A série de assassinatos (ou tentativas de) a que vimos assistindo e continuaremos a assistir, são operações da CIA, do MI6 e doutros serviços da OTAN, que contratam «homens de mão» para atentados terroristas. Desde 07 de Outubro de 23 assistimos a um horrível massacre contínuo de população inocente às mãos do exército IDF de Israel, cometendo crimes de guerra. Mas, também há uma multiplicação de atos de terrorismo contra alvos especiais, pelo «Grande Hegemon».

quarta-feira, 2 de dezembro de 2020

PORQUE É SENSATO ADVOGAR UM PADRÃO-OURO, HOJE EM DIA?

 


Num ensaio brilhante, «The Golden Road Remains Constant», Roy Sebag esclarece-nos que as pseudo-verdades emitidas por várias escolas de economia, acerca do ouro, se reduzem a falácias e que não têm em conta aspectos fundamentais da troca económica, no cerne da própria existência dos sistemas monetários. 
Nomeadamente, a satisfação das partes, em que uma parte recebe um bem ou serviço e a outra recebe em pagamento,  uma determinada quantidade de «dinheiro fiat» ou seja, dinheiro cujo valor reside apenas, em última instância, no facto que o governo que emitiu esse dinheiro, o aceita como pagamento dos impostos. 
Note-se que, em Estados sujeitos a grandes convulsões, onde existe hiperinflação, o valor da moeda fiat desce rapidamente para zero. 
Mas, mesmo no país mais poderoso e que era depositário da convertibilidade do dinheiro «papel» em ouro (os EUA), a perda de poder de compra do dólar («papel») foi de cerca de 98% em relação a uma onça de ouro. 
Com efeito, em 1971, quando Nixon, unilateralmente, rompeu com o acordo de Bretton Woods (fixando a convertibilidade do dólar numa dada quantidade de ouro e todas as moedas se referindo ao dólar, em consequência), a onça de ouro cotava-se a 42 dólares; hoje, é cerca de 1800 dólares. 
Isto quer dizer que o dólar guardou apenas 2% do seu valor inicial (de 1971), em termos de poder de compra, ou - por outras palavras - que perdeu 98% do seu valor em relação à onça de ouro.  

Os que advogam um sistema de criptomoedas (dentro do sistema de bancos centrais, ou fora) estão a iludir a realidade de que este sistema, além de sujeito a flutuações «bárbaras», devido a especulações, terá um consumo intrínseco de energia muito elevado, só para manutenção, já não falando na actividade de «mineração» dos algoritmos que lhes estão na base. 

Por contraste, dada a durabilidade e estabilidade do ouro, uma vez que esteja em barra ou moeda, não necessita de manutenção: apenas, haverá despesas com a sua segurança (cofres-fortes, dispositivos de alarme, etc...). O ouro - enquanto valor de investimento - corresponde, hoje, a uma diminuta parte das carteiras dos fundos financeiros, das empresas, ou de privados.

No entanto, o ouro não possui o risco fundamental, que existe para os outros valores, monetários e financeiros, ou seja, aquilo que constitui o grosso da riqueza, hoje em dia, de particulares, de empresas e mesmo de governos: 

Esse risco é o da contrapartida: a solidez dum activo financeiro (obrigação, acção ,fundo, ETF, outros derivados, etc.), acaba por ser função do que for dado em contrapartida, ou como garantia. 

O ouro, em si mesmo, é a garantia. É independente de quaisquer contrapartidas. Será sempre o mesmo metal, com as mesmas propriedades físicas e químicas (que são facilmente avaliadas, hoje em dia).

O artigo que eu referi acima, tem muitos pontos interessantes e encorajo a sua leitura. 

Queria apenas sublinhar o seguinte: o autor convenceu-me que a reentrada do ouro no sistema monetário, longe de ser uma fantasia passadista, é simplesmente uma questão de bom senso e boa administração dos recursos económicos. 

Ele vaticina a sua inevitabilidade. Diz que o primeiro país (é provável ser a China, ou a Rússia) que voltar a instaurar o padrão-ouro, beneficiará em vários planos: 

- será estabilizador da economia: o padrão-ouro vai estabilizar os preços dos bens e serviços, o que é geralmente favorável, em termos económicos.

- irá impulsionar o investimento e o comércio: uma economia com padrão-ouro, torna-se muito atraente para os investidores, visto que oferece garantias reais para o seu capital. O comércio também será  muito dinamizado, pois torna-se mais seguro comerciar com um país que oferece em pagamento uma divisa garantida pelo ouro, portanto não sujeita a desvalorização e que se pode trocar pelo equivalente daquele metal.

Acresce que o clima mundial de crise ou pré-crise económica e financeira, acompanhado de crise social, com aumento do desemprego e do agravamento das condições de vida no Ocidente e no Terceiro Mundo, aumenta exponencialmente o risco das apostas na «economia de casino» (as bolsas, os investimentos financeiros especulativos), em euforia nos principais centros financeiros ocidentais, completamente desligada da economia real.

Por todos estes motivos, o ouro continua, segundo o autor Roy Sebag, a ser um metal monetário (tal como a prata) e utilizado efectivamente como forma de pagamento. 

Ele vaticina que - inevitavelmente - o ouro vai ficar de novo no centro do sistema monetário mundial. 

Note-se que não existe qualquer dificuldade técnica em indexar as moedas existentes ao grama, ou à onça de ouro. 

Qualquer «reforma» monetária mundial será votada ao fracasso, se não tiver como base valores tangíveis, sobre os quais possa ser firmada a confiança dos diferentes actores económicos. Para esse fim, na natureza, não existe nada melhor do que o ouro. 

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Veja o vídeo que explica, em palavras claras, o estado verdadeiro do sistema financeiro global:

 https://www.bitchute.com/video/jGzfA3Ij7aw/

2 comentários:

Manuel Baptista disse...

https://www.youtube.com/watch?v=KttwmyUzQfc
Explica o que é realmente a economia de casino!

Manuel Baptista disse...

No momento em que a directora do FMI anuncia que estamos no caminho dum «Bretton Woods II», o video de James Corbett ajuda muito a dar-nos o contexto: https://www.youtube.com/watch?v=ZwGQBR2NOeE