domingo, 7 de abril de 2019

sábado, 6 de abril de 2019

A NATO…É PRECISO ACABAR COM ELA!


Oh! Essa frase do chefe do estado maior português, «se não existisse NATO, tinha de ser criada agora» ou seja, para pessoas como ele, militares de alta patente terem sempre algo com que se entreter, com que fazer carreira… Desgraçado país de escravos que beijam os seus grilhões! Desgraçado país em que poderosos se esmeram em servir de bandeja, aos mais poderosos que eles, aquilo que é dos pobres, a sua própria vida, a vida dos pobres…claro! 
Esta é uma época em que os responsáveis pelas guerras morrem longe delas, no conforto da cama, em casa ou no hospital, enquanto os soldados são enviados para a chacina e os civis, os ditos «danos colaterais», contam-se às dezenas de milhares e morrem esquecidos de todos os que não são da sua família.

Nunca achámos gloriosa a guerra, porém, estes generais e almirantes da NATO são o exacto oposto do que as histórias romanceadas contam sobre os chefes guerreiros de tempos idos. O «chefe» de hoje, pode comandar uma divisão da NATO, mas tem exactamente a mesma mentalidade submissa que um lacaio, um «chefe de repartição»… nada mais são do que chefes de repartição em uniforme.
É por causa desses indivíduos e dos políticos, que se abaixam ainda mais, na sua procura de agradar a todo o transe, que as pessoas continuam, equivocadas, apoiando os partidos da guerra (pro-NATO) e mesmo a festejar a sua pertença ao império, que nos manteve durante setenta anos em servidão! 
Durante sua pertença à NATO, nunca Portugal foi independente! Os adoradores de Salazar, que se dizem nacionalistas, acaso saberão que a «esperteza saloia» do ditador de Santa Comba foi vender Portugal, com a sua posição estratégica, o seu volfrâmio, o seu urânio, etc. a quem melhor garantisse o seu trono: primeiro, aos alemães de Hitler, depois aos anglo-americanos???



Mas este povo está tão doutrinado por um falso patriotismo que, nem sequer em relação ao século XX, consegue retraçar – com um mínimo de verdade – a história de Portugal. Caso fosse consciente da verdadeira História, imediatamente  compreenderia o papel subordinado que foi dado a Portugal, a utilização do seu povo para combater as guerras dos outros, nas colónias, nesses longos anos de guerra inútil e inglória, para proveito dos mesmos anglo-americanos e outros, mantendo na metrópole o país sub-desenvolvido e à mercê da predação dos seus despojos, dos nacos apetitosos e rentáveis que sobravam. 
A NATO, se existe ainda, é preciso acabar com ela, quanto antes. É preciso acabar com esta aliança que nada tem de «santa», cuja finalidade é perpetuar a guerra, o estado permanente de guerra, em tudo contrária aos interesses dos povos, apenas satisfazendo um punhado de industriais do armamento e uma clique de parasitas militares e políticos, que vivem uma tranquila vida de privilégios e mordomias, enquanto enviam os soldados para os diversos «teatros de guerra» ou seja, para o inferno. 
Eles, que se refastelam nos estados-maiores e ministérios, nunca viram de perto um campo de batalha (ou se o viram, foi há muitas décadas…), não se inibem de  exigir mais e mais despesa, para comprar seus «brinquedos mortíferos». Eles sabem perfeitamente que as infraestruturas do país estão a cair de podre, sofrendo de sub-investimento crónico durante décadas, como as escolas públicas (as dos pobres, não os colégios para os ricos) ou os hospitais públicos (… não os privados, que são para os ricos).
Vão para o diabo vos carregue, militares de alta patente, servis criados do império, participando no poder, festejando o jugo da NATO, com cinismo. Sois traidores à pátria que juraste defender, pois sabeis perfeitamente que a vossa lealdade primeira é ao povo deste país e não aos senhores da guerra, que vos dão ordens, no seio da NATO.

sexta-feira, 5 de abril de 2019

CONFERÊNCIA INTERNACIONAL DO 70º ANIVERSÁRIO DA NATO







Conscientes da crescente perigosidade da situação mundial, do drama dos conflitos em curso, da aceleração da crise, acreditamos que é necessário fazer compreender, à opinião pública e aos Parlamentos, o risco existente de uma grande guerra.
Não seria de forma alguma semelhante às guerras mundiais que a precederam e, com o uso de armas nucleares e outras armas de destruição em massa, colocaria em risco a própria existência da Humanidade e do Planeta Terra, o Lar Comum em que vivemos.
O perigo nunca foi tão grande e tão próximo. Não podemos arriscar, devemos multiplicar os nossos esforços para sair do sistema de guerra.

