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quinta-feira, 10 de agosto de 2017

FMI QUER CRIAR A MOEDA DIGITAL* ÚNICA E MUNDIAL USANDO A TECNOLOGIA BLOCKCHAIN

A tecnologia digital criadora do Bitcoin e das outras criptomoedas pode ser usada para libertar a humanidade do jugo dos Estados e Bancos Centrais, mas pode também ser usada para escravizar a humanidade, para retirar-lhe o pouco de autonomia que lhe resta*. 

Quem tem acompanhado os desenvolvimentos do mercado de criptomoedas, por um lado e, por outro, as revelações a conta-gotas sobre as negociações ao mais alto nível entre governos, bancos centrais e o FMI, com certeza já percebeu que eles pretendem que esta crise vindoura, a maior de todas, rebente, por forma a fazer o famoso «reset». 
Somente, eles pensam fazê-lo sob o seu controlo. Todos os bens seriam incluídos na nova moeda digital (o SDR, «special drawing rights»?), que seria - por essência - internacional. 
A criação de uma moeda única, ou seja, a unificação do sistema monetário sob a égide de entidade «neutra», como o FMI ou o BIS (Bank for International Settlements, com sede em Basileia, Suiça), significará - a prazo - um governo mundial único.  

Tenho na mais alta estima o trabalho e a franqueza de Lynette Zang, que é entrevistada neste vídeo. 

Abaixo, reproduzo uma capa famosa de 1998 do «The Economist» (revista possuída por Soros, um bilionário arauto do globalismo), que previa a emergência de uma moeda mundial única para 2018!






(*) (Texto de apresentação do vídeo no site Youtube de SGTReport:) The new Chinese-created ACChain crypto currency blockchain will be the SDR-related world currency that will allow the international banking elite to digitize every tangible asset on earth, and they will then exert total control over all of it. 

                   Image result for tHE Economist cover 1998

quarta-feira, 2 de agosto de 2017

SERÃO ALGUM DIA AS CRIPTOMOEDAS UMA FORMA DE DINHEIRO?

Hoje em dia, a maior parte das pessoas ouviu falar de bitcoin e de outras criptomoedas. 
Não irei repetir o que já escrevi, aqui e aqui
Mas, irei dizer que, face a um universo em delírio de especulação, como seja nos mercados de acções e de obrigações, a forte subida nas cotações das criptomoedas tentará muitos. 

Porém, as pessoas deveriam compreender que, o que é criado a partir de nada e não tem utilidade em si mesmo, não é um bom investimento. 
Assim, eu desaconselho que se tenha uma «fé» nas «moedas fiat», ou seja, nas que são emitidas por algum governo/banco central. 
Os valores das moedas não assentam sobre nada - a não ser sobre a «garantia» (o «fiat» em latim) de que o governo que a emitiu aceitará esta mesma moeda como pagamento (nomeadamente para pagar impostos, criados pelo respectivo governo). 
Mas também não tenho «fé» nenhuma no bitcoin e noutras cripto-moedas, embora por razões diversas. 
Os problemas das criptomoedas vão começar, logo que os governos acharem que estão a deixar demasiado campo para as pessoas fugirem a taxas e impostos. 
Sabe-se que estão em estudo nos bancos centrais de alguns países formas de criptomoedas, mas com controlo dos próprios governos. 
Paralelamente, estão a tentar encontrar um meio de capturar a mais-valia gerada, através de regulamentações que, por um lado, vão dar-lhes um estatuto oficial, como meio de pagamento; mas por outro, vão permitir que sejam controladas, sujeitas a impostos, a taxas. 

A bolha especulativa, nesse momento, irá esvaziar-se e não se sabe ao certo para quando haverá esta mudança. Porém, pode-se pensar que, se rebentar uma crise realmente séria (e os sinais precursores estão a avolumar-se), os governos farão tudo para regulamentar este «mercado de capitais», totalmente  fora do seu alcance. Já estão a tentar isso nos EUA, por exemplo, com legislação que obriga as pessoas a declararem os bitcoins e outras moedas que possuem, quando vão para o estrangeiro.

Face a uma crise sistémica, as únicas formas de conservação de valor comprovadas são as que correspondem a bens ou serviços reais (imobiliário, terrenos, ouro e prata, obras de arte e de colecção)Para estes bens ou serviços o Estado não pode ir além de um certo montante-limite de imposto, pois -caso contrário - anularia a rentabilidade do investimento, logo afastaria as pessoas de investir e diminuiria a colecta total de imposto. 

O pior investimento, quando se está perante o risco de uma crise de grandes dimensões, é o investimento tipicamente especulativo. 

