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quinta-feira, 6 de setembro de 2018

A CENSURA DA INTERNET CHEGA PELAS MÃOS DA COMISSÃO EUROPEIA

Está em estádio final para aprovação uma lei que obriga plataformas e redes sociais (como Google ou Facebook) a censurar tudo o que é considerado «discurso de ódio». 

                       Resultado de imagem para censura imprensa estado autoritário

A notícia em questão é literalmente de arrepiar os cabelos:


Os novos censores arrogam-se o direito de obrigar estas plataformas a retirar imediatamente o que é considerado conteúdo «terrorista». Note-se que o problema nesta questão é saber quem decide que tal ou tal conteúdo é «terrorista». A liberdade de expressão é directamente ameaçada pois os censores podem censurar «legalmente» tudo o que achem que ponha em causa de forma enérgica o status-quo, incluindo discursos anti-autoritários, anti-capitalistas, anti-monopólios, anti-censura, etc. Ou seja, está instalada ao nível de toda a UE uma enorme rede de censura.
Nesta questão é importante traçar a linha separando o que é legítimo do que não é: é legítimo processar o autor ou editor de um escrito que viole as leis dum país. Mas neste caso, a acusação é trazida perante um tribunal, onde um juiz tem de decidir se o caso é pertinente, se a acusação tem fundamento e se sim, qual a pena a aplicar. No caso de censura, típica de um estado totalitário, o escrito ou video é retirado,  é censurado, não havendo lugar para o público julgar por si se o tal escrito ou vídeo é efectivamente contra as leis, se é «incitamento ao ódio» se é ou não «terrorista», etc. Portanto, além de servir como instrumento indiscriminado para calar oposições pouco cómodas, para o poder, é uma forma de manter o público «protegido» de notícias e opiniões «perigosas», como se o público fosse constituído por «pobres de espírito» que ficariam transtornados por lerem ou verem isto ou aquilo. 

O pior disto tudo é a indiferença de «pessoas de bem», que não suspeitam sequer de que o uso destas leis não é para o que é declarado, mas para coisas muito mais negras e vergonhosas. Introduz-se um Super-estado fascistoide, sempre com o pretexto de «proteger» o público, ou a segurança, etc. 

Não vejo que esta lei sobre conteúdos da internet tenha uma real diferença com o regime de censura prévia aos jornais e comunicação social instaurado por Salazar, continuado por Caetano e apenas abolido com o 25 de Abril de 1974!
Sob pretexto de «tecnologias da informação», estamos a recuar para os tempos mais negros do século passado, o das ditaduras diversas, fascistas ou «comunistas», em que o poder decidia aquilo que o público podia saber e aquilo que lhe era interdito.   

domingo, 19 de fevereiro de 2017

quarta-feira, 21 de dezembro de 2016

COMO SE INSTALA A CENSURA, HOJE EM DIA

Para se poder delimitar, isolar e combater esta hidra, devemos descrever as formas de que se reveste, os seus disfarces e pseudo justificações. 
A censura é a forma mais acabada de autoritarismo, vai de par com as derivas securitárias, pois quanto mais autoritário for um regime maior é o aparato de censura.
Porém, mesmo nos regimes onde - supostamente - é reconhecida a liberdade de expressão e de informação, existem formas de censura muito eficazes - ou mesmo mais - dos que nos regimes abertamente autoritários.
A auto-censura é um deles; é vulgar haver pressões em relação a este ou aquele assunto ou personagem. Essas pressões são subtis em muitos casos, não permitindo que, quem sofre o ato discriminatório ou censório, possa apontar uma ação concreta.
É muito banal a media ignorar um acontecimento, uma iniciativa, uma tomada de decisão coletiva, uma manifestação ou uma greve. Trata-se da técnica que designo de «não inscrição». Uma forma mais refinada da mesma técnica pode passar por referir esse acontecimento, mas de maneira que não permita ao público compreender a sua relevância.
Sobretudo, o poder tem sempre a palavra, a voz do poder está omnipresente, quer esse poder seja governo, oligarquia, ou até os cortezãos de uns e outros.
Este monopólio do poder faz com que o espaço-tempo não sobre para o que seria menos conveniente relatar. Isto, porém, tem de ser disfarçado; só assim conserva a eficácia junto dos espectadores/auditores: tem de haver de vez em quando, algumas referências ao anti-poder, senão o jogo torna-se demasiado óbvio.

