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domingo, 13 de outubro de 2024

Whitney Webb: Os EUA tudo farão para manter o domínio do dólar

 Whitney Webb, em espanhol, neste pequeno excerto de 14:40 minutos, muito esclarece sobre o sistema de supremacia do dólar dos EUA.

Já sabiam eles, os que lideram o Império, que haveria que mudar o sistema do petrodólar noutra coisa. Nomeadamente, a introdução das cripto-moedas surge no contexto da transição energética, em que o petróleo deixa de ser a fonte dominante de energia.  

As desventuras da Argentina, com as dolarizações da sua economia, levadas a cabo por Menem (em 1999) e por Javier Milei, recentemente, ambas tiveram consequências devastadoras para o povo argentino. 

Se os EUA foram capazes de causar guerras de agressão brutais, com milhões de mortos no Iraque e na Líbia, para defender o dólar e a hegemonia do Império dos EUA, como se pode imaginar que os atuais dirigentes fiquem de braços cruzados, vendo esta hegemonia do dólar ser posta em causa, sem fazer nada?

O desaparecimento do dinheiro «cash» (ou «dinheiro-papel») vai  ser um processo violento de expropriação dos pobres e das classes médias, em todo o Mundo. 

Os dólares estão ainda numa percentagem elevada das reservas dos bancos centrais em todo o mundo. Se o dólar é «desmaterializado» (=digital a 100%), vão ser «evaporadas» grande parte das dívidas em dólares, sobretudo nos países mais fracos, dependentes (países neocolonizados). 

A razão do que escrevi acima, é a seguinte: se os detentores de dívida não podem comprovar tê-la, legitimamente, ou não tiverem poder económico para litigarem em tribunais para ressarcir essa dívida, os que são devedores (e os maiores são as corporações e os Estados) ficarão a ganhar (1). 

As grandes empresas de Silicon Valley estão envolvidas na transição para uma economia totalmente digitalizada. Não haverá - como é costume - esclarecimento das pessoas sobre os problemas que esta digitalização forçada vai trazer aos cidadãos, às economias e às sociedades. 

- Quantos milhões de pessoas vão ficar subitamente sem suas economias? 

- Quantas ficarão nas mãos dos consórcios todo-poderosos?

- Onde restará espaço para uma afirmação autónoma de vontade popular quando estão conluiados entre si, os Estados-nações, as grandes empresas e os bancos sistémicos?

- A «revolução» de Davos, de Bilderberg, das elites empresariais e dos políticos no poder (eles próprios homens e mulheres «de palha» de grandes lóbis financeiros e outros), é simplesmente a entrega total do poder a uma oligarquia do dinheiro,  mundializada.

Estou de acordo com Whitney Webb quando ela classifica de ingenuidade, esperar-se que os EUA «tenham fair-play» e assumam pacificamente que é tempo de passarmos a outro sistema monetário mundial, já que o reinado do dollar US  está no fim.

 


(1) No sistema de divisas fiat, que é o sistema monetário atual, os ativos de alguém, são a dívida de outrem. Um banco tem como passivos as contas depositadas pelos seus clientes. Um fundo de pensões tem como ativos, os passivos de Estados, sob forma de obrigações do Tesouro emitidas por Estados ou pelos Bancos Centrais das diversas Nações. Tudo isso será transformado em «dinheiro digital». A maneira como isso será feito, é que é crítica: Os poderosos (políticos e multimilionários) pensam servir-se desta digitalização como meio (disfarçado) de se verem livres de grandes quantidades de dívida, pública e privada. 
Lembro que globalmente, existe 150% de dívidas acumuladas, em relação ao PIB mundial!

terça-feira, 31 de janeiro de 2017

A GESTÃO DAS CRISES PELA ELITE

A elite do poder e do capital só tem uma verdadeira preocupação: sobreviver!

