Obrigado, Bach!
A doçura deste Largo do concerto para dois violinos é um veículo de transporte mágico para o
meu passado. Estou a vogar para o sítio onde os meus anos floresceram. Estou
embalado e enlevado pela beleza que se abre, desabrocha, no seio desta música…
tal e qual quando a ouvi pela primeira vez. É como se abrisse os olhos à visão
do espírito. Deus está em cada partícula e em cada vibração do som, como está
no meu coração, quando o abro a esta música.
Obrigado, Bach! Agora estou a
pensar em ti, em ti, em ti… estou, eu mesmo, a aproximar-me do teu coração…
estou dentro dele como quem está escondido numa gruta, muito calma, muito secreta.
Sou eu, o mensageiro dos sonhos, que venho dar-te um abraço longo, como tu
abraças o gato, este felino que gosta de se espreguiçar… assim…
Serei felino ou serei homem,
não importa.
Estou aqui nesta música, como
veículo de teu encontro com o Universo.
Assim, podes dizer-me o que
quiseres, na resposta a esta mensagem. Certamente, será ouvida a tua voz…
certamente, ela receberá acolhimento e resposta. De minha lavra ou de alguém,
de alguma entidade espácio-temporal. Não é necessário especificar mais, nós
sabemos… que
…A ciência é boa por essência,
somente a preguiça e falta de cuidado dos humanos insiste em distorcer e ver outro maravilhoso onde está a maior de
todas as maravilhas: a realidade do universo, a nossa existência
e a nossa inteligência de humanos em perceber e comungar com este TODO.
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