sábado, 13 de março de 2021

[RUSSELL BRAND] EDWARD SNOWDEN, A REAL RAZÃO PORQUE ELE NÃO É PERDOADO.

                              

 Desmascara a hipocrisia oficial, a ausência de qualquer diferença entre administrações nos EUA. Obama, Trump ou  Biden... no que toca ao essencial, estão todos de acordo.

quinta-feira, 11 de março de 2021

FUKUSHIMA, DESASTRE NUCLEAR QUE SE PROLONGA NO TEMPO

Fukushima: uma guerra nuclear sem guerra

A crise tácita de irradiação nuclear mundial

Michel Chossudovsky (Editor) *

I-Book No. 3, 25 de janeiro de 2012



 Ao comemorar o décimo aniversário da tragédia de Fukushima, as evidências confirmam que este desastre não foi de forma alguma resolvido.

Níveis “inimagináveis” de radiação ainda prevalecem. Nas palavras da Dra. Helen Caldicott , “um milionésimo de grama de plutônio, se inalado pode causar câncer”.  

O desastre de Fukushima em março de 2011 resultou em 16.000 mortes, fazendo com que cerca de 165.000 pessoas fugissem de suas casas na área de Fukushima.

Tanto a média japonesa quanto a ocidental tendem a minimizar os impactos da radiação nuclear que se espalhou por vastas áreas no norte do Japão, sem mencionar a contaminação da cadeia alimentar.

O despejo contínuo de água altamente radioactiva no Oceano Pacífico constitui um gatilho potencial para um processo de contaminação radioactiva global.

Amplamente documentado, a Tokyo Electric Power Company (TEPCO) estava envolvida em um encobrimento. E o governo japonês também. 

O governo Abe casualmente apontou para “rumores prejudiciais”. A posição do actual governo permanece ambígua. 

A TEPCO reconheceu que a desativacção da instalação de Fukushima pode durar até 2051.

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* Publicado originalmente em Janeiro de 2012, este estudo de Michel Chossudovsky confirma o que agora se está a desenrolar: um processo mundial de irradiação nuclear.


quarta-feira, 10 de março de 2021

A NOVA NORMALIDADE (FASE 2) , por CJ Hopkins


 
....«Esta transformação começou com o fim da Guerra Fria, quando o capitalismo global se tornou o primeiro sistema ideológico hegemónico da História. O desenrolar da «Nova Normalidade» faz parte dessa transformação, não a totalidade desta, mas um estádio essencial. Estamos em transição de uma «realidade» ideológica para uma «realidade» pós-ideológica, patologizada... uma «realidade» em que qualquer desvio da ideologia oficial (ou seja, «normalidade») já não é um desafio ou ameaça política mas uma «doença» ou «uma patologia psiquiátrica».

Leia o artigo na íntegra, em inglês, aqui: 

The New Normal (Phase 2)

HAYDN COMPÔS E BENEDETTI MICHELANGELI INTERPRETOU...


Haydn compôs e Benedetti Michelangeli interpretou... Estes concertos são notáveis a vários títulos. São obras relativamente pouco conhecidas, pouco executadas em concerto, ou gravadas em disco, apesar de uma qualidade... «mozartiana» diria eu...

Mas, também são notáveis pela escrita idiomática para piano, um instrumento recentemente inventado, quando Haydn escreveu estes concertos, cerca de 1760. 

Cristofori, inventara o «cravo a martelos», ou piano-forte, como veio depois a ser chamado, em torno de 1700. Porém, tais invenções costumam ficar como meras curiosidades, antes que músicos célebres se interessem pelo referido instrumento. Mas, a partir desse momento, serão compostas e interpretadas muitas peças. 

A literatura específica para o piano-forte começa sobretudo com compositores da segunda metade do século XVIII, como Galuppi, C. P. E. Bach, Haydn e Mozart... 

