A série de assassinatos (ou tentativas de) a que vimos assistindo e continuaremos a assistir, são operações da CIA, do MI6 e doutros serviços da OTAN, que contratam «homens de mão» para atentados terroristas. Desde 07 de Outubro de 23 assistimos a um horrível massacre contínuo de população inocente às mãos do exército IDF de Israel, cometendo crimes de guerra. Mas, também há uma multiplicação de atos de terrorismo contra alvos especiais, pelo «Grande Hegemon».

terça-feira, 31 de maio de 2016

O que é uma «ESCOLA SEM MUROS»? MEDITAÇÃO PEDAGÓGICA - PROVOCAÇÃO REFLEXIVA

NB: este texto serviu de base à minha intervenção no Debate na sequência da Conferência «sobre o Conceito de uma Escola Sem Muros», realizada a 28-05-2016 na «Fábrica de Alternativas», Algés 

      

O meu ponto de partida para esta ideia, foi o constatar que estamos (quase) todos concentrados numa ideia de «escola», vista como uma espécie de fábrica de «futuros trabalhadores e cidadãos», coisa que correspondeu à era Taylorista e Fordista do século XX. 
Porém, a escola como aparelho ideológico do Estado (sem dúvida permanece assim, mesmo em escolas privadas ou cooperativas) é uma realidade que esmaga o indivíduo, que o marca a ferrete como sendo «escolarizado» (ou não), detentor de «diplomas (ou não), ou seja como explorável, como «útil-utensílio» na forma última de alienação no trabalho e pelo trabalho.
A questão do trabalho-mercadoria ultrapassa então a questão laboral; não poderia ficar assim «limitada» ao que se passa no local de trabalho: Como Marx viu e muito bem, a alienação do trabalhador implica que esteja completamente destituído de poder, escravo à mercê de uma máquina impiedosa que fabrica «lucro» antes de produzir bens e serviços... Pois o fim último da produção desses bens e serviços é o lucro.
O homem é portanto reduzido a uma «variável ajustável» às conveniências da «empresa», do capital. O capital é que rege o nosso ser e devir de nós todos, produtores/consumidores que somos. Apenas teremos uma hipótese de nos emanciparmos: a de nos apossarmos de nosso ser, nossa inteligência, vontade, querer e «coração», para construir (ou reconstruir) um mundo onde o humano esteja no centro.
O mundo social é um mundo sempre construído por nós, mas o nosso «input» nele é variável. Podemos ter o input de «formigas» OU SEJA, DE AGENTES ANÓNIMOS intercambiáveis, exploráveis, recicláveis ou deitados fora, como lixo... ou- em alternativa - sermos PROTAGONISTAS da nossa própria vida, da nossa construção interior, da nossa educação, dos laços diversos que constituem a teia única de cada ser no seio da sociedade.
Podemos fazer isso, sem necessidade de grandes teatros e proclamações, de grandes manifestos e marchas, que -muitas vezes- apenas são encenações do capital, ou seja, formas dele nos ludibriar e nos convencer de que sim, estamos a fazer algo por vontade própria, que estamos a mexer com algo, que estamos a ser «agentes ativos» de mudança. Mas, na realidade, continuamos num estado alienado, desapoderado. Isto é: temos todos os sintomas de zombies sociais…
A condição primeira para a libertação, emancipação e autonomia, enquanto indivíduos, grupos, comunidades e sociedades em geral, é de uma tomada de consciência social.
Por oposição à consciência individual que está centrada no ego, a consciência social parte da existência dum «sofrimento social». Face a este sofrimento, a atitude ativa é a de descobrir, debater, analisar, procurar soluções dessa disfunção social.
O debate proposto, sobre o conceito de uma Escola Sem Muros, é um contributo para essa procura de soluções.






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