A media corporativa está sempre disponível para distorcer, eludir, truncar, quando não mesmo, falsificar o discurso, a mensagem de entidades anti-sistema. Mas o melhor, para a média vassala do poder, é ignorar essas vozes. Só recorre à distorção quando já não pode ignorar

Na era da Internet, este joguinho tornou-se mais difícil
Trata-se agora de demonizar abertamente as fontes independentes, classificando-as como «pró-russas» (amanhã será outra etiqueta, se isso convier às oligarquias reinantes). 
Tudo o que essas fontes produzem como notícias é então considerado «fabricado» (fake) mas quem decide o que é ou não é fabricado? 
Temos a instalação de autênticas comissões de censura na Internet, nas redes sociais, por exigência dos poderes, que irão excluir certos blogues, certas páginas, certas fontes... 
Os pretextos são sempre os de «proteger» contra coisas que todos nós achamos horríveis, tais como «pedofilia, terrorismo, crueldade contra animais, etc.» São justificações que «passam» muito bem, que tranquilizam as pessoas meio-adormecidas. 
Será ingenuidade ou conformismo ou pior, não sei. Mas como se pode acreditar que os governos e meia-dúzia de corporações que dominam tudo (televisões, redes Internet, rádios, jornais, magazines) ...estão realmente preocupadas com nossa segurança?

Como dizia Benjamin Franklin: «Quem aceita perder a liberdade em troca de maior segurança, não merece nem uma, nem outra...» 