O funcionamento dos mercados especulativos baseia-se somente em factores psicológicos: Os movimentos devem-se a boatos, ao medo e à ganância. 
Subidas e descidas  de cotação raramente são baseadas em factos comprováveis, em verdades sólidas, mas apenas nas percepções subjectivas dos investidores. Estes são manipulados de mil e uma maneiras, através de boatos ou mitos, propagados com determinados objectivos.  

Quando existem bolhas, muitas pessoas auto-convencem-se de que não há risco, que se está num novo «paradigma», etc. Porém, isso não é senão auto-ilusão. 

              

No caso das cripto-moedas, está-se claramente numa situação de bolha. Só faz sentido aplicar nelas somas modestas, como quando se joga na lotaria ou totoloto.

domingo, 14 de maio de 2017

CIBERATAQUE A NÍVEL MUNDIAL EXPÕE A FRAGILIDADE DOS SISTEMAS INFORMÁTICOS


No Sábado 13 de Maio 2017 um ataque de vírus informático, cujo modo de operar se baseava na tecnologia de intrusão e espionagem das redes informáticas desenvolvida pela NSA (National Security Agency, USA), infectou em simultâneo um grande número de redes informáticas, principalmente as de grandes serviços públicos, como o Serviço Nacional de Saúde britânico, ou a empresa de telecomunicações espanhola Telefónica. 
Os piratas informáticos encriptavam ficheiros dos computadores, sequestrando a informação, com a ameaça de a destruir, caso não fosse pago resgate de 300 $ por cada computador, que teriam de ser pagos em bitcoin. 
Caso as vítimas não pagassem, iriam sofrer a destruição irreversível dos referidos ficheiros.
Para quem está interessado nos pormenores da notícia, deixo aqui um relato bastante completo dos factos - entretanto apurados -  24h depois
É natural que vários aspectos sejam revistos e novos dados venham a acrescentar-se no decurso dos próximos dias.

Há vários aspectos preocupantes nesta história, que me motivam a escrever este artigo no meu blog:
  • o facto de que há demasiados sistemas informáticos, desde Universidades a Serviços Públicos,  em todo o mundo, que não mantinham os seus sistemas informáticos actualizados em relação a vírus
  • a facilidade com a qual instrumentos de espionagem desenvolvidos pela NSA passam para o domínio do cibercrime
  • a possibilidade deste tipo de vírus ser usado repetidas vezes, apenas modificando alguns pormenores do modelo original, para ultrapassar as barreiras antivirus informáticos, entretanto erguidas.
  • a existência de redes de criminosos, algumas em zonas russofónicas (Rússia, Ucrânia…), segundo o referido artigo, que se têm especializado em obter rendimentos desta maneira, capturando computadores e ameaçando destruir os dados a não ser que seja pago um tributo.
  •  a utilização do bitcoin para realizar a entrega do dinheiro; com efeito, este dinheiro virtual tem tido imenso sucesso.
  •  o bitcoin , estará – a partir de agora – mais sujeito ainda ao ataque por parte de todos os sectores da área globalista, com destaque para os Estados, os bancos centrais e grande banca. Não me admirava que se desenvolvessem tentativas de abolir o bitcoin e outras moedas encriptadas  («criptocurrencies»). Penso que tal tentativa apenas iria permitir que estas se tornassem um pesadelo ainda maior, enquanto divisas, em exclusivo, da «dark net».


 Como eu tinha já reflectido, em artigo anterior, a ciberguerra já está aí. Muitos actos de pirataria informática, podem ser obra de Estados, de agências de espionagem: por exemplo, está provado que a NSA foi, neste caso, a fornecedora dos instrumentos de sua invenção para este ataque.

Estamos perante uma autêntica caixa de pandora! Embora já se tivesse a noção disso nos círculos de segurança dos Estados e das grandes firmas, agora as coisas vão acelerar-se. 
Como tinha referido em Novembro passado, a principal vítima será sempre a população indefesa, seja qual for a origem e motivação dos ataques.
Segundo as últimas informações, 200 mil computadores já terão sido afectados.


sexta-feira, 24 de fevereiro de 2017

SISTEMA MONETÁRIO INTERNACIONAL. LANÇANDO ACHAS PARA A FOGUEIRA...

Lendo um excelente artigo de Charles-Hugh Smith, o autor do blog «OF TWO MINDS», sobre a possibilidade ou não do retorno ao padrão-ouro, fica-se a compreender o paradoxo do sistema monetário usando uma divisa de reserva, o US dollar.
Porém, no mundo de hoje, largamente digitalizado, a existência de reservas de ouro nos bancos centrais não é paradoxalmente «relíquia do passado», como muitos afirmavam, mas «a moeda de reserva em última instância», segundo Alan Greenspan.
Poucos, infelizmente, são os economistas e especialistas monetários de hoje com coragem de pensar, como diz Charles-Hugh Smith, fora do «culto keynesiano».

