Os cientistas acima nomeados poderiam ser os heroís, reais, embora improváveis, da nossa sociedade, porém eles também foram «mensageiros» do DIVINO, infinito, matemático, físico, transcendental.
Sandra Sangiao, Cataluña (Vocal) Robindro Nikolic, India-Serbia (Clarinet) Julien Chanal, France (Guitar) Mattia Schiroza, Italy (Accordion) Stelios Togias, Greece (Percussion) Juan Carlos Buchan, Mexico (Contrabass)
Letra da Canção em Romani Gelem Gelem lungóne droménsa,
Maladilém shukare Romensa.
Gelem Gelem lungóne droménsa,
Maladilem baxtale romenca.
Oooh, Romalé!
Oooh, chavralé!
Ala voliv lake kale jakha,
Kaj si gugle sar duj kale drakha.
Ala voliv lake kale jakha,
Kaj si gugle sar duj kale drakha.
Oooh, Romalé!
Oooh, chavralé!
Kindem lake lolo dikhlo tursko,
Ni volil man achel latar pusto.
Kindem lake lolo dikhlo tursko,
Ni volil man achel latar pusto.
Oooh, Romalé!
Oooh, chavralé! [Tradução em Castelhano] He viajado, he viajado...
Viajé y viajado a lo largo y ancho
Me encontré con gitanos felices
Viajé y viajado a lo largo y ancho
Me encontré con los gitanos de la suerte.
Oh, gitanos, oh chicos
Oh, gitanos, oh chicos.
Oh, gitanos, desde donde provino de
Con sus tiendas de campaña
a lo largo de los caminos de la suerte
Una vez tuve una gran familia también
Pero la legión negro los asesinó.
Ven conmigo, gitanos del mundo
Para los gitanos, se han abierto caminos
Ahora es el momento - surgir, gitanos
Vamos a ir muy lejos si actuamos!.
Oh, gitanos, Oh, chicos
Oh, gitanos, Oh, chicos. ----- POVO ROMANI OU CIGANO, A TRIBO, O POVO QUE PERMANECE SEMPRE IGUAL, APESAR DAS PERSEGUIÇÕES; QUE NÃO RENUNCIA A SER UM POVO, UMA CULTURA, UM MODO DE VIDA.
A língua cigana da Península Ibérica é o Caló ; o Caló é a língua cigana predominante na América latina.
Não me interpretem mal, quando digo que é uma catástrofe construída.
Não quero dizer que se trata de uma pseudo-catástrofe: pelo contrário, é uma real e autêntica catástrofe humanitária e com dimensões muito sérias, que se extende pela a Europa mediterrânea, especialmente a Itália e a Grécia, com um agravamento substancial desde que foi lançada a guerra suja, dita civil, contra a Síria, pelas potências da NATO.
Quando digo que é construída, estou a apontar para aqueles que estão no comando da globalização, que decidem qual o destino dos povos. Não é sequer duvidoso que a chamada «primavera árabe» foi aproveitada desde muito cedo, mesmo que os acontecimentos iniciais fossem essencialmente espontâneos, pela administração Obama/Clinton, para lançar o caos em todo o mundo árabe.
O objectivo era o de conseguir ter domínio sobre a região mais estratégica do Mundo por concentrar os maiores depósitos de combustíveis fósseis (petróleo e gás) e as estratégicas vias de comunicação marítimas (canal de Suez) ou terrestres (oleoductos e gazoductos).
O papel dos neocons - que dominam a política externa de Washington desde Bill Clinton - tem resultado numa série de fracassos e de terríveis rupturas nos países alvo. São criminosos de guerra sem quaisquer escrúpulos que se escondem por detrás de uma fachada de políticos eleitos e corruptos.
A oligarquia que governa a nível mundial queria a todo o custo impedir que a Europa se autonomizasse - o que implicava dispor de um fluxo seguro e constante, a preço moderado, de gás natural proveniente da Rússia.
Na Ucrânia, em Fevereiro de 2014, o golpe neo-nazi orquestrado pelos EUA, sob batuta directa de Victoria Nulan (esposa de um neocon da primeira hora, P. Kagan) foi parcialmente eficaz para dificultar o acesso de gás natural à Europa ocidental e sobretudo à Alemanha. Esta, pragmatica, continuou em relação de negócios com os Russos, apesar das sanções (a que foi obrigada a contra-gosto a aceder).
Mas a necessidade de submeter por todos os meios a Europa renitente, continua, visto que o gang dos neocons está manifestamente ao comando, sendo Trump destituído de verdadeiros aliados ao nível do Estado Profundo.
Neste mundo unipolar que querem instaurar, têm de manter a Europa Ocidental firmemente nas garras da águia americana, só assim podendo manter a superioridade em relação ao eixo Russo-Chinês. Eles não podem aceitar que se forme e consolide um poder contiental (no chamado «heartland» ou seja, na grande massa do continente euroasiático)
É assim que eles raciocinam; é esta a sua lógica, que se vem reproduzindo desde os tempos de Mackinder, em todo o mundo anglo-saxónico.