A qualidade musical destes concertos aqui gravados é realçada pelo rigor da interpretação de Benedetti Michelangelo. Dizem que o concertista afinava ele próprio os pianos, antes dos recitais, tal era o seu grau de exigência. Isto é coerente com a limpidez da sua interpretação, como se pode ouvir aqui.

Usufrua destes concertos para piano; sua alegria e boa-disposição são uma boa terapia anti-depressiva!


segunda-feira, 8 de março de 2021

MERCADOS FINANCEIROS: O QUE NOS DIZEM, VERDADEIRAMENTE

                                


Na semana passada, assistiu-se a uma série de alterações, nos mercados de obrigações, a começar pelas «treasuries» (as obrigações a 10 anos, do Tesouro dos EUA), cujos juros subiram de 0.38 % em Março de 2020 a cerca 1.5 %. Até agora, pode-se dizer que seja um problema apenas das obrigações americanas, visto as obrigações japonesas a 10 anos terem um crescimento muito baixo dos juros e as obrigações alemãs - embora subam acentuadamente - ainda permanecem em terreno negativo (*). 


A importância do mercado obrigacionista, em particular das obrigações estatais, é que este fornece uma medida do custo do dinheiro (de emprestar dinheiro, de pedir um empréstimo, etc.). Os Estados, normalmente, são os actores institucionais mais confiáveis - salvo improvável bancarrota - pelo que as taxas de juro que oferecem, em relação aos empréstimos que contraem, são uma espécie de linha de base, que vai condicionar todo o mercado do crédito. 
Globalmente, o mercado das obrigações, ao nível mundial, é cerca de dez vezes maior que o mercado accionista. No entanto, nos noticiários de economia, as acções cotadas em bolsa são sempre apresentadas como o barómetro primário. 
Mas isto é redondamente falso, até porque muitas das subidas e descidas das bolsas são mera especulação. Nos últimos tempos são potenciadas por algoritmos, que compram e vendem centenas de vezes ao segundo, agindo assim em relação a toda a gama de acções, podendo surgir amplificações de movimentos para cima ou para baixo, inteiramente artificiais e que não correspondem a qualquer variação significativa da situação das empresas, cujas acções estão subindo ou descendo. 


No gráfico seguinte, vê-se claramente que se está a atingir um topo, no que toca às acções, nas bolsas do mundo inteiro.


                   


Estes movimentos, ditos de «compra de pânico», são - em geral - indicativos de que se está a atingir um topo. O mercado de acções tem sido accionado pela impressão monetária. Ela está a ser levada ao extremo pelos bancos centrais dos principais países ocidentais, a começar pela FED dos EUA mas, também, pelo ECB da Zona Euro; tudo em nome do «combate ao COVID», quando, na verdade, se trata de algo completamente diferente. 


De facto, na população dos países ocidentais, raros são os que possuem acções de qualquer espécie. De facto, as pessoas mais ricas - em geral - são as que possuem um portefólio significativo, com acções das bolsas mundiais. São essas pessoas que estão a ser subsidiadas, sob pretexto de «estimular a economia», com somas astronómicas, como o 1,9 trilião de dólares do recém-eleito Biden. Um comportamento semelhante passou-se e passa-se em todos os países ocidentais. 


