A realidade «judaica do Antigo Testamento» do povo judeu de Israel atual é tão fictícia como a dos germânicos serem «arianos» e terem sido declarados como «a raça superior» pelo regime de hitleriano. Na verdade, são os palestinianos muito mais próximos geneticamente do povo judeu de há dois mil anos,. Isso não lhes confere um estatuto especial, mas apenas mostra o grotesco e a monstruosidade de basear uma política em dados étnicos ou «rácicos». Toda a política baseada em elementos raciais é uma clara negação dos Direitos Humanos, inscritos na Carta da ONU e em inúmeros documentos oficiais de todos os países (incluindo Israel).
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terça-feira, 25 de outubro de 2022

VALÉRIE BUGAULT: DO SISTEMA DE DOMINAÇÃO À MUDANÇA DE PARADIGMA


 O que diz Valérie Bugault, aplica-se à generalidade dos países da UE, embora naturalmente centre a discussão sobre a França. Valérie acusa o globalismo e as forças atlantistas de criarem a crise para poderem impor a sua «Nova Ordem». Vamos para uma sociedade eugenista, genocida e centrada no poder de uma super-elite globalista. O crédito social é abordado, tal como o passe sanitário. Os globalistas querem fazer a demolição controlada do sistema atual, para poderem fazer emergir nova ordem supra-nacional, globalista.

Oiça as explicações de Valérie, que descodifica as medidas que estão a ser postas em prática para realizar o «Reset» da dominação global...

[Crítica: A sua proposta de organização da sociedade política não sujeita à ditadura da economia (do capital) é interessante. Porém, ela não considera soluções igualitárias e viáveis (não utópicas) e que podem estar na base da democracia na empresa, ou seja, o cooperativismo e a autogestão.] 

quinta-feira, 11 de março de 2021

FUKUSHIMA, DESASTRE NUCLEAR QUE SE PROLONGA NO TEMPO

Fukushima: uma guerra nuclear sem guerra

A crise tácita de irradiação nuclear mundial

Michel Chossudovsky (Editor) *

I-Book No. 3, 25 de janeiro de 2012



 Ao comemorar o décimo aniversário da tragédia de Fukushima, as evidências confirmam que este desastre não foi de forma alguma resolvido.

Níveis “inimagináveis” de radiação ainda prevalecem. Nas palavras da Dra. Helen Caldicott , “um milionésimo de grama de plutônio, se inalado pode causar câncer”.  

O desastre de Fukushima em março de 2011 resultou em 16.000 mortes, fazendo com que cerca de 165.000 pessoas fugissem de suas casas na área de Fukushima.

Tanto a média japonesa quanto a ocidental tendem a minimizar os impactos da radiação nuclear que se espalhou por vastas áreas no norte do Japão, sem mencionar a contaminação da cadeia alimentar.

O despejo contínuo de água altamente radioactiva no Oceano Pacífico constitui um gatilho potencial para um processo de contaminação radioactiva global.

Amplamente documentado, a Tokyo Electric Power Company (TEPCO) estava envolvida em um encobrimento. E o governo japonês também. 

O governo Abe casualmente apontou para “rumores prejudiciais”. A posição do actual governo permanece ambígua. 

A TEPCO reconheceu que a desativacção da instalação de Fukushima pode durar até 2051.

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* Publicado originalmente em Janeiro de 2012, este estudo de Michel Chossudovsky confirma o que agora se está a desenrolar: um processo mundial de irradiação nuclear.


quarta-feira, 23 de outubro de 2019

MANLIO DINUCCI: ERDOGAN QUER A BOMBA


                              

“Alguns países têm mísseis nucleares, mas o Ocidente insiste que não podemos possuí-los. Isto é inaceitável”: esta declaração do Presidente Erdogan revela, que a crise vai além daquela iniciada com a ofensiva turca na Síria.

