terça-feira, 20 de junho de 2023

UM PRIMEIRO PASSO EM DIREÇÃO À DISTENSÃO (DÉTENTE)

 

    Blinken (secretário de Estado, dos EUA) e Xi Jin Pin (presidente da China) em conversações ontem, em Pequim

O excelente blog «Moon of Alabama» acaba de publicar um artigo de alcance histórico, se as análises relativas ao conflito Russo-Ucraniano e Sino-Americano (a propósito de Taiwan) se revelarem corretas.

 https://www.moonofalabama.org/2023/06/us-admits-defeat-in-war-on-russia-and-china.html

Estes dois pontos centrais da política de Washington, nestes últimos anos, foram o «canto do cisne» da doutrina Wolfowitz , a qual imperou na estratégia político militar dos EUA e que - em substância - declarava que os EUA como nação «triunfadora» da Guerra Fria, não deveria permitir que qualquer potência viesse a igualar os EUA, nos domínios decisivos para uma hegemonia mundial (os campos económico, militar, tecnológico ou diplomático), advogando que tais ameaças deveriam ser combatidas energicamente, se necessário, pela força das armas. 

A doutrina supra citada foi - desde 1999 - a inspiração para uma série de aventuras militares com o objetivo de manterem a hegemonia US inquestionada. Os conflitos em que os EUA se envolveram ou criaram, correspondem porém, a outros tantos fiascos, não podendo ser considerado «sucesso» terem transformado países viáveis e alguns com nível de vida relativamente elevado, em escombros, em não-estados, em zonas de poderes regionais que se guerreiam, etc. 

O grande despertar dos países não-ocidentais deu-se com a guerra na Ucrânia e com a constatação de que os EUA e os seus aliados da OTAN não conseguiam vencer, perante uma potência como a Rússia, com um nível  elevado de sofisticação no armamento, mas com muitas fragilidades ao nível económico e social. Isto desencadeou o não-alinhamento de países de diversos continentes, que tinham interesse em continuar a comerciar com a Rússia e não viam nenhuma garantia de apoio ao desenvolvimento, do lado das ex-potências coloniais. Os países que colonizaram países de África e doutros continentes, eram todos membros da OTAN. Eles tinham sido, nos anos mais recentes, os «senhores neocoloniais», tal como os EUA, que punham e dispunham de governos em África e - através do FMI e doutras agências - submetiam economicamente os referidos países ex-colónias, à escravatura da dívida. 

Se o artigo acima referido estiver correto, pode-se dizer que os americanos acabaram por se render à evidência, de que as políticas internacionais por eles desenhadas e executadas nos últimos 25 anos, tinham sido prejudiciais para o poderio dos EUA. Isto é um princípio de bom-senso mas, é só o primeiro passo. 

Nunca vi os EUA ou seus representantes máximos pedirem desculpa pelas atrocidades e genocídios que realizaram ao longo da sua história. Desde a era pré- independência, com a escravatura em massa e o genocídio das nações nativas da América do Norte, até às brutais intervenções do século 21, que põem os EUA (e seus aliados) de par com a barbárie nazi durante a guerra de 39-45. 

Eu fico tanto mais triste com o desenvolvimento que tomaram os EUA nos últimos decénios, quanto é evidente que nada do que aconteceu foi uma fatalidade. Foi uma deliberada sucessão de agressões contra outros povos e nações, contra os quais eles não podiam seriamente argumentar com a justificação dum perigo existencial para o próprio povo e para o Estado dos EUA.


PS: Mal Blinken regressou, Joe Binden sabotou todos os resultados obtidos por seu secretário de Estado, com declarações ofensivas e insultuosas sobre Xi Jin Pin. Leia aqui:

https://www.moonofalabama.org/2023/06/and-then-biden-blew-it-.html#more

segunda-feira, 19 de junho de 2023

AGORA É A NOSSA VEZ!


 A resposta à opressão do neoliberalismo poderá vir (em parte) deste grupo, que se reuniu neste fim-de-semana passado, em Stroud, Gloucestershire (Inglaterra). A formação de grupos de ligação, juntando as diversas competências de pessoas, ativistas de base. Há uma longa lista de planos da «elite» globalista que têm de ser combatidos. 


domingo, 18 de junho de 2023

O ESPECTÁCULO DO PODER

 Lamento dizer-vos, não me interessam por aí além as peripécias do poder, seja em Washington, seja noutra qualquer capital.

Mas não resisto de vos mostrar a expressão abúlica, alheada, ridícula, do homem que serve como «capa» ao verdadeiro poder, nos EUA. Um homem com antecedentes gritantes, apologista da invasão do Iraque, profundamente envolvido (com o filho) em negócios de tráfico de influências para proporcionar portas abertas a empresas chinesas, dirigidas por membros do PcCh. 

