[O impromptu, como o nome o indica é, na
origem, um improviso. Estes improvisos transcritos de Schubert têm o dom de,
magicamente, nos restituir a atmosfera dos serões vienenses.
Não sei se este é o impromptu que melhor
faz vibrar a corda sensível dos outros. Mas, certamente no que toca á minha
pessoa, quando o oiço, é impossível não começar a sonhar acordado:]
- Sonho
que estou sentado à lareira de uma casa burguesa, está uma primavera fria -
neva lá fora. Uma jovem está ao piano, de costas para mim, com um xaile de lã
axadrezada e executa com nonchalance este impromptu.
O professor, um jovem com uma casaca
escura e gravata branca, de pé no lado esquerdo da executante, ligeiramente
inclinado, segue a interpretação lendo a partitura, uma mão pronta, ao canto da
mesma, para virar a página.
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