Na Turquia, durante a Guerra Fria, os USA instalaram armas nucleares contra a União Soviética. Em 1962, nos acordos com a URSS para a solução da crise dos mísseis em Cuba, o Presidente Kennedy prometeu remover essas armas da Turquia, mas o mesmo não foi feito. Após a Guerra Fria, permaneceram na Turquia, na base aérea de Incirlik, cerca de 50 bombas nucleares USA B61 (as mesmas inseridas em Aviano e Ghedi, em Itália), direccionadas principalmente contra a Rússia.

Deste modo, seja os EUA ou a Turquia, ambos violam o Tratado de Não Proliferação. Os pilotos turcos, no âmbito da NATO, são treinados (como os pilotos italianos da base de Ghedi) ao ataque com bombas nucleares B61, sob o comando USA. Dentro de pouco tempo, as B61 devem ser substituídas pelos USA, também na Turquia (como será feito em Itália e noutros países europeus) pelas novas bombas nucleares B61-12, também direccionadas principalmente contra a Rússia.

Enquanto isso, porém, após a aquisição turca de mísseis antiaéreos russos S-400, os USA retiraram a Turquia do programa F-35, principal transportador das B61-12: o caça do qual a Turquia deveria ter comprado 100 exemplares e do qual era co-produtora. “O F-35 – declarou a Casa Branca - não pode coexistir com o sistema antiaéreo S-400, que pode ser usado para conhecer as capacidades do caça”, ou seja, pode ser usado pela Rússia para reforçar as defesas contra o F- 35. Ao fornecer a Ankara os mísseis anti-aéreos S-400, Moscovo conseguiu impedir (pelo menos, por agora) que sejam instalados no território turco 100 F-35, prontos para o ataque com as novas bombas nucleares USA, B61-12.

Parece, nesta altura, provável que, entre as opções consideradas em Washington, exista a transferência de armas nucleares USA da Turquia para outro país mais confiável. Segundo o conceituado  Boletim dos Cientistas Atómicos (USA), “a base aérea de Aviano pode ser a melhor opção europeia do ponto de vista político, mas, provavelmente, não tem espaço suficiente para receber todas as armas nucleares de Incirlik”. No entanto, o espaço poderia ser obtido, dado que, em Aviano, já se iniciaram os trabalhos de reestruturação para receber as bombas nucleares B61-12.

Sobre este fundo coloca-se a declaração de Erdogan que, apostando também na presença ameaçadora do arsenal nuclear de Israel, anuncia a intenção turca de ter as suas próprias armas nucleares. O projecto não é fácil, mas não é irrealizável. A Turquia possui tecnologias militares avançadas, fornecidas em particular por empresas italianas, especialmente a Leonardo. Possui depósitos de urânio. Tem experiência no campo de reactores de pesquisa, fornecidos em particular pelos USA. Iniciou a construção de sua própria indústria de energia nuclear, adquirindo alguns reactores da Rússia, do Japão, da França e da China. Segundo algumas fontes, a Turquia já pode ter adquirido no “mercado negro nuclear”, centrifugadoras de enriquecimento de urânio.

O anúncio de Erdogan de que a Turquia se quer tornar uma potência nuclear, interpretado por alguns como um simples jogo a termo, a fim de ter mais peso na NATO, não deve, portanto, ser de subestimar. Ele descobre o que geralmente está oculto no debate mediático: o facto de que, na situação turbulenta causada pelas políticas de guerra, desempenha um papel cada vez mais importante, a posse de armas nucleares, pressionando os que não as possuem a procurá-las.

il manifesto, 22 de Outubro de 2019

Manlio Dinucci
Geógrafo e geopolitólogo. Livros mais recentes: Laboratorio di geografia, Zanichelli 2014 ; Diario di viaggio, Zanichelli 2017 ; L’arte della guerra / Annali della strategia Usa/Nato 1990-2016, Zambon 2016, Guerra Nucleare. Il Giorno Prima 2017; Diario di guerra Asterios Editores 2018; Premio internazionale per l'analisi geostrategica assegnato il 7 giugno 2019 dal Club dei giornalisti del Messico, A.C.

Tradutora: Maria Luísa de Vasconcellos