Tudo isto era sabido (pelo estado-maior Democrata) antes de Biden ser sido escolhido como candidato, para enfrentar Trump. Porém, tudo isto está definitivamente dentro do que o establishment democrata considera aceitável, até mesmo a sua dúbia atitude face a tenras crianças ou adolescentes, em público. Este comportamento deve ser relacionado com a acusação da filha de Biden, que foi obrigada a tomar duche com seu pai, quando criança. O facto dele estar senil, apenas tendo capacidade para fazer aquilo que lhe ditarem os «conselheiros», também deve ter pesado na escolha. 

Uma vez escolhido o candidato preferido pela elite no poder, os dólares contam mais que os votos dos cidadãos. Já se sabe: Quem contar com somatório de donativos mais importante, está com a eleição garantida. Isso é uma fraude, na essência, mas não é contada como tal. Porém, no caso do último despique eleitoral (ou farsa?) para a presidência, houve fraude comprovada, embora tivesse sido «anulada» por tribunais corruptos. De facto, houve muitos votos por correspondência, os quais - misteriosamente - eram todos para o mesmo candidato, Joe Biden (entre vários outros fenómenos curiosos). Talvez eles (os promotores de Biden) tenham achado que era melhor «jogar pelo seguro». O escândalo do «lap-top» de seu filho Hunter Biden, que contém as provas de transações criminosas (luvas) destinadas ao seu pai, teve a investigação «congelada» durante dois anos, pelo FBI.

A substituição de Biden não deve interessar - ainda - ao estado profundo, nem aos atores medíocres que formam a «elite», ou a corte, em torno do «Rei Momo». 


Kamala Harris é vice-presidente: Uma que se mostra completamente imbecil, quando lhe é dada a oportunidade de abrir a boca. Portanto, será uma hipótese de substituição viável, para servir a clique no poder. 

É preciso apreender a aberração e a constante deriva para a ilegalidade de um Estado que, por ser o mais poderoso, justamente, fez tábua rasa de todos os princípios. A sua oligarquia quis governar de modo hegemónico e disse-o claramente: veja-se o documento programático PNAC, de 1997, no virar do século. Este Estado, «pertence» aos que o dirigem desde a sombra dos seus gabinetes de empresas e bancos. Quiseram realizar o sonho de Hitler, de um governo único mundial, os «mil anos do Reich». 

Com suas tropelias e atos criminosos, criaram mais e mais inimigos. Ao fim e  ao cabo, o comportamento no poder do Tio Sam, veio a criar o ambiente mais favorável para nova aliança, coligando Rússia, China, Irão, Índia, Brasil, África do Sul  (os BRICS) e a partir daí, para um movimento de aproximação e candidatura dos mais diversos Estados, mesmo de alguns tidos como «aliados fiéis» dos EUA.

Como é típico, a classe dirigente portuguesa vai de novo falhar o comboio. Porém, é claro que a OTAN/NATO mais serve os interesses hegemónicos do imperialismo USA, do que a defesa nacional de Portugal. Os portugueses têm sido manipuláveis a preceito, mas quando virem o descalabro em que foram metidos, irão rejeitar a humilhação de serem meros súbditos neo-coloniais.  De resto, vejo com alívio que o desmoronar do império ocidental já está em curso. É como uma avalanche em câmara lenta. 

Os que querem suster esta avalanche com murinhos de areia, são idiotas criminosos; eles querem aproveitar os privilégios até ao último momento, julgando safar-se quando vier o grande abanão. 

Eu irei continuar a denunciar seu papel antipatriótico e antidemocrático. Necessariamente, a partir de certo momento, irão erguer-se milhões de vozes indignadas. Eu não gostaria de estar na pele desses senhores nessa altura!

Mas, para quem olha fascinado para o poder, digo: vejam que até um malvado, corrupto e senil, tem o lugar de topo da «democracia» mais poderosa! 

Foto retirada do artigo seguinte:

Biden Baffles US Audience, Closing Speech With 'God Save The Queen'


quarta-feira, 14 de junho de 2023

ARMADILHA DO EURO DIGITAL: PORQUE NINGUÉM VÊ O QUE ESTÁ PARA CHEGAR?


 Grand Angle é um programa semanal de divulgação da economia, falado em francês: Neste episódio com Didier Darcet.

SOBRE AS MORTES EM EXCESSO NOS ANOS PÓS-COVID

 Já tinha refletido e comunicado previamente sobre o assunto. Por isso, presto a minha homenagem à coragem e lucidez deste médico reformado, Dr. Campbell. Deixo à vossa consideração os dois vídeos dele, que são muito significativos. 

Ele não aborda a hipótese do fenómeno ter sido causado pela generalizada vacinação com suposta «vacina» de ARNm; isso é compreensível, pois se arriscaria a ser excluído do Youtube ou, pelo menos, ver o seu site «desmonetizado». 

