetuadas nas divisas dos respetivos países, não envolvendo o dólar. O dólar deixou de ser visto como «porto seguro», como reserva nos Bancos Centrais, em muitos países: Estes passaram a acumular ouro, o qual não pode ser instrumentalizado. Quanto muito, poderá ser expropriado ou roubado, num contexto de guerra, com invasão e tomada do ouro do banco central (como aconteceu na Líbia e noutros casos).
A «lei» da força, ela própria, está posta em causa quando os rivais dos EUA e dos países da OTAN, possuem armas ao mesmo nível, ou que ultrapassam as ocidentais. Em relação à guerra assimétrica, temos assistido aos danos severos causados por mísseis e drones das milícias Houthis (Iemene), a instalações militares e civis israelitas, assim como mantêm o bloqueio no Mar Vermelho, para a navegação destinada a Israel, incluindo porta-aviões dos EUA. Podíamos também descrever o efeito do uso maciço dos drones que - com uma tecnologia relativamente simples - conseguem ultrapassar defesas anti-aéreas de uns e de outros, no teatro da guerra Russo-Ucraniana.
O mundo está cada vez mais complexo e as armas mais perigosas (armas nucleares) estão sob controlo de psicopatas, nalguns casos. A determinação de Netanyahu, ou do seu sucessor, em fazer explodir bombas nucleares contra inimigos (Irão, principalmente) pode configurar a «alternativa Sansão». Ou seja, tal como na narrativa bíblica, trata-se de deitar abaixo todo o edifício (Israel), de modo que os seus inimigos também morram. É uma loucura completa, mas que está consignada em manuais de estratégia militar israelitas, pelo que não pode ser tomada ao de leve.
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Ps1: Jeffrey Sachs e a nova ordem mundial
https://youtu.be/97pxh5BifVU?si=H58F_pxUbI0pYdi_
PS2: ANGELA MERKEL atribui a países da OTAN a responsabilidade pelo rebentar da guerra na Ucrânia:
https://youtu.be/g8iNwQTm6Mk?si=Aop9vp4Fq6dCJEpZ
terça-feira, 9 de setembro de 2025
BOICOTE ÀS COMPANHIAS QUE ESTÃO ASSOCIADAS A ISRAEL
quarta-feira, 3 de setembro de 2025
MYRET ZAKI: PROJETO DO GRANDE ISRAEL ESTÁ ACABADO
Diretora de revista de negócios suíça, tem uma visão realista e um discurso desinibido. O Estado de Israel já não é um projeto viável.
Não deixa de mostrar o enviesamento da media europeia. Ao ponto em que as informações mais credíveis são, muitas vezes, as das redes sociais.
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Ps1:
Apresentação de livro de Myret Zaki sobre jornalismo:
https://youtu.be/xfCJmlso4Bs?si=2ekMAbVfYmPA-m6x
sábado, 9 de agosto de 2025
terça-feira, 5 de agosto de 2025
EX DEPUTADOS AO PARLAMENTO EUROPEU FALAM SOBRE DERIVA BELICISTA
sexta-feira, 25 de julho de 2025
QUE FIQUEM CONHECIDOS PELOS SEUS FRUTOS / O GRANDE NEGÓCIO DO GENOCÍDIO
QUE FIQUEM CONHECIDOS PELOS SEUS FRUTOS (por Caitlin Johnstone)
O GENOCÍDIO DE GAZA POR ISRAEL É UM GRANDE NEGÓCIO (por Jonathan Cook)
NO EXCERTO DO ARTIGO Dystopian Killing Fields and Starvation in Gaza POR BINOY KAMPMARK VERIFICA-SE A PERVERSIDADE DE ISRAEL EM RELAÇÃO ÀS OBRIGAÇÕES HUMANITÁRIAS E A ATITUDE CONDESCENDENTE DE SEUS ALIADOS OCIDENTAIS.
