terça-feira, 20 de maio de 2025

ESCOLHAS POÉTICAS: Fortuna [OBRAS DE MANUEL BANET]


FORTUNA


Poderia pôr a teus pés, Deusa gloriosa,

Cestas de fruta e flores odoríferas

Das mais exóticas espécies

Que seja possível alcançar.


E poderia declamar a teu ouvido

Versos em rimas obscuras, ofegantes

Sem outra lógica que a do sonhar


Mas tudo em vão seria, Fortuna

Tens ouvidos e cabeça de bronze

Teu gesto amplo ficou para sempre

Parado, na suspensa promessa...


Para lá da Tua casa, velejo em mar

Denso e fluido, no ocaso demente

Enfunando as velas em tributo

À sombra que traça o Sol.

Fortuna seja nome de barco

Destino humano sempre igual.

5 comentários:

Manuel Baptista disse...

Poesia anterior publicada neste blog tem sido recolhida em OPUS I, OPUS II e OPUS III, ver na coluna da direita deste blog em «PÁGINAS»

Maximiano Gonçalves disse...

Tão contidos, para mim,
São os teus versos. . .
Julgo que a muitos parecem efusivos,
Mas quem te procura saber
Que conheça a palavra que guardas
Para denunciar o sofrer.

afinal, te conhecer
que te leia

Maximiano Gonçalves disse...

Para o fim, o texto não é como escrevi. Leia-se assim:

Afinal, leia-te quem te queira conhecer.
(Mas nada do que agora aqui digo tem importância).
Abraço.

Manuel Baptista disse...

Como me compreendes bem, sabes interpretar os meus versos corretamente. Tens a intuição de poeta, porque também és poeta.

Manuel Baptista disse...

A mensagem anterior era para o meu querido Amigo Max Gonçalves.