domingo, 26 de junho de 2016
quinta-feira, 23 de junho de 2016
S. GAINSBOURG / F. HARDY
LA CHANSON FRANÇAISE - ANNÉES 60, 70, 80
Trois chansons de Serge Gainsbourg écrites pour - et interprétées par- Françoise Hardy
Aucun Boeing sur mon transit
Aucun bateau sur mon transat
Je cherche en vain la porte exacte
Je cherche en vain le mot exit
Je chante pour les transistors
Le récit de l'étrange histoire
De mes anamours transitoires
De Belle au Bois Dormant qui dort
Je t'aime et je crains
De m'égarer
Et je sème des grains
De pavot sur les pavés
De l'anamour
Tu sais ces photos de l'Asie
Que j'ai prises à deuxcent Asa
Maintenant que tu n'es pas là
Leurs couleurs vives ont terni
J'ai cru entendre les hélices
D'un quadrimoteur mais hélas
C'est un ventilateur qui passe
Au ciel du poste de police
Je t'aime et je crains
De m'égarer
Et je sème des grains
De pavot sur les pavés
De l'anamour
Je t'aime et je crains
De m'égarer
Et je sème des grains
De pavot sur les pavés
De l'anamour
Mieux vaut n'penser à rien
que n'pas penser du tout
rien c'est déjà, rien c'est déjà beaucoup
on se souvient de rien et puisqu'on oublie tout
rien c'est bien mieux, rien c'est bien mieux que tout
mieux vaut n'penser à rien
que de penser à vous
ça n'me vaut rien, ça n'me vaut rien du tout
mais comme si de rien n'était je pense à tous
ces petits riens qui me venaient de vous
si c'était trois fois rien,
trois fois rien entre nous
évidemment ça ne fait pas beaucoup
ce sont ces petits riens que j'ai mis bout à bout
ces petits riens qui me venaient de vous, de vous
mieux vaut pleurer de rien
que de rire de tout
pleurer pour un rien, c'est déjà beaucoup
mais vous, vous n'avez rien dans le coeur, et j'avoue
je vous envie, je vous en veux beaucoup
ce sont ces petits riens qui me venaient de vous
les voulez-vous, tenez, que voulez-vous
moi je ne veux pour rien au monde, plus rien de vous
pour être à vous, faut être à moitié fou
TEMPO DE AMOR ... [Afrosambas de Baden e Vinicius]
Saíu há 50 anos! Mas está fresquinho! Toda a obra-prima é intemporal.
Ela mexe connosco, independentemente da geração a que pertencemos.
Vinícius de Moraes, Baden Powell e Companhia!
Saravah!
quarta-feira, 22 de junho de 2016
[NO PAÍS DOS SONHOS] À BATIDA DO CORAÇÃO
Vivaldi : Sinfonia ''al Santo Sepolcro'' RV 169
Estou dentro de um longo túnel. A luz difunde-se desde uma extremidade, por detràs de mim. Oiço uma música muito calma e envolvente. Sinto um bafo quente, semelhante ao do vento na praia.
Agora a paisagem mudou, só se vê uma planície semi-desértica com ervas amarelecidas e outras plantas rasteiras. Ao nível do solo há uma evaporação intensa. Todas as imagens estão defocadas. O Sol põe-se magestoso, inundando pro fim o horizonte de tons fúlgidos.
Quando, por fim, o astro do dia se põe, ele irradia uns últimos clarões de luz para lá do horizonte, iluminando um céu de oiro e azul.
Em breve, não mais se ouvem as cigarras e a planície vive um momento de suspensão no tempo. O silêncio é tão real, que ressoa... no coração.
domingo, 19 de junho de 2016
A HISTÓRIA MAIS LONGA, JAMAIS CONTADA
A HISTÓRIA MAIS LONGA, JAMAIS CONTADA
Ensaio sobre as Origens da Espécie Humana, contendo gravuras de Foz Côa e textos de Manuel Banet.
Ensaio sobre as Origens da Espécie Humana, contendo gravuras de Foz Côa e textos de Manuel Banet.
Pode ser obtido também em formato PDF, gratuitamente:
sábado, 18 de junho de 2016
CANÇÃO DA ROSA SÚBITA *
[*extraído do livro de poesia «Exercícios Espirituais» edições Mic, Estoril, 1985]
Meu amor não precisa
de nome
Não se diz nem vende
com palavras
Se alevanta com os
vendavais
De noite se vai deitar
nos trigais
Meu amor não precisa
de nome
Meu amor escreve-se
como «fruta»
Como breve chuva, logo
enxuta
Ou lenço regaço,
reverb’rado
Em muralha de linho
lavrado
Meu amor escreve-se
como fruta
Meu amor não é uma
ideia
Não discute «razões de
mercado»
É fluxo e refluxo na
barca
Iceberg, vulcão ou
pendão ou farpa
Meu amor não é uma
ideia
Meu amor a todos abre
os braços
Num sorriso de asa
partida
E, se visto a pele dos
sapos,
Desfralda, rindo, os
seus farrapos
Meu amor a todos abre
os braços
Meu amor não tem
mestre nem amo
Representa, em farsa
ou em drama,
Nos canteiros da praça
pública
A dádiva da Rosa
Súbita
Meu amor não tem
mestre nem amo
sexta-feira, 17 de junho de 2016
As Escolas Sem Muros Já Existem, Hoje
- Se o saber não ocupa lugar, se a Internet tem, no meio de tanto lixo,
algumas pedras preciosas, porque não fazer uma busca sistemática, cooperativa
de fontes livres e grátis de saberes?
