A série de assassinatos (ou tentativas de) a que vimos assistindo e continuaremos a assistir, são operações da CIA, do MI6 e doutros serviços da OTAN, que contratam «homens de mão» para atentados terroristas. Desde 07 de Outubro de 23 assistimos a um horrível massacre contínuo de população inocente às mãos do exército IDF de Israel, cometendo crimes de guerra. Mas, também há uma multiplicação de atos de terrorismo contra alvos especiais, pelo «Grande Hegemon».
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domingo, 18 de dezembro de 2022

SCHUMANN: CONCERTO PARA PIANO OP.54 [Martha Argerich & Zubin Mehta ]

                                          https://www.youtube.com/watch?v=IL8hK60EJbQ&t=35s

 Wiener Philharmoniker conducted by Zubin Mehta

September 18, 2022 Musikverein, Goldener Saal 00:35 I. Allegro affettuoso 16:00 II. Intermezzo; Andante grazioso 21:50 III. Finale; Allegro vivace Encore: Schumann Kinderszenen Op. 15 34:52 1. Von fremden Ländern und Menschen

Este concerto é, para mim, muito especial. Ouvi-o centenas de vezes em disco, conheço bem todas as suas passagens. Pude, por isso, apreciar a interpretação bela e rigorosa desta grande dama do piano, Martha Argerich. A sua pátria é a Argentina, a mesma de tantos valores, não apenas de Messi e outros no futebol, mas também na música:

- Alberto Ginastera, compositor que soube integrar de forma original as tradições musicais populares em composições de vanguarda modernista.
- Astor Piazzola, tão conhecido no contexto do tango e do bandoneón mas, mais do que isso. Foi quem deu à música popular do seu país uma audiência universal, com a imensa qualidade e criatividade das suas composições.
Não pretendo ser exaustivo; apenas mencionar artistas cimeiros desta pátria latino-americana, talvez a mais cosmopolita, a mais estimuladora do talento, a mais culturalmente mestiça ... do Mundo!

sexta-feira, 18 de novembro de 2022

ALBERTO GINASTERA & A MÚSICA ARGENTINA

                           Atsuko Seta - Maestro Liang Zhang - Shanghai Philharmonic Orchestra

Alberto Ginastera é um dos compositores de maior estatura da América Latina. Este argentino, que estudou com Aaron Copland e outros famosos compositores nos EUA, teve uma carreira brilhante e fecunda. O seu reportório coloca-o, em termos formais, como membro da vanguarda musical dos anos pós IIª Guerra Mundial. 

Seu concerto para piano nº1, faz-me pensar em Prokofiev ou em Khachaturian. Mas, ele tem a sua própria personalidade. 
O seu temperamento sul americano, apaixonado e romântico, exprime-se - entre outras peças - nas famosíssimas 3 Danzas Argentinas. Podemos ouvir as 2ª e 3ª danças, executadas como «encore» no recital de  Atsuko Seta.



                                                Kotaro Fukuma - Danzas Argentinas

Outro pianista japonês, Kotaro Fukuma, em recital da «Maison de la culture du Japon à Paris», trouxe-nos esta magnífica interpretação integral das "3 Danzas Argentinas".
O que me seduz mais na escrita de Ginastera é sua extrema versatilidade, sua capacidade em passar duma para outra forma, sem aparente dificuldade. Na música de Ginastera, tudo soa perfeitamente natural.

Numa entrevista Ginastera disse: «Esta influência na minha música eu sinto que ela não vem do folklore, mas - como dizer? - duma espécie de inspiração metafísica. Num certo sentido, o que fiz é a reconstituição do aspeto transcendente do mundo pré-colombiano.»

A música da América Latina tem um encanto único, na sua imensa diversidade. Talvez a «fórmula secreta» dos seus compositores seja, por um lado, utilizarem o «folklore» rico de cada país... mas, por outro, não se confinarem a «folklorismos»: Dão às melodias, ritmos e danças populares, o estatuto de temas como parte da matéria-prima de composições maduras, complexas e subtis.

quinta-feira, 16 de dezembro de 2021

[NO PAÍS DOS SONHOS] ASTOR PIAZZOLLA «SOLEDAD»





O SILÊNCIO E A SOLIDÃO

É preciso ouvir, ouvir sem pensar, ouvir por dentro do silêncio.
Quando o Verão se ausenta e se torna Inverno, vem-nos uma nostalgia indefinida.
A solidão é um estranho sonho, um sonho sem conclusão. Como caminhar no nevoeiro. Como ouvir por dentro as vozes dos nossos entes falecidos.
Mas, entoando no silêncio a melodia antiga, podes revigorar as fibras da alma, as pulsações do coração. No silêncio, o regresso da serenidade.
Embala nossa mente aquela antiga melodia, ouvida na infância, que sobe à superfície. Voltamos ao que éramos há muito tempo. Ou que sempre fomos sem consciência de o ser.
Tínhamos sido arrastados pela corrente da vida; agora regressamos ao âmago.
A solidão é necessária, como necessário é o silêncio.