Organizado pela ASSOCIAÇÃO PARA UM MUNDO SEM GUERRA Comissão No Guerra No NATO/Global Research em colaboração com Pax Christi Itália, Comissão de Justiça e Paz dos Missionários Combonianos, Rivista/Sito Marx21, Secção Italiana da WILPF (Liga Internacional das Mulheres pela Paz e Liberdade), Mesa para a Paz do Val di Cecina e outras associações cuja adesão está em andamento.

A Conferência  Internacional
OS 70 ANOS DA NATO/OTAN:
QUAL É O BALANÇO HISTÓRICO? SAIR DO SISTEMA DE GUERRA, AGORA.

Florença, Domingo, 7 de Abril de 2019
CINEMA TEATRO ODEON
Piazza Strozzi
HORÁRIO:
DAS 10:15 ÀS 18:00  

PROGRAMA

VIDEO

Os 70 anos de “paz” assegurada pela NATO 

RELATÓRIOS PRELIMINARES

Europa na estratégia USA/NATO 1949/2019
Em direção a um cenário de Terceira Guerra Mundial

REUNIÕES DE DISCUSSÃO EM GRUPO

Jugoslávia: há 20 anos, a guerra que estabeleceu a nova NATO
As duas novas frentes da NATO: para Leste e para Sul   
Europa no limiar do confronto nuclear   
Cultura de guerra ou cultura de paz? 

PROJECÇÃO DE DOCUMENTAÇÃO E MENSAGENSATRAVÉS DE VÍDEOS
MICROFONE ABERTO AO PÚBLICO PARA CONCLUSÕES

Alguns oradores:
Michel Chossudovsky, Director do Centre for Research on Globalization (Global Research, Canadá).
Vladimir Kozin, Perito Líder do Centro de Estudos Político-Militares do Instituto de Relações Internacionais de Moscovo (MGIMO), Ministério das Relações Exteriores da Rússia; Professor da Academia Russa de Ciências Militares (Rússia).
Živadin Jovanović, Presidente do Beograd Forum (Serbia).
Paul Craig Roberts, Economista, Escritor, Colunista (Estados Unidos).
Diana Johnstone,  Ensaísta (Estados Unidos).
Ilona Zaharieva, Presidente da Associação The Stone Bridge (Macedonia).
Jean Bricmont, Escritor, Professor Emérito da Universidade de Lovaina (Bélgica).

* * * * *

Alex Zanotelli
, Missionário Comboniano.
Gino Strada, Fundador de Emergency.
Franco Cardini, Historiador.
Fabio Mini, General.
Giulietto Chiesa, Jornalista, Director da Pandora TV.
Alberto Negri, Jornalista, Correspondente de Guerra do Il Sole 24 Ore.
Tommaso Di Francesco, Co-Director do il manifesto.

* * * * *
Jean Toschi Marazzani Visconti, Escritora, Jornalista.
Germana Leoni von Dohnanyi, Escritora, Jornalista.
Fernando Zolli, Missionário Comboniano.
Franco Dinelli, Investigador CNR.
Francesco Cappello, Professor, Ensaísta.
Manlio Dinucci, Escritor,Jornalista.

PARA PARTICIPAR NO CONGRESSO (ENTRADA LIVRE) É NECESSÁRIO FAZER A RESERVA POR E-MAIL OU TELEFONEO COM SEU NOME E LUGAR DE RESIDÊNCIA PARA: 
Giuseppe Padovano
Coordenador Nacional do CNGNN

Telemóvel/Celular: 393 998 3462
info@perunmondosenzaguerra.eu
Webpage:
CINEMA THEATER ODEON (FLORENCE)


[OBRAS DE MANUEL BANET] PRECES AO VENTO


PRECES AO VENTO

Antes que o vento na colina me leve  
quero ficar um pouco, sozinho, olhando o mar
quero beber o cristal das ondas, em silêncio
afagando a areia, ao de leve, como pele

Seria muito pedir, antes que o vento norte
entre por essa porta e me envolva de gelo,
que eu possa a terra molhada respirar  
inebriado pelos aromas d' ervas humildes?

Serei surdo a todas as canções
que ao meu ouvido sussurram,
menos à sábia melodia em surdina
que se escapa dos lábios do vento

Mas, que quer isto tudo dizer, afinal ?
Nada, absolutamente. Somente
peço-te, coração, não te amargures
eleva-te como a brisa no Verão

[Murtal, 4 de Abril 2019]

quarta-feira, 3 de abril de 2019

SVANTE PAABO SOBRE NEANDERTAIS E DENISOVANOS


Svante Pääbo é o inventor da técnica de extracção e sequenciação do ADN de ossadas muito antigas, o chamado «ancient DNA». 
As suas descobertas e da sua equipa são uma contribuição essencial para a nova visão que temos da emergência da espécie humana moderna.

terça-feira, 2 de abril de 2019

A UNIÃO EUROPEIA FALIDA E EM DESAGREGAÇÃO QUER IMPOR O «SEU BREXIT»


Em todo este processo conturbado, as classes políticas do Reino Unido e da eurocracia que reina em Bruxelas, saem obviamente chamuscadas no seu prestígio, ao ponto de ser questionável a sua legitimidade formal. Quanto à legitimidade efectiva, nunca a tiveram, visto que esta construção não respeita - de facto - a vontade dos povos, como se verificou no referendo de 2005 e em muitas outras ocasiões.

