A série de assassinatos (ou tentativas de) a que vimos assistindo e continuaremos a assistir, são operações da CIA, do MI6 e doutros serviços da OTAN, que contratam «homens de mão» para atentados terroristas. Desde 07 de Outubro de 23 assistimos a um horrível massacre contínuo de população inocente às mãos do exército IDF de Israel, cometendo crimes de guerra. Mas, também há uma multiplicação de atos de terrorismo contra alvos especiais, pelo «Grande Hegemon».
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terça-feira, 19 de maio de 2020

TODOS OS IMPÉRIOS TÊM UM FIM

           


Os impérios são governados por homens, por seres imperfeitos, sujeitos a toda uma série de erros de avaliação, alguns dos quais acabam por ser fatais para o destino destas construções de poder.

O primeiro desses erros é a ausência ou a perda de uma referência moral, de uma forma de exercer o poder que não seja a força arbitrária, mas seja compreendida pelos sujeitos como próxima do que consideram «justo». Com efeito, a corrupção, o arbítrio, a legalidade espezinhada, tudo isso se verifica na perda do referencial moral. A partir desse ponto, os grupos (sejam eles etnias, tribos, ou classes) que se  mantinham à sombra do império, apenas procuram uma ocasião para desertar, inclusive para virar casaca e se aliarem com os inimigos mais coerentes desse mesmo império.  

A segunda causa é a ausência de freio nas despesas, quer sejam sumptuárias, quer sejam militares. Neste caso, a parte de capital destinada a ser directa ou indirectamente reinvestida na economia, a parte destinada a «reproduzir capital», irá diminuir. Esta diminuição é principalmente causada pelo Estado, pois os políticos no seu comando julgam que o seu poder e vontade podem tudo («hubris»). Na realidade, estão a subtrair força à economia real, através do agravamento de impostos, que vai afectar a capacidade das empresas e dos particulares a investir de modo produtivo. Por outro lado, vai descurar os investimentos produtivos que ele próprio - Estado - se deveria encarregar de fazer (como investimentos em infraestruturas, na educação, na investigação, etc.).

A terceira causa, tem a ver com a estagnação tecnológica, o convencionalismo, a ausência de inovação verdadeira, em todos os domínios. Esta situação ocorre, muitas vezes, ainda no auge de um poder imperial e vai mantendo-se até ao fim, quando os «escribas» tomaram conta do barca do poder. Hoje, eles são designados por «economistas» e por «académicos». Geralmente, são uma pseudo-elite, um grupo parasitário, que se auto-atribui a «sabedoria» e esmaga, com uma espécie de censura, toda a dissidência. São cultores da norma, inquisidores, guardiões da ortodoxia. Eles vão iterando o discurso defensor do poder, reproduzindo e declinando ad infinitum a ladainha de que «Não Existe Outra Alternativa».  

A quarta causa tem a ver com a passividade política do povo e o seu corolário. A cidadania divorcia-se do poder, este fica cada vez mais entregue a uma oligarquia. Esta, faz a política que tende a perpetuar-la a si própria, e o ciclo vicioso vai-se iterando em círculos sucessivos. A cidadania só irá acordar - em geral - apenas quando a derrocada estiver a dar-se, ou já ocorreu. Ela poderá ter, entretanto, uma atitude de divórcio em relação ao poder, porém mantém-se passiva, até as coisas se tornarem demasiado insuportáveis. Mesmo nesta situação extrema, não terá coragem de derrubar o poder instaurado, senão quando verificar que este já não tem a força com que a ameaçava. Quando a cidadania vir que o poder já é tão frágil, que não concita a fidelidade da polícia e das forças armadas. 

Claro que estes quatro aspectos estão interligados; é deveras impossível de descrevê-los em pormenor separadamente. 
Analisando os impérios passados, verifica-se que padeceram destas fraquezas fatais. Seria bom as pessoas conhecerem - com um certo pormenor - o que aconteceu com os diversos impérios. Temos documentação sobre vários impérios da Antiguidade, como Roma, Cartago, etc. Existe ainda mais abundância de documentação sobre os impérios ultramarinos e coloniais, erguidos e perdidos por portugueses, espanhóis, holandeses, franceses e ingleses, principalmente. Há uma profusão de dados sobre o modo como o império soviético acabou por colapsar, há cerca de 30 anos, etc, etc.

O desejo de manter por longo tempo uma hegemonia mundial é vão. 
Os EUA e seus vassalos da NATO deveriam estar cientes disso. Não existe um mundo estável, se enormes partes do mesmo forem oprimidas e exploradas. Um futuro benéfico e estável para as nações que actualmente se designam pelo termo de «Ocidente» nunca poderá ser construído na guerra, ou na ameaça permanente da mesma. 
O que os seus dirigentes estão a fazer é insensato: é como se estivessem combatendo o fantasma do que chamam «comunismo», tanto em relação à Rússia, como à China. Eles sabem bem que, actualmente, nem uma nem outra destas potências responde a essa definição. São, na realidade, grandes potências que querem ver o seu papel reconhecido nos assuntos internacionais. Além destes, existem outros grandes países, como a Índia ou o Brasil, que também desejam ter um papel no mundo multipolar de amanhã. 
O mundo unipolar, sob hegemonia da potência que triunfou em 1991, da (primeira) Guerra Fria, não poderá durar, nem é desejável que dure. 
A questão de um futuro decente para a Humanidade, passa por os poderosos reconhecerem que é necessário um novo «Ialta» e um novo «Bretton Woods». Claro, com actores e meios diversos dos destas duas conferências, mas com alguma analogia: serão conferências onde as  principais potências militares, populacionais e económicas do Planeta se irão pôr de acordo em criar condições de estabilidade mundial verdadeira.