sexta-feira, 9 de dezembro de 2016

UMA QUESTÃO DE CONSCIÊNCIA

Tenho seguido com um interesse crescente os debates que circulam na Internet sobre as precárias liberdades de expressão neste médium e noutros, na sociedade em geral. 
Tenho estado a observar, desde há alguns anos, a deriva para uma atitude passiva da maior parte das pessoas que se refugiam no seu círculo de «amigos» virtuais e não passam desse casulo, como o de insetos, tecidos por eles próprios, mas envolvendo as suas mentes, não o seu corpo.
A maneira como este processo atua é semelhante à exposição repetida a uma agressão. Nos primeiros momentos, a dor pode ser muito intensa, mas com a repetição, a intensidade do efeito doloroso torna-se menor. Sabemos que isso se deve à secreção de «endorfinas» essas morfinas naturais, segregadas pelo cérebro… Pois a exposição a algo violento, destruidor da nossa própria moral, etc. segue uma curva semelhante:  a dor, a indignação vai ser substituída, a pouco- e-pouco, por um «acostumar», uma indiferença, um encolher de ombros.
Instala-se o relativismo moral, causando a apatia, a anomia, dos indivíduos e da sociedade em geral. Os poucos que conservam sua consciência despertada estão em minoria; são «neutralizados» perante um oceano de «consciências zombificadas». 
A «Nova Ordem Mundial», que é temida e considerada um pesadelo orwelliano por muitos, já está praticamente instalada. Para amostra disso, veja-se como a propaganda dos media ditos de referência, na realidade, porta-vozes do governo e das grandes corporações, consegue,  na indiferença mais geral, perseguir media alternativos que têm uma ínfima fração do auditório e igualmente uma ínfima fração dos recursos humanos, financeiros, técnicos, etc. destes mastodontes.
De facto, os media alternativos, os cidadãos-repórteres,  constituem um «perigo», não para a cidadania, mas para a credibilidade de governos e media corporativos e portanto devem ser  difamados, banidos, criminalizados.
Isso não parece inquietar muito os nossos concidadãos… Estamos realmente num resvalar para uma sociedade completamente totalitária. 
O totalitarismo do nosso século é insidioso, não é óbvio como os que o precederam. Pois estes baseavam-se na repressão a quente, no medo físico.
O totalitarismo atual baseia-se na «gestão do medo», na manipulação da perceção do medo, como que instigando as pessoas a terem medo da sua própria sombra.
Que outra explicação dar para a onda do «politicamente correto» que nas universidades americanas já tem foros de patologia social e institucional? Dentro desse paradigma do politicamente correto usam o termo «hate speech» (discurso de ódio).
Supostamente, as pessoas teriam o direito de «serem protegidas» dum discurso de ódio. Mas quem decide que tal ou tal discurso é «de ódio»? E quem tem o atrevimento de negar a minha própria liberdade de avaliar e de julgar -por mim próprio - o que penso de tal ou tal discurso?
 É que o discurso de ódio propriamente dito costuma ser produzido, está constantemente a ser produzido aliás, pelas instâncias do poder. Eu «sofro» este discurso do poder, como é inevitável, embora não fique nada impressionado por ele.
Também não fico «lesionado» ou «influenciado» por ouvir ou ler um discurso de ódio de uma seita nazi, de uma seita islamita radical, estalinista, ou outra qualquer!
Posso dizer então que a «proteção» contra o «discurso do ódio» é afinal um alibi para coartar a nossa liberdade de acesso às fontes de informação, de ajuizar por nós próprios, de exercermos o nosso sentido crítico e finalmente, coarta aquilo que supostamente diz defender, os direitos humanos, a liberdade de pensamento e de expressão!
É típico da gente totalitária criar uma imagem negativa dos outros, sem nenhum respeito pela verdade, exatamente como espelho daquilo que eles próprios são e praticam.
Se acusam outros de não respeitarem a «verdade»,  tenham como certeza que eles se esmeram a confundir e ocultar os factos, a transformar informação em mero invólucro de propaganda, ou pior ainda, perseguir e calar por todos os meios, quem se atreve a dizer a verdade e em dá-la a conhecer. Não esqueçamos  Manning, o soldado preso, torturado e condenado a prisão perpétua por ter revelado crimes de guerra americanos no Iraque.
A redoma que nos envolve, uma Noosfera que Pierre Theilhard de Chardin profeticamente anunciara, tem lados magníficos, como a capacidade de nos cultivarmos e alcançarmos um grau de saber quase infinito do ponto de vista do potencial, através da Rede.