- Vamos construindo aos poucos uma espécie de roteiro ou de índice de
recursos de qualidade, on-line e gratuitos... Se nos pusermos a cooperar nesta
busca, certamente que vamos encontrar maneira de beneficiar outras pessoas e de
sermos beneficiados por elas.
- É mais um estado de espírito que é necessário, não precisamos de aderir a
nenhum «credo», seja político, religioso ou pedagógico. Ou melhor, podemos manter
nossas crenças e escolhas, que isso não é problema numa visão do saber e da
cultura onde a única coisa que não se
pode tolerar é a intolerância. De resto, hoje em dia, ninguém é exclusivo
detentor do saber e ainda bem.
- Não irei fazer qualquer juízo sobre a validade (ou relevância, ou
utilidade) dos recursos abaixo sumariados: Apenas chama a atenção para o facto
de que AS ESCOLAS SEM MUROS já existem no espaço virtual, sendo este
conceito multifacetado, não formalizado, não redutível a um modelo ...mas real!
- Para ilustrar o conceito de «Escola Sem Muros», apresento alguns sítios grátis
na Internet, para adquirir e atualizar saberes.
Nestes sítios virtuais, podem ser completados e aprofundados saberes desde
as várias Ciências Exatas e Naturais, às Ciências Humanas, à Literatura, às Artes...
Algumas pessoas esquecem-se de dar o devido valor a este grande privilégio, de tão
banal e fácil que se tornou o contacto com esse manancial de informação
disponível e gratuito, que nos proporcionou a Revolução Digital!
1) Um sítio emblemático
da revolução nos saberes é Wikipedia, um sucesso enorme, tão descentralizado e
multiforme como a própria Rede. Decidi apresentar aqui um artigo sobre o
movimento das «Free Schools». Em Inglês, «free» tanto pode querer dizer livre,
como grátis, ou ambas as coisas ao mesmo tempo.
- Wikipedia sobre «Free School»:
2) A «Ágora dos Saberes»
(em Montpellier), um projeto municipal, mostra que a excelência e a
criatividade podem habitar numa estrutura como um Município... é
«tranquilamente revolucionário»:
- Agora des Savoirs (Montpellier):
3) O filósofo Michel Onfray,
dedicou-se a construir a Universidade Popular, em Caen (Normandia), aventura
coroada de sucesso, em grande parte devido a sua capacidade excecional de
trabalho e de comunicação e uma vontade muito clara de quebrar os muros mentais que encerravam a academia
em França. O sucesso foi tão grande que, em breve, surgiram outras universidades
populares emulando a de Caen...
Michel Onfray (Université Populaire):
4) Michel de Botton é
outro filósofo, britânico, apesar do nome francês, que se dedicou a construir
uma «Escola de Vida». Ele partiu da constatação de que as pessoas não tinham
real acesso a uma educação dos afetos,
moral e estética, campos desdenhados ou considerados, demasiado subjetivos, da
esfera íntima e portanto não tendo lugar nos curricula do ensino institucionalizado.
«The School of Life» veio
responder a uma necessidade sentida: é hoje uma referência incontornável na
divulgação dum saber e duma filosofia de vida. Embora dirigida à sociedade de
hoje, revaloriza a sabedoria da Antiguidade clássica e do Renascimento.
The School of Life:
5) Existem alguns
recursos de qualidade, livre e gratuitamente acessíveis, em língua portuguesa.
Apenas dou dois exemplos mas gostava que me assinalassem outros, para adicionar
a esta lista. Agradeço que adicionem, em comentário, outros recursos conheçam,
de fácil acesso e de qualidade, em
língua portuguesa.
Casa do Saber (Brasil):
Prof. André Azevedo da Fonseca (Brasil):
6) Cursos Livres e
Gratuitos On-line (MOOC) : cursos geralmente fornecidos por universidades
espalhadas pelo mundo, mas com predominância do mundo anglo-saxónico.
Estes cursos são de nível universitário. O aluno é submetido a avaliação
on-line. Estes cursos são cada vez mais prestigiados e reconhecidos como
instâncias válidas para formação dos indivíduos. A preparação real que eles conferem,
tanto nos saberes teóricos como práticos, é muito elevada.
Apresento abaixo duas organizações que agrupam grande diversidade de cursos,
de várias universidades.
Existe uma excelente oferta para qualquer estudante que, por vários motivos,
ficou excluído de cursos presenciais.
Hoje em dia, já se podem assim frequentar cursos de Oxford, Harvard ou doutras
universidades de grande prestígio:
COURSERA:
edX Courses:
7) A Open University, um
projeto britânico, antecedeu a era digital. Foi a primeira universidade de
ensino à distância.
Não se pode
classificar a Open University como «free» no sentido de grátis, embora os custos
para o estudante inscrito sejam inferiores aos de cursos equivalentes em
universidades mais tradicionais. Esta organização, tem tido desde há mais de
meio século, um papel importante na democratização do saber.
Open
University:
8)
Podemos classificar as Escolas de Filosofia, de Sabedoria, como outro
exemplo de «Escolas sem Muros». Por exemplo, o Taoismo foi divulgado no
Ocidente, nos anos 1960 e 70, em paralelo com o Budismo Zen, por Alan Watts:
NB: Não incluí nesta listagem recursos tais como os blogs, fóruns, etc.
Esta ausência não significa menosprezo. Existe uma quase infinidade de tais
recursos na Internet. A sua listagem seria tarefa demasiado pesada e fatalmente
«viciada» pela perspetiva de quem a faz.
Em geral, a criação dum blog coletivo ou dum fórum, pode corresponder à
necessidade de troca e partilha de determinados saberes, gostos ou interesses.
Os fóruns e blogs podem ser usados como recurso para troca direta e cooperativa
dos estudantes entre si e não apenas entre estudantes e
professores.
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Parede, Portugal
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