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The statement as run by Doctors Without Borders (Médecins Sans Frontières) on 23 July is stark: “As the Israel government’s siege starves the people of Gaza, aid workers are now joining the same food lines, risking being shot just to feed their families. With supplies now totally depleted, humanitarian organisations are witnessing their own colleagues and partners waste before their eyes.” Two months after the implementation of the controlled aid scheme by Israel, utilising the grotesquely named Gaza Humanitarian Foundation, over 100 organisations were “sounding the alarm and urging governments to act: open all land crossings; restore the full flow of food, clean water, medical supplies, shelter items, and fuel through a principled, UN-led mechanism; end the siege; and agree to a ceasefire now.”
Outside Gaza, and even within the Strip, abundant supplies of food, clean water, medical supplies, shelter items and fuel sat untouched. Humanitarian organisations had been prevented from accessing them. “The Government of Israel’s restrictions, delays, and fragmentation under its total siege have created chaos, starvation, and death.” A paltry figure of 28 trucks a day were being allowed into the Strip.
The relevant gore is recounted: massacres at food sites in the Gaza Strip are impossible to ignore; the figures from the UN suggest that 875 Palestinians had been slaughtered while seeking sustenance as of 13 July. The frequency of these “flour massacres” is also receiving comment from those in the employ of the operation being run by GHF (Gaza Humanitarian Foundation), policed by private contractors and the IDF. Retired US special forces officer Anthony Aguilar, who resigned from working with the GHF, told the BBC that he had “witnessed the Israeli Defense Forces shooting at crowds of Palestinians.” During his entire career, he had never seen such “brutality and use of indiscriminate and unnecessary force against a civilian population, an unarmed, starving population.”
The NGO statement goes on to note the rise of cases of acute malnutrition, most prevalent among children and the elderly. (The World Food Programme has warned that one in three Gazans do not eat for days at a time, with 90,000 women and children requiring treatment.) “Illnesses like acute watery diarrhoea are spreading, markets are empty, waste is piling up, and adults are collapsing on the streets from hunger and dehydration.”
In the face of this, international law’s decrees appear like the neglected statues of a distant land. The three sets of Provisional Measures Orders from the International Court of Justice, handed down since 2024, have warned Israel to observe its obligations under the UN Genocide Convention and address the humanitarian crisis in the Strip. In its modifying order of provisional measures handed down on 28 March 2024, the ICJ instructed Israel to “take immediate and effective measures to enable the provision of urgently needed basic services and humanitarian assistance to address famine and starvation and the adverse conditions of life faced by Palestinians in Gaza.” These include the provision of “food, water, electricity, fuel, shelter, clothing, hygiene and sanitation requirements, as well as medical supplies and medical care” and “increasing the capacity of land crossing points and maintaining them open for as long as necessary.”
The latest concession from Israel to deal with this engineered humanitarian catastrophe is a promise to open humanitarian corridors to permit UN convoys into the Strip. In addition to that, COGAT (Coordinator of Government Activities in the Territories), the Israeli military agency overseeing humanitarian affairs in Gaza, has announced that Jordan and the United Arab Emirates will be permitted to parachute humanitarian aid to those in Gaza. UK Prime Minister Sir Keir Starmer has made a small team of British military planners and logisticians available to assist Jordan in this endeavour. On 27 July, the IDF also released a statement claiming it had made the first airdrop including “seven packages of aid containing flour, sugar, and canned food.” These efforts, in their practical futility, are a reiteration of the humanitarian airdrops conducted by the US military and Jordan’s air force in March last year.
These drops will do little to alter the cruel, strangulating model of aid delivery in place, emboldening the fittest recipients capable of outpacing their adversaries. Those recipients will also be fortunate not to be injured or killed by the dropped packages, instances of which were recorded in March last year. “Why use airdrops,” asks Juliette Touma, chief spokeswoman for the United Nations agency for Palestinian refugees, “when you can drive hundreds of trucks through the borders?” Using trucks was “much easier, more effective, faster, cheaper.” Precisely why using them is so unappealing to the IDF.
Instead of focusing on isolating Israel, its allies prefer piecemeal approaches that prolong the suffering of the Palestinians. Measures such as those announced by Starmer to “evacuate children from Gaza who need medical assistance, bringing them to the UK for specialist and medical treatment” only serve to encourage the Israeli war machine. The aid drops serve to do much the same. The objective is one of inflicting a sufficient degree of harm that will encourage the eventual depopulation of the enclave. Israel’s allies, with intentional or unintentional complicity, will clean up.