Mas proporciona o contrário disso, ou seja, o enredar da própria mente dentro dos seus mitos, dentro da narrativa que conforta mais o ego: esta é – sem dúvida- a atitude mais frequente.
O cérebro ativa circuitos do prazer em função dos estímulos que recebe do exterior. Existem circuitos que são ativados e ativam a secreção de neurotransmissores, a ocitocina é um deles. Ele obtém maior remuneração psicológica/bioquímica por ver, ler, ouvir, as coisas que nos agradam, do que coisas sobre as quais discordamos, que nos afligem, que nos inquietam. Aliás, a adicção ou viciação, instala-se precisamente dessa maneira: quando o cérebro precisa de certos estímulos específicos para obter uma «dose» de moléculas, ativadoras dos circuitos do prazer.
Não existe possibilidade de combater o totalitarismo quando o próprio público ou uma maioria muito grande dele apela para ele ou está completamente indiferente.
Ele nunca se instala de forma ostensiva, aberta. Se o tentasse, naturalmente seria repudiado e combatido, haveria reações violentas adversas.
A sua artimanha é apelar áquilo que as pessoas têm de mais profundo, os seus medos, muitos dos quais vêm da primeira infância e são parte integrante da nossa personalidade.
A ciência psicológica é posta ao serviço desse controlo, pois a maneira de nos condicionar para consumir uma determinada marca de um produto é essencialmente a mesma que para determinado comportamento político ou social.
O ser humano – todos nós – só pode começar a libertar-se da nova forma de totalitarismo quando uma grande maioria das pessoas se aperceber das suas consequências nefastas nas suas vidas pessoais e sociais, causadas por esse sistema.
Antes disso, os que têm consciência, serão colocados na mesma posição que os «heréticos», os «livres-pensadores», tiveram: serão segregados, discriminados, a sua voz será calada por todos os meios.
Eu faço o mea culpa pois cri durante algum tempo que não seria possível nunca mais haver totalitarismo, nunca mais regimes como o hitleriano ou estalinista.
Porém, o novo totalitarismo aqui está a bater à porta. Já não se baseia no terror «físico», mas sim no terror psíquico, no medo que as pessoas têm de serem apontadas a dedo, de serem acusadas, ostracizadas, agredidas, pelos próprios concidadãos.
O futuro dirá como é que esta deriva totalitária se irá desenvolver, se vai ou não tomar as sociedades ditas «mais avançadas» e o mundo em geral.
Eu penso que as pessoas dissidentes no espírito serão os «monges» da nova «idade das trevas».
Nos anos em que a civilização romana ruiu e se instalou a sociedade feudal, os reis eram chefes de guerra, analfabetos e brutais. Destruíram ou presidiram à destruição de muitas obras materiais e imateriais inestimáveis, que resultaram da acumulação de ciência, saberes, artes, durante vários séculos.
 Os mosteiros eram pequenas ilhotas de paz, no meio da violência e da miséria, causadas pelos senhores feudais. Estas ilhotas preservaram, em manuscrito, muitos tesouros do pensamento, da arte, dos saberes, da filosofia… muitos milhares de copistas/monges se dedicaram, para que algo da civilização fosse transmitido às gerações vindouras.
Será talvez uma analogia, com toda a imprecisão que têm as analogias. Porém, ao esboçar-se uma nova «idade das trevas», onde residirá a luz do saber, da consciência, como sobreviverá?
Quem serão os «monges» que manterão - de geração em geração - o legado do passado? Os do presente e futuro, não serão necessariamente monges ou freiras;  não haverá necessidade de uma vida monástica, estritamente falando.
Têm de ser pessoas corajosas e pacientes, que mantêm uma postura crítica. As que teimam em dar a conhecer as realidades aos seus concidadãos, os «whistle-blowers» ou dadores de alerta, que defendem utopias não autoritárias, que mantêm uma postura moral no meio do relativismo moral ambiente, na sua diversidade e heterogeneidade, serão capazes de manter a chama do humanismo acesa? 
Cabe a cada leitor escolher o seu lado, aceitar ou não o meu ponto de vista.
Mas se escolher o lado do humanismo contra a barbárie, então não baixe a guarda, não caia nas múltiplas armadilhas do totalitarismo, que se veste de roupagens «livres» ou mesmo «libertárias», para impor o seu relativismo moral. Em suma, o espírito crítico exerce-se sobre nós próprios e os nossos atos ou falta deles.
Parafraseando o Pastor Bonhoeffer, «O que é decisivo para avaliar a moral de uma sociedade é o género de mundo que ela está produzindo e irá legar aos seus descendentes» (“The ultimate test of a moral society is the kind of world that it leaves to its children.”)