O que a media «mainstream» não diz, embora encha as primeiras páginas com as peripécias do «brexit», é que o Reino Unido se tornou um elemento chave na geoestratégia dos EUA, em ter um aliado muito submisso, no seio de aliados que (por vezes) se rebelam (como tem sido o caso da Alemanha).

Por isso, existem muitos, que são defensores dum tipo de globalismo, mais amplo ou mais estreito, que consideram que o brexit é um passo bem-vindo.
 Estou a referir-me quer aos defensores de um bloco unido continental, retomando a ideia de De Gaulle, da Europa como terceira potência, capaz de arbitrar rivalidades entre os EUA e a URSS, quer os defensores duma unidade ainda maior no mundo anglo-americano (os «cinco olhos» Reino Unido, EUA, Canadá, Austrália, Nova Zelândia):  em ambos os casos, trata-se de globalistas que correspondem a um conjunto de interesses divergente.

Também não se pode colocar, dum lado as forças pró-capitalistas e as anti-capitalistas do outro. 
Basta olhar para a City de Londres, um conglomerado de bancos e doutras instituições financeiras com imenso poder, ela própria um paraíso fiscal, e o centro coordenador dos diversos paraísos fiscais, sob bandeira britânica ou da Commonwealth. 
Muitos negócios da City - bastião do capitalismo financeiro mundial, com a mesma importância que Wall Street - arriscam-se a ir por água abaixo, pois eles dependem dos capitais do continente europeu que aí se abrigam, segundo estimativas credíveis, seriam da ordem de 60%! Um naco desses capitais continentais acabará por retornar ao continente ou irá para outras paragens. Quanto aos negócios muito lucrativos que se desenrolam, até agora, na City, muitos deles deixam de ter viabilidade.

A ideia de que a saída de um país da União Europeia constitui um avanço para as forças conservadoras, nacionalistas, em todos os países membros, também é falsa.
Esta ideia é propalada por ideológos, particularmente de esquerda, segundo a qual toda e qualquer defesa da ideia de nação, de interesses nacionais, de defesa da soberania, é «reaccionária», «fascista», etc. 
Com efeito, se a União Europeia se transformou numa prisão de povos, num império em construção, onde a vontade dos povos é sempre posta de lado de cada vez que contraria os desígnios da elite eurocrática (seja ela de esquerda, de direita ou de centro), então a ruptura torna-se um passo necessário para construir uma autonomia e que os povos se auto-determinem em relação ao regime político e económico, que desejam adoptar. 

A imposição de uma saída negociada, não é mais do que a salvaguarda do interesse dum grupo de multinacionais, baseadas no continente europeu, assim como de certos bancos continentais realmente globalizados, que, na realidade, têm grande parte do negócio fora do país de origem (pense-se no Deutsche Bank ou no Santander).

Os argumentos relacionados com a Irlanda do Norte ou com lutas internas pelo poder dos Trabalhistas de Jeremy Corbyn e  dos Nacionalistas escoceses contra os Tories, são a mera superfície, são o mero espectáculo,  para entreter as «massas». 
O verdadeiro actor deste imbróglio é o capital internacional, o qual ainda não está tão unificado como parece. Com efeito, nesta situação, em particular, observa-se a entrada em contradição de capitais, já não nacionais, mas antes de facções do capital financeiro globalizado, umas contra as outras. Evidentemente, estas facções nunca aparecem à superfície, quem faz a guerra (num sentido não figurado, por vezes) são os partidos políticos, são as cadeias de media (controladas por grupos capitalistas) e os eleitorados (por ambos aqueles controlados). 
O público julga que isto corresponde ao «exercício da democracia», não se apercebendo que estão a «comer-lhe as papas na cabeça» ou seja, a levá-lo a pensar e agir no interesse dos grandes grupos transnacionais. Ele fica ingenuamente convencido que está a afirmar os seus direitos, a soberania, suas escolhas, etc...

Se, ao menos, uma corrente anti-capitalista compreendesse o que se está a passar, poderia denunciar e agir autonomamente, no sentido de fazer avançar a sua agenda própria. 
É um paradoxo trágico que, aqueles mais interessados no desmascarar destas manobras, se deixem iludir pela propaganda!