FORTUNA
Poderia pôr a teus pés, Deusa gloriosa,
Cestas de fruta e flores odoríferas
Das mais exóticas espécies
Que seja possível alcançar.
E poderia declamar a teu ouvido
Versos em rimas obscuras, ofegantes
Sem outra lógica que a do sonhar
Mas tudo em vão seria, Fortuna
Tens ouvidos e cabeça de bronze
Teu gesto amplo ficou para sempre
Parado, na suspensa promessa...
Para lá da Tua casa, velejo em mar
Denso e fluido, no ocaso demente
Enfunando as velas em tributo
À sombra que traça o Sol.
Fortuna seja nome de barco
Destino humano sempre igual.
5 comentários:
Poesia anterior publicada neste blog tem sido recolhida em OPUS I, OPUS II e OPUS III, ver na coluna da direita deste blog em «PÁGINAS»
Tão contidos, para mim,
São os teus versos. . .
Julgo que a muitos parecem efusivos,
Mas quem te procura saber
Que conheça a palavra que guardas
Para denunciar o sofrer.
afinal, te conhecer
que te leia
Para o fim, o texto não é como escrevi. Leia-se assim:
Afinal, leia-te quem te queira conhecer.
(Mas nada do que agora aqui digo tem importância).
Abraço.
Como me compreendes bem, sabes interpretar os meus versos corretamente. Tens a intuição de poeta, porque também és poeta.
A mensagem anterior era para o meu querido Amigo Max Gonçalves.
Enviar um comentário