PS: Phil Butler apresenta uma ideia de noosfera que se deve ao Presidente Putin ou a alguém próximo. Vale a pena ler: 

sexta-feira, 17 de junho de 2016

As Escolas Sem Muros Já Existem, Hoje



- Se o saber não ocupa lugar, se a Internet tem, no meio de tanto lixo, algumas pedras preciosas, porque não fazer uma busca sistemática, cooperativa de fontes livres e grátis de saberes?

- Vamos construindo aos poucos uma espécie de roteiro ou de índice de recursos de qualidade, on-line e gratuitos... Se nos pusermos a cooperar nesta busca, certamente que vamos encontrar maneira de beneficiar outras pessoas e de sermos beneficiados por elas. 

- É mais um estado de espírito que é necessário, não precisamos de aderir a nenhum «credo», seja político, religioso ou pedagógico. Ou melhor, podemos manter nossas crenças e escolhas, que isso não é problema numa visão do saber e da cultura onde a única coisa que não se pode tolerar é a intolerância. De resto, hoje em dia, ninguém é exclusivo detentor do saber e ainda bem.

- Não irei fazer qualquer juízo sobre a validade (ou relevância, ou utilidade) dos recursos abaixo sumariados: Apenas chama a atenção para o facto de que AS ESCOLAS SEM MUROS  já existem no espaço virtual, sendo este conceito multifacetado, não formalizado, não redutível a um modelo ...mas real!

- Para ilustrar o conceito de «Escola Sem Muros», apresento alguns sítios grátis na Internet, para adquirir e atualizar saberes.
Nestes sítios virtuais, podem ser completados e aprofundados saberes desde as várias Ciências Exatas e Naturais, às Ciências Humanas, à Literatura, às Artes... Algumas pessoas esquecem-se de dar o devido valor a este grande privilégio, de tão banal e fácil que se tornou o contacto com esse manancial de informação disponível e gratuito, que nos proporcionou a Revolução Digital!



1)    Um sítio emblemático da revolução nos saberes é Wikipedia, um sucesso enorme, tão descentralizado e multiforme como a  própria Rede. Decidi apresentar aqui um artigo sobre o movimento das «Free Schools». Em Inglês, «free» tanto pode querer dizer livre, como grátis, ou ambas as coisas ao mesmo tempo.

  - Wikipedia sobre «Free School»: 



2)    A «Ágora dos Saberes» (em Montpellier), um projeto municipal, mostra que a excelência e a criatividade podem habitar numa estrutura como um Município... é «tranquilamente revolucionário»:

- Agora des Savoirs (Montpellier): 


  


3)    O filósofo Michel Onfray, dedicou-se a construir a Universidade Popular, em Caen (Normandia), aventura coroada de sucesso, em grande parte devido a sua capacidade excecional de trabalho e de comunicação e uma vontade muito clara de quebrar os muros mentais que encerravam a academia em França. O sucesso foi tão grande que, em breve, surgiram outras universidades populares emulando a de Caen...

Michel Onfray (Université Populaire): 





4)    Michel de Botton é outro filósofo, britânico, apesar do nome francês, que se dedicou a construir uma «Escola de Vida». Ele partiu da constatação de que as pessoas não tinham real acesso a uma educação dos afetos, moral e estética, campos desdenhados ou considerados, demasiado subjetivos, da esfera íntima e portanto não tendo lugar nos curricula do ensino institucionalizado.
«The School of Life» veio responder a uma necessidade sentida: é hoje uma referência incontornável na divulgação dum saber e duma filosofia de vida. Embora dirigida à sociedade de hoje, revaloriza a sabedoria da Antiguidade clássica e do  Renascimento.

 The School of Life: 





5)    Existem alguns recursos de qualidade, livre e gratuitamente acessíveis, em língua portuguesa. Apenas dou dois exemplos mas gostava que me assinalassem outros, para adicionar a esta lista. Agradeço que adicionem, em comentário, outros recursos conheçam, de fácil acesso e de qualidade, em língua portuguesa. 

Casa do Saber (Brasil):


Prof. André Azevedo da Fonseca (Brasil):





6)    Cursos Livres e Gratuitos On-line (MOOC) : cursos geralmente fornecidos por universidades espalhadas pelo mundo, mas com predominância do mundo anglo-saxónico.
Estes cursos são de nível universitário. O aluno é submetido a avaliação on-line. Estes cursos são cada vez mais prestigiados e reconhecidos como instâncias válidas para formação dos indivíduos. A preparação real que eles conferem, tanto nos saberes teóricos como práticos, é muito elevada.
Apresento abaixo duas organizações que agrupam grande diversidade de cursos, de várias universidades.
Existe uma excelente oferta para qualquer estudante que, por vários motivos, ficou excluído de cursos presenciais.
Hoje em dia, já se podem assim frequentar cursos de Oxford, Harvard ou doutras universidades de grande prestígio:

COURSERA: 


edX Courses: 

  


7)    A Open University, um projeto britânico, antecedeu a era digital. Foi a primeira universidade de ensino à distância.
Não se pode classificar a Open University como «free» no sentido de grátis, embora os custos para o estudante inscrito sejam inferiores aos de cursos equivalentes em universidades mais tradicionais. Esta organização, tem tido desde há mais de meio século, um papel importante na democratização do saber.

Open University: 






8)    Podemos classificar as Escolas de Filosofia, de Sabedoria, como outro exemplo de «Escolas sem Muros». Por exemplo, o Taoismo foi divulgado no Ocidente, nos anos 1960 e 70, em paralelo com o Budismo Zen, por Alan Watts:





NB: Não incluí nesta listagem recursos tais como os blogs, fóruns, etc. Esta ausência não significa menosprezo. Existe uma quase infinidade de tais recursos na Internet. A sua listagem seria tarefa demasiado pesada e fatalmente «viciada» pela perspetiva de quem a faz. 
Em geral, a criação dum blog coletivo ou dum fórum, pode corresponder à necessidade de troca e partilha de determinados saberes, gostos ou interesses.
Os fóruns e blogs podem ser usados como recurso para troca direta e cooperativa dos estudantes entre si e não apenas entre estudantes  e professores. 





sábado, 11 de junho de 2016

O que a Internet tem de bom

I have realized that the past and future are real illusions, 

that they exist in the present, which is what there is and 

all there is.






É verdade! Eu tive sempre uma curiosidade insaciável. Quando 

me interessava por alguma coisa, tinha de ir pesquisar até onde 

chegasse a minha paciência e engenho. Sabia, por instinto, que o 

saber é um tesouro inigualável, mas que para se aquirir esse

 mesmo conhecimento verdadeiro (= sabedoria) tínhamos de ir 

longe dos portos, mergulhar fundo no mar profundo e

regressar com o troféu tão desejado...

Muitos mestres tive eu; desde os mestres de escola, de

 universidade, de local de trabalho, de vida, até aos mestres de 

hoje, que me rodeiam e me inundam com o seu amor fraterno 

e sem condições. 

Falo dos mestres que estão neste mundo e dos que não estão...

A Internet não é o único veículo de conhecimento, para mim,

 pelo menos. 


Mas é um instrumento poderoso, que pode ser usado 

para o bem e para o mal; pode ser usado como uma droga ou 

como alimento espiritual genuíno; está nas tuas mãos, depende

 inteiramente de ti: Podes decidir servir-te da Internet segundo

 tua ajuízada decisão, ou apenas por imitação, por preguiça

 mental, a pior de todas.

Sinto gratidão por todos os instrumentos de auto-ajuda, dos quais

me tenho socorrido, em várias circunstâncias. 



Alain de Botton - «The Book of Life»












Gosto de escolher criteriosamente a minha música, aquela que

 está apropriada para um determinado momento, para um estado 

energético do meu ser. 

Muitas vezes danço ao som da música que estou a ouvir, no meu 

estúdio. Nem sempre é convencionalmente chamada música

 «para dançar». 






Os vídeos e outros recursos da Internet, que eu escolho, o que os

 caracteriza, é a sua perfeita adaptação para certos estados que

 eu tenho vivido. Assumindo inteiramente a responsabilidade 

sobre as «comidas» com que alimento o meu espírito, vivo 

melhor, mais livre.


 Esta é uma espécie de auto-terapia, derivada do que 

 resulta comigo, empiricamente. Serve-me bem, mas pode não

 te servir, de modo nenhum, caro leitor...Somente à tua pessoa

 compete decidir sobre o relacionamento com a Internet!