Basta, com efeito ter em conta que a quase totalidade das inoculações com a «vacina», ocorreram a partir do primeiro trimestre de 2021, em diante. Veja-se que a sucessão de excesso de mortes (em relação à média sobre os dez, ou cinco anos anteriores), numa série de países desenvolvidos, mostra que este fenómeno deveria ser sujeito a inquérito científico sério. 

Trata-se de 15 a 20% de excesso de mortes em 2022 e 2023, que não são de «COVID»: Só uma pequena minoria dos óbitos é declarada como tendo sido causada pelo COVID. Isto, em vários países ao mesmo tempo, o que exige uma explicação coerente com os factos: 

- Qual o ou quais os factor(es) que jogaram para que se observassem, no mesmo período, em todo o mundo, estes excessos de mortes? 

- Quais as causas imediatas dessas mortes? 

- Por que razão não existe resposta, ou sequer uma investigação em curso, dos organismos de saúde pública, nos países onde as estatísticas apontam claramente para um fenómeno massivo e localizado no tempo, de 2021 até ao presente? 

-Será que estão a fingir que está tudo normal, para que o público ignore a extensão da catástrofe sanitária que foi a «vacinação» contra o COVID?

Veja os dois vídeos abaixo e julgue por si próprio(a):


Vídeo nº1 do Dr. Campbell:





Video nº 2 do Dr. Campbell:

https://www.youtube.com/watch?v=hHXICFnF-do



 

DESTRUIÇÃO DE FÁBRICA HIDROELÉTRICA DE KAKHOVKA

Notícia do Magazine Sputnik:

«Na noite de 5 para 6 de junho, bombardeamentos ucranianos destruíram a parte superior da hidroelétrica de Kakhovka, na região de Kherson, o que desencadeou um fluxo descontrolado de água, inundando áreas próximas.»



«Começou a evacuação dos moradores civis das áreas inundadas. Enquanto isso, o governador interino da região de Kherson, Vladimir Saldo, informou que a evacuação em massa não será necessária e o aumento do nível do rio Dniepre não impede as ações militares russas.
As reparações da usina hidrelétrica de Kakhovka não são possíveis e a instalação terá que ser reconstruída, conforme o chefe do distrito municipal de Novaya Kakhovka, Vladimir Leontiev.»

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Comentário de MB:

A media ocidental tem apresentado esta catástrofe como obra dos próprios russos. Desde o primeiro momento que esta visão de auto-sabotagem é totalmente injustificada porque:
- Os russos estão interessados em manter o controlo sobre esta barragem
- Esta barragem é fundamental para fornecer água ao grande canal que abastece a Crimeia do Norte.
- A destruição da barragem serve os objetivos de Kiev: A área inundada situa-se maioritariamente na margem esquerda do Dniepr, sob controlo russo. Um avanço para Oeste das forças armadas russas, em resultado da falhada ofensiva ucraniana, é agora mais difícil.
- Também satisfaz os objetivos de Kiev e dos países da OTAN, como pretexto para acusar de «crime de guerra» os russos, tal como fizeram noutros casos. 
- Neste caso em particular, serve também como distração do enorme fiasco que tem sido a «ofensiva» das tropas de Kiev, com imensas baixas e destruição de muitos dos veículos blindados e tanques, fornecidos pelos ocidentais.
Continua o coro de falsas indignações e de acusações baseadas em mentiras. Porém, não se vê qualquer retração, quer oficial, quer de órgãos ditos de «informação». A media ocidental tem feito uma campanha distorcendo os factos e aceitando como verdades a propaganda de Kiev.  

Abaixo, uma listagem (incompleta) das distorções propagandísticas do ocidente sobre o que se passa no terreno: 
- Bucha (uma «falsa bandeira»: atribuição aos russos de massacre efetuado por tropas ucranianas); 
- Mariupol (a maternidade que afinal tinha sido esvaziada de pacientes e foi transformada em bastião das tropas de Kiev); 
- O ataque à ponte da Crimeia (um ataque terrorista de um comando de sabotagem Kiev, efetuado com o apoio e colaboração das forças especiais de comandos britânicos); 
- Os ataques com mísseis, bombas e drones a uma cidade russa, sem qualquer interesse militar; os ataques com drones a Moscovo, não apenas o Kremlin, como a bairros periféricos exclusivamente residenciais, 
- A destruição do Nordstream II atribuída aos russos, pelos ocidentais (agora, o regime de Kiev reivindica como seu feito, mas terá sido em coordenação com os EUA e outros países da OTAN.)

Tudo é distorcido para as forças armadas russas aparecerem como os «bárbaros» e os «criminosos de guerra». 

PS1: Além da catástrofe ambiental, causada pelo bombardeamento do exército de Kiev (equipado, treinado e dirigido pela OTAN), há a contabilizar as consequências da falta de água para o arrefecimento da central nuclear de Zaporoijia, a maior central nuclear europeia, a jusante da barragem de Kakhovka. Esta central nuclear está sob controlo russo.