A técnica apurada de lançar sucessivos casos com que entreter a opinião pública, generosa, mas crédula, tem-se verificado nos últimos tempos... basta pensar em toda a histeria inflamada pela media (ao serviço da elite) em torno da eleição de Trump, ou nas inúmeras reportagens sobre os refugiados que são retidos nas fronteiras da Europa (refugiados causados pela destruição de países, pela NATO e seus aliados do Estado Islâmico, Al Quaida, e outros... como está mais que provado).
Assim a extrema direita ou extrema esquerda têm «água para o seu moinho»... Mas o principal não é colocado nas primeiras páginas dos jornais! Isso é cuidadosamente mantido nos segmentos de negócios e nas publicações especializadas em finanças. Falo do maior ataque à liberdade nos países «ocidentais», mas que ninguém considera como grave. O plano agora até já é oficial, na UE, mas não emociona as «massas» entretidas com causas humanitárias que parece terem sido infladas a preceito para que não olhem para onde deveriam olhar!

Trata-se de banir o «cash», o que já está em curso pela impossibilidade de se pagar somas em «cash» para além de um certo montante, variando de país para país. A fase seguinte é o desaparecimento de notas de elevado valor. Veja-se o caso da Índia; funcionou como balão de ensaio.
A oligarquia que nos rege diz que se trata de banir o «cash» para evitar a evasão fiscal e melhor lutar contra o terrorismo. Esta falsidade já foi desmontada por mim aqui, assim como por outros autores, porém este assunto não tem eco nenhum nos media, porque o que se vê são transcrições acríticas das decisões das «autoridades monetárias e outras». Volto a insistir porque quando os poderes apresentam uma coisa como sendo em benefício da população é preciso desconfiar. Neste caso há vastas razões fundamentadas de desconfiar, pois a luta contra a evasão fiscal é simplesmente uma anedota, estes anos todos, em que os muito ricos (incluindo governantes) têm contas off-shore em paraísos fiscais, com pleno conhecimento das autoridades fiscais, policiais e judiciais!
 Quanto ao combate ao terrorismo: acabem com o apoio em armas, material, fundos etc. ao ISIS e outros grupos e deixem de chamá-los «rebeldes moderados», podiam ter feito isso desde 2014 pelo menos, teriam evitado a tragédia da Síria. Já agora, expliquem-me porque votaram a Arábia Saudita (culpada de crimes de guerra contra os civis no Iemen!) para presidir à comissão dos direitos humanos da ONU??? 
São «pequenos» factos como estes que lhes «destapam a careca»... espero as pessoas de boa fé deixem de ser enganadas!
O problema de a totalidade das transações ser feita electronicamente é o seguinte: os governos vão ter um controlo a 100% SOBRE O QUE CADA CIDADÃO FAZ OU DEIXA DE FAZER. Ou seja, o sonho molhado de qualquer TOTALITARISMO. Pior ainda: vão poder «matar economicamente», bloqueando o  acesso às SUAS contas bancárias, qualquer indíviduo suspeito de «terrorismo»: pode ser qualquer pessoa, basta uma denúncia anónima... Tu, leitor/a, podes estar a ser discretamente investigado/a, as tuas contas devassadas, os teus mails lidos, os teus telefonemas escutados...sem saberes rigorosamente nada sobre isso.

Esta mortal ameaça à liberdade está a pairar sobre todos nós, assim a elite globalista terá maior controlo, garantindo a transição para o GOVERNO DA NOVA ORDEM MUNDIAL.  
É certo que eles não o instalam de uma só vez, este processo está em curso... fazem-no discreta e camufladamente. 


quarta-feira, 30 de novembro de 2016

OFENSIVA CONTRA O «CASH» E CONTRA A LIBERDADE

A elite globalista costuma levar as massas ovinas ao corral, para a tosquia, dizendo coisas que as assustam. Não importa a sua lógica ou verozimilhança sequer. Mas o efeito da propaganda massiça e demonização de todas as vozes críticas tem tido o seu efeito. As ovelhas - medrosas - vão aonde a oligarquia as quer.

Vem isto a propósito da guerra feita ao «cash» ou dinheiro líquido, um pouco em todo o mundo.