A política do caos é portanto lançada sobre os países europeus da NATO, formalmente aliados, na realidade vassalos, tal como foi planeada, através destas ondas migratórias maciças vindas das zonas que eles próprios ou seus aliados bombardearam (Iémen, Síria, Iraque, Líbia, África negra...).
O próprio Estado Islâmico ou ISIS é uma grotesca construção de forças mercenárias constituída por variadíssimas nacionalidades, recrutada e encaminhada por redes salafistas/ wahabitas, enquadrada por agentes encobertos da CIA, do MI5, do Mossad, financiada por várias monarquias sunitas, reaccionárias e aliadas de Washington, do Golfo, a começar pela Arábia Saudita...
É fundamental compreender que a elite mundial precisa do caos e do terrorismo para poder dominar, não apenas os povos dos países de onde extrai imensas riquezas, como também os seus próprios povos (norte-americano e europeus, essencialmente).
O seu domínio depende da aceitação pelos povos de que a necessidade de combater o terrorismo (fabricado em larga escala pelos poderes, mas que eles não sabem) «justifica» praticamente tudo em nome da segurança.
Como dizia Benjamin Franklin «Um povo que renuncia à liberdade em nome da segurança, não é merecedor nem duma nem doutra».
As pessoas não conseguem ver como estão a ser impiedosamente tratadas como «lixo», porque estão cheias de preconceitos sobre as suas próprias sociedades, os seus Estados, os seus sistemas políticos... Mas elas já perderam o respeito por si próprias ao negarem o estatuto de seres humanos e a dignidade a tantas vítimas dos seus próprios governos, aqueles mesmos que, através da NATO ou de outros instrumentos de guerra, têm espalhado a morte a destruição em larga escala nos países e nos povos mais débeis (Afeganistão, Iraque, Síria, Líbia, Iémen, Sudão, etc, etc...)
Penso realmente que as pessoas na Europa têm de acordar e compreender o que se tem estado a passar. Só têm que fazer uma coisa para que isto tudo acabe; é deixarem-se de encolher os ombros e dizer... «não há nada a fazer; de qualquer maneira, não é nada comigo». A partir daí, procurar realmente saber como é que as coisas chegaram ao ponto em que estão e até que ponto as elites as traíram.
Se essas elites traíram todos os príncípios morais que enformam a civilização ocidental, tem de se impedir - por todos os meios - de continuarem a fazer o mesmo.
«Como é que o capitalismo despedaça as nossas vidas».
Gostava que, não apenas os profissionais de saúde, mas todas as pessoas, ouvissem a Dra Harriet Fraad e reflectissem sobre as experiências numerosas que apoiam as suas posições.
O factor importante da solidão, do isolamento, de não estar incluído numa verdadeira comunidade, é posto em relevo. Os não valores do capitalismo, são justamente apontados, fazendo com que os pais se alheiem da educação dos filhos; mesmo os pais que têm meios, criam filhos com imensos problemas.
A questão difícil é como fazer uma prevenção destas questões, em que consumo de drogas, obesidade, marginalização social, desemprego, criminalização da pobreza, etc. estão todas relacionadas, numa teia.
Mas não devemos cair na conclusão de não há nada a fazer.
A própria conferencista aponta o exemplo de comunidades de auto-ajuda, cuja mais antiga é os Alcoólicos Anónimos.
Penso que devemos compreender que um sistema classista - em que o lucro é o motor de todas as actividades - vai inviabilizar a institucionalização doutro sistema no seu interior, em que a solidariedade é o princípio fundamental.
A destruição da sociedade e das pessoas individuais faz parte do capitalismo; não é uma disfunção, é fundamental no seu modo operatório .
Penso que se deve fazer uma crítica radical da medicina corporativa: ela construiu um tecnopoder (ou biopoder) destinado a perpetuar-se, consumindo sempre mais recursos, apenas possível porque se exerce em países afluentes, onde existem fundos acumulados, quer por indivíduos, quer pelos sistemas do «welfare state» no sentido lato, os seguros de saúde, o Serviço Nacional de Saúde, etc.
Os protagonistas da política, imbuídos das falsidades do capitalismo, pensam que, havendo mais subsídios, mais dinheiro disponível para equipar e melhorar as unidades de saúde, haverá uma melhoria automática da saúde geral da população.
O resultado global é que se verifica nas últimas décadas um aumento de esperança de vida nos países afluentes, mas não um aumento de anos com saúde ou com qualidade mínima.
Porém, a sociedade de consumo é patogénica, em si mesma, pelos mecanismos enunciados pela Dra Harriet e também pelo facto de desprezar uma real educação para a saúde dos cidadãos.