A acumulação de dívida, mais cedo ou mais tarde, vai fazer ruir o próprio fundamento das economias. Se a dívida de um Estado equivale a 150% do PIB, isso quer dizer que toda a riqueza produzida durante um ano e meio, por esse país, teria de ser utilizada para saldar a dívida acumulada. 
Claro que nunca acontece assim, mas -pelo contrário - os Estados podem esperar saldar, a pouco e pouco, as suas dívidas, se os tempos melhorarem (uma visão muito optimista, no presente) e sobretudo, poderão reduzir a mesma, através da inflação, que faz com que o valor nominal da dívida a pagar seja o mesmo, porém o valor real em dívida desça, na mesma percentagem que a inflação: 
- Se a inflação atinge 20% ao ano, isso quer dizer que o valor do capital em dívida, ao fim do mesmo ano, vai ser 20% menos, em termos reais, embora seja nominalmente o mesmo.
A dívida dos Estados não é excepção: Se um Estado estiver a dever muito, uma inflação elevada torna mais fácil o pagamento das dívidas. Porém, nos mercados de obrigações, o que irá acontecer às dívidas/obrigações dos Estados? Os investidores vão exigir maior juro, para compensar a inflação observada, ou antecipada. Não apenas isso; verão com olhos críticos o sobre-endividamento dum Estado, exigindo portanto um juro maior para compensar o maior risco de «default», ou seja, da falha de pagamento da entidade devedora. 
Chega-se então ao ponto em que os Estados continuam a emitir dívida, mas são incapazes de o fazer sem sobrecarregar os orçamentos com excessivas verbas de juros da dívida pública. Não têm viabilidade, um Estado, uma economia, que entrem num tal processo. 
Embora o Estado possa - durante mais algum tempo - pagar as suas dívidas, os custos disso não serão sustentáveis: Não será capaz de efectuar os investimentos necessários para as suas infraestruturas; a economia perderá capacidade produtiva, de criação de riqueza, pela punção excessiva de dinheiro dos impostos para pagar os juros da dívida pública. Estas somas, se não tivessem de ser canalizadas para pagar juros, poderiam ser investidas, poderiam ser geradoras de riqueza. Entra-se numa espiral descendente. O cenário conduz à estagnação/inflação (a «estagflação»). Isto corresponde ao empobrecimento da sociedade e economia desse país. 

É neste ponto em que se encontram as economias da América do Norte e da Europa. Qualquer aumento dos juros da dívida pública, vai traduzir-se pelo agravamento da inflação, porque os agentes económicos vão ter em conta estes juros como referência, quando negoceiam, quando estabelecem os preços das mercadorias, etc. Vai haver aumento da inflação de preços ao consumidor. Por sua vez, uma inflação acrescida significa uma diminuição do poder de compra das pessoas, um empobrecimento geral e logo, a diminuição da actividade económica (no Ocidente, o PIB depende em ~ 70%, do consumo). O ciclo vicioso está plenamente instalado!
Mais vale as pessoas estarem resguardadas, neste período de destruição massiva das divisas. Note-se que o dinheiro pode «desaparecer» ou «deixar de valer» mas, a «riqueza» é outra coisa. Assim, os ricos podem estar a encher-se ainda mais, a ficar mais ricos, apesar do empobrecimento geral.
Na Alemanha de 1923, uns cem dólares USA eram suficientes para compra dum andar de luxo, em Berlim. Houve pessoas espertas que compraram, com marcos alemães, que valiam cada vez menos, imobiliário, empresas, terrenos, etc... tudo o que não era activo financeiro. À saída da crise, estavam imensamente ricas. Outras, conservaram acções, obrigações, ou «cash» e ficaram falidas, na miséria. 
Não digo que a situação se vá repetir. Porém, é de reflectir sobre ela, estudá-la. Porque o mecanismo do desencadear da inflação, através da impressão monetária, é o mesmo. 

Recorde-se a definição de loucura de Albert Einstein: «Esperar um efeito diferente duma acção repetidamente falhada, é um sinal de loucura». Se os dirigentes dos Estados mais poderosos «esperam» um desenlace diferente («desta vez vai ser diferente» dizem eles...), nós não temos de acreditar neles. Aliás, seria loucura ainda maior, acreditarmos em loucos ou aldrabões, que nos vêm «com falinhas mansas»!

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*NB: O valor de uma obrigação é tanto maior, quanto o juro é mais baixo, porque, nestas circunstâncias, se supõe que há muitos compradores para essa dívida. Sendo assim, o emissor da dívida pode oferecer um juro mais baixo e terá, no entanto, suficientes compradores da mesma. Inversamente, se os juros sobem, isso quer dizer que o emissor da dívida só consegue colocar a mesma caso ofereça um juro maior, só assim obterá investidores que lhe emprestem dinheiro, comprando as suas obrigações.