Quando nos debruçámos sobre as justificações dadas pelos «opinadores» main-stream e pelas autoridades, quer na política quer nos bancos centrais, vemos que o argumento se resume ao «combate à fraude, à evasão fiscal, ao crime...». Esta lenga-lenga é destinada às pessoas apressadas e dispostas a engolir tudo. 
Elas pensam que isto nada tem de grave, não equacionam a perda de liberdade que pode ocasionar um mundo em que as trocas económicas estejam inteiramente digitalizadas. 

Não digam que isso é ignorância, pois muitas pessoas europeias são cultas, mas aceitam sem hesitações um deslize para uma sociedade onde as trocas económicas são todas digitais. O método seguido pela oligarquia aqui, na Europa, é o dos pequenos passos. 

Começaram por anunciar a retirada de denominações mais elevadas, como as notas de 500 € nesta zona do globo.
Mas, de facto, a digitalização completa da economia já está muito mais adiantada na Noruega e na Suécia, e virá a tomar conta da zona Euro, caso a cidadania não compreenda, a tempo, o que está em jogo.

Um grupo decidiu pesquisar uma eventual correlação entre o nível de criminalidade e de corrupção e  a existência ou não, de notas de elevadas quantias. 
Observou que a correlação que existe é inversa, ou seja, os países com mais altos índices de criminalidade e corrupção são aqueles em que a maior nota bancária tem um valor muito baixo (Brasil, Nigéria, África do Sul, Venezuela...) e os países que têm em circulação notas bancárias de valor mais elevado são países onde existe mais baixa criminalidade, maior segurança dos cidadãos, menores níveis de corrupção (Suíça, Singapura, Japão...). Também se aplica o mesmo quanto à evasão fiscal: os países com menos evasão fiscal têm denominações de notas mais elevadas, os países em que não existem notas com elevadas quantias são aqueles em que a evasão fiscal é maior.

Claro que ninguém gosta de negócios escuros, ou criminosos, ninguém quer que alguns fujam ao fisco, tendo a maior parte das pessoas que pagar aquilo que lhes exigem. 

Porém, a questão da eliminação das notas físicas prende-se sobretudo com outros aspectos fundamentais: 
- Se temos dinheiro físico, temos liberdade de movimentos, temos possibilidade de nos deslocar sem ter de deixar rasto, como é o caso se usamos cartões de débito (Multibanco) ou de crédito (Visa, MasterCard, etc). 
Não estou interessado que o Estado e/ou o banco onde tenho conta, saibam exatamente o que eu gastei, onde e quando. 
Não é só uma pessoa criminosa ou que deseje fugir ao fisco, que tem razões para temer esta ingerência. Também uma pessoa sem qualquer atividade criminal ou fraudulenta deve manter a confidencialidade das suas transações, deve ter direito ao sigilo do que compra e onde o compra. 
Alguém que só faça despesas por via digital pode ser seguido de perto, os seus hábitos devassados, as suas andanças cartografadas; tudo fica exposto aos olhares de uma qualquer polícia ou dos funcionários do fisco. 
Note-se que alguém pode ter as suas contas bancárias devassadas por causa de uma simples denúncia. No banco, ninguém irá dar o alarme: todos os funcionários estão proíbidos de avisar o indivíduo cuja conta está a ser investigada! 
É assim, agora, nos países ditos democráticos. 
Havendo uma deriva autoritária do governo, este nem terá que mudar nenhuma lei: já está tudo preparado.
Um indivíduo dissidente poderá ter as suas contas bloqueadas, sem apelo nem agravo, tornando a sua vida impossível. 
Isso seria menos eficaz se ele pudesse contar com dinheiro líquido (dele ou de pessoas solidárias) permitindo-lhe continuar a viver durante algum tempo. 

A existência de uma sociedade «sem cash» significa que um indivíduo poderá ser sujeito a «assassinato económico», em silêncio, sem mecanismo legal que o proteja. Estamos a deixar que se instale uma autêntica sociedade do Big Brother.