Seria perfeitamente possível promover e prevenir. Bastava que nos anos ensino obrigatório e nos media fossem postos em relevo os meios e estratégias de que dispomos para prevenir a maior parte das doenças.
Com efeito, sabemos que pequenos gestos triviais podem manter a saúde em todas as etapas da vida:
- caminhar todos os dias cerca de quarenta minutos, pelo menos.
- cozinhar refeições equilibradas e saborosas.
- evitar alimentos processados industrialmente.
- dormir as horas necessárias e num horário regular.
A sociedade capitalista é patogénica e isso significa que torna muito mais fácil fazer exactamente o contrário dos comportamentos acima apontados.
Uma cultura de autonomia e - em simultâneo - de integração dentro da comunidade são importantes hoje para preservar e cuidar da saúde. Mas, além disso, serão importantes na emergência doutro paradigma, dum socialismo vindo de baixo.
*[ A condição de escravo não implica que a exploração seja violenta, brutal, penosa, mas apenas que o trabalho não é remunerado, é uma obrigação do trabalhador, mas não do seu patrão. Este pode decidir dispensar o escravo quando quiser, pois não existe qualquer tipo de contrato.]
TRABALHO GRATUITO DE MESTRANDOS E DOUTORANDOS, PARA VANTAGEM DOS «MANDARINS» NA UNIVERSIDADE
Muitos estudantes de mestrado e de doutoramento são «obrigados na prática» a darem aulas gratuitas e mesmo a classificar trabalhos de alunos de licenciatura (ambas atividades que envolvem evidentes responsabilidades profissionais).
Existe legislação suficiente para caracterizar como criminosas estas práticas, aliás perfeitamente documentáveis. No entanto, nem os agentes do poder, nem mesmo o «contrapoder» dos sindicatos intervém. Porquê?
A cumplicidade ou conivência generalizada com um crime, a complacência com ele, torna-o ainda mais grave e hediondo.
É um comportamento criminoso perfeitamente consciente o uso abusivo do trabalho gratuito de estudantes. O mais notório caso é o de atividades docentes, para as quais se exige legalmente qualificação e reconhecimento específico.
Sem darem um combate eficaz a estas práticas, sem as exporem, de tal forma que os atuais beneficiários delas tenham vergonha e se inibam de continuar, não é credível que políticos declarem «que querem combater injustiças, trabalho precário», etc.
Combata-se já a exploração e o trabalho escravo e precário de milhares de estudantes na universidade.
Algumas pessoas dizem - e outras repetem - que «é o sistema» ou ainda que «instalou-se uma cultura»: isso são apenas desculpas lançadas pelos beneficiários do trabalho gratuito, eles próprios.
O facto de serem docentes universitários, não significa que tenham escrúpulos. Há pessoas que, quando atingem um certo estatuto, julgam que podem fazer praticamente o que quiserem e não ser incomodadas. Julgam-se acima da lei; é exatamente um sistema feudal.
Mas num Estado de Direito isto é crime. Isto chama-se sobre-exploração / trabalho escravo / chantagem / assédio.
Em Portugal, não consegui obter reportagens sobre o assunto, o que não significa de modo nenhum que seja menos grave ou generalizado do que noutros sítios. Aqui, abaixo, deixo uma selecção de artigos que mostram várias facetas do problema.
O Estado é uma complexa e tentacular organização que se instalou e consolidou paulatinamente, há uns 6000 anos.
Sofreu as mais diversas formas e reformas, mas - na sua essência - continua a ser baseado no monopólio da força e coerção, sobre um povo ou vários povos, além de que tem o monopólio de «sacar tributo» ou seja de decretar impostos, sendo criminalizados todos aqueles que violenta ou pacificamente põem seriamente em causa este domínio hegemónico.
O livro de Gregory Sams é muito original e a entrevista acima reproduzida dá conta disso. O entrevistador não poupa questões difíceis, faz o papel de advogado do diabo, todo o tempo... o que torna a entrevista viva e intelectualmente provocante.
Muitos autores de um vasto espectro têm criticado a construção autoritária do Estado, sem por isso pretenderem a abolição de toda a forma de autoridade, simplesmente vendo esta como emanação de baixo para cima, ou seja, das comunidades. Estas estão muito mais em medida de exercer uma certa coerção no seio da própria comunidade do que uma autoridade exterior, judicial ou policial. O autor também privilegia a justiça de tipo reparativo sobre a justiça punitiva, que prevalece ainda hoje.
Ele não se considera anarquista: porém, muitos anarquistas evolucionistas, por oposição às tendências revolucionárias, têm tido ideias semelhantes a Gregory.
São pessoas pragmáticas, que preferem avançar para objectivos de maior justiça, liberdade e igualdade, a fomentar um cataclismo, que provavelmente iria desencadear a construção de um poder tão ou mais ditatorial e opressivo do que o que foi derrubado.