Afinal, nas condições do presente, um sistema monetário internacional - que preencha as suas funções essenciais - pode existir e funcionar perfeitamente, entre os diversos países, sem que existam reservas de moeda ou de ouro, nos respectivos bancos centrais.

O sistema justo poderia ser algo que funcionasse como o «bitcoin» ou outras moedas digitais (criptocurrencies), as quais são neutras em si mesmas, não são manipuláveis por nenhum banco central, não são sujeitas a manipulações pelos governos de nenhuns países.
Porém, no âmbito do que existe atualmente, verifica-se uma forte ligação de quase totalidade dos sistemas de pagamento baseados em divisas nacionais. No imediato, certamente não prevejo que se possa eliminar estas mesmas divisas, os dólares, os yuans, os euros, as libras, etc. Ora, as divisas nacionais são o alvo preferido da especulação. Isso cria instabilidade e nenhuma riqueza verdadeira. Qualquer sistema que elimine esta especulação, essencialmente danosa para as economias, terá uma vantagem decisiva sobre o presente.

Um sistema monetário internacional estável, neutro e não sujeito a especulação

É simples, no nosso mundo, chegar a acordo sobre um conjunto de matérias-primas, cuja cotação esteja contemplada num «cabaz». Estas matérias-primas podem/devem incluir: os metais preciosos, os metais industriais, os cereais e os combustíveis.
Assim, todas as divisas nacionais se iriam referir a esse «cabaz». Um Dólar, um Yen, um Euro... etc, que fracção deste cabaz de matérias-primas poderia comprar?
Todas as moedas estariam automaticamente cotadas, umas em relação a outras, pois todas se posicionavam pela sua capacidade acquisitiva relativa ao cabaz.

Não haveria necessidade de divisa(s) de reserva ou de uma reserva de ouro (ou de outros valores tangíveis) na posse do Banco Central de cada país.
Aliás, não seria indispensável uma entidade complexa e pesada chamada «Banco Central»: a função histórica do Banco Central emerge com a economia mercantil do início do século XVIII, com as moedas de ouro, prata e outros metais em circulação a serem parcialmente sustituídas por títulos desse mesmo banco central. Logo nos primeiros tempos deste sistema, se verificaram fraudes monumentais, como a de John Law...


Muitos governos, pressionados por diversos fatores, são tentados a aumentar a impressão de moeda, tendo isso um efeito diluidor de seu valor nos mercados monetários, ou seja, cada unidade dessa moeda valendo menos. Ao recorrerem a este mecanismo, põem em risco a credibilidade da própria divisa, podendo mesmo acabar por desencadear hiperinflação. Uma tal inflação monetária não seria impossível de acontecer no novo sistema, porém seria muito menos provável, pois a excessiva presença dessa tal divisa causaria, como reflexo, a subida da cotação das matérias-primas nessa divisa. A descida da capacidade aquisitiva dessa moeda, referente ao cabaz, seria logo detectada.
Com este sistema, muito simples de implementar, cada nação teria fixado, ou estabilizado, o valor da sua respectiva divisa. Não haveria mais crises, desencadeadas por especuladores do tipo de George Soros que fez fortuna especulando contra a Libra esterlina, as moedas nacionais de vários países do Sudeste Asiático, o Rublo... Não haveria campo para especulação grande e pequena no FOREX e nos mercados de «derivativos».
Note-se que a flutuação cambial é - em grande parte - correlacionada com os movimentos especulativos dos capitais ao nível internacional. Essa especulação só retira valor, não tem nenhum efeito global positivo, é uma mera parasitagem do sistema financeiro e económico mundial.
Um sistema sem especulação sobre as divisas não seria perfeito: haveria outros domínios, tradicionais ou novos, em que os especuladores, provavelmente, iriam continuar a actuar.
Porém, como a economia real (produção e troca de bens e serviços) necessita que a moeda seja um instrumento credível, tudo o que reforce a estabilidade da moeda é favorável, em termos económicos. Pelo contrário, a existência dum ataque especulativo sobre dada moeda pode precipitar um colapso e causar desastres económicos como a hiperinflação, em que os mais pobres são as principais vítimas, etc.

Do ponto de vista sistémico, a mudança para uma referência geral das divisas nacionais perante um cabaz de matérias-primas, é uma mudança neutra: tanto pode funcionar num contexto global capitalista como noutro sistema, não-capitalista (chame-se ele como se entender).
O sistema que proponho, de amarrar todas as divisas nacionais a um cabaz de matérias-primas, teria certamente vantagens sobre o presente, ao eliminar as flutuações de divisas, da qual se aproveita a especulação.

domingo, 19 de fevereiro de 2017