A expressão «dust my broom» significa sair dum local, da sua morada, sem retorno...
Letra:
A expressão «dust my broom» significa sair dum local, da sua morada, sem retorno...
Letra:
Jacques Baud é um experiente analista, que esteve ao serviço da contraespionagem da Suíça. Ele está muito preocupado com a deriva bélica e «infantil» dos principais atores da política estrangeira dos EUA (o judeu, Secretário de Estado dos EUA por engano, Anthony Blinken) e dirigentes da UE (o odiado e desprezado Chanceler Olav Scholz ).
Tem uma visão das relações internacionais onde considera que as atitudes mostradas pelo Ocidente não tiveram um efeito positivo para o mesmo. Ele não tem especial simpatia pela a China comunista, mas considera que a questão de Taiwan está a ser empolada pelos EUA. Washington adotou uma estratégia completamente fora e em violação da legalidade internacional. Ele prevê, tal como aconteceu com as sanções contra a Rússia, que a política de sanções contra a China seja, afinal, incentivo para ela se modernizar ainda mais e para ser capaz de fabricar componentes que antes tinha de importar.
As sanções só são consideradas legais, se forem decretadas pelo Conselho de Segurança das Nações Unidas. Em todos os outros casos, são consideradas atos de guerra económica e de ingerência nos assuntos internos dos países sancionados. Nos últimos tempos, o «Ocidente» tem descartado completamente os instrumentos tradicionais da diplomacia, para exercer pressão através destas sanções.
Por isso, Jacques Baud considera que os EUA e a UE deixaram de ter qualquer capacidade de diálogo com potências rivais, para apenas exercerem pressão com sanções e mesmo ameaça ou efetivação de intervenção. O que resulta com países fracos, embora odioso, não resulta com grandes potências, que possuem armamento nuclear e têm a capacidade de viver sem comerciar com o Ocidente; casos tanto da Rússia, como da China.
[Nota: na entrevista abaixo, podeis ligar as legendas automáticas em inglês para melhor compreensão do diálogo]
Das muitas interpretações que se podem ouvir, escolhi estas.
Espero que vos deem vontade de aprender a letra e melodia de Anema e Core («Alma e Coração»)...
Stephanie Trick e Aldo Alderighi
ANEMA E CORESalve D’Esposito Tito Manlio 1950 | |
Nuje ca perdimmo ‘a pace e ‘o suonno, nun ce dicimmo maje pecché. Vocche ca vase nun ne vonno, nun so’ ‘sti vvocche oje né’. Pure, te chiammo e nun rispunne pe fá dispietto a me. | Noi che perdiamo la pace e il sonno, non ci diciamo mai perchè. Bocche che baci non ne vogliono, non sono queste bocche o cara. Eppure, ti chiamo e non rispondi per fare un dispetto a me. |
Tenímmoce accussí, ánema e core. Nun ce lassammo cchiù, manco pe ‘n’ora. ‘Stu desiderio ‘e te mme fa paura, campá cu te, sempe cu te, pe nun murí. Che ce dicimmo a fá parole amare, si ‘o bbene po’ campá cu ‘nu respiro? Si smanie pure tu pe chist’ammore, tenímmoce accussí, ánema e core. | Teniamoci così, anima e cuore. Non lasciamoci più, neanche per un’ora. Questo desiderio di te mi fa paura, vivere con te, sempre con te, per non morire. Che ci diciamo a fare parole amare Se il bene può vivere con un respiro? Se soffri anche tu per questo amore, teniamoci così, anima e cuore. |
Forse sarrá ca ‘o chianto è doce, forse sarrá ca bene fa. Quanno mme sento cchiù felice, nun è felicitá. Specie si ê vvote tu mme dice, distratta, ‘a veritá. | Forse sarà che il pianto è dolce, forse sarà che fa bene. Quando mi sento più felice, non è felicità. Specie se a volte tu mi dici, distratta, la verità. |
Tenímmoce accussí, ánema e core. ………………………………………… | Teniamoci così, anima e cuore. …………………………………… |
Nota prévia:
Este poema foi escrito na sequência do 11 de Setembro de 2001. Publiquei-o a 29 de Setembro desse mesmo ano. Não tinha ilusão sobre a política de abutres grandes e pequenos que iria desenrolar-se daí por diante. Infelizmente, para todos nós, a minha intuição estava correta!
Manuel Banet
(Murtal, Parede, a 02 de Maio de 2024)
Lobo: Sois a espécie maldita, que mete medo aos humanos. Porém, sois muito melhores que os humanos. Estais organizados em alcateias, que são sociedades que funcionam na proteção dos fracos, dos idosos. Um membro da alcateia tem sempre aí o seu lugar. As crias são cuidadas e nutridas em comum: Quando, por acidente, uma mãe de crias morre, logo se ativa a lactação noutra loba, até naquela que nunca tenha procriado: facto de cooperação, de solidariedade real, tangível.
Os idosos têm a proteção dos jovens. Nas marchas, eles estão sempre no meio, estando os mais potentes e mais fortes nas extremidades da coluna em movimento, onde a possibilidade de ataque é maior.
Os lobos conseguem manter-se sem comer durante cinco dias e ainda assim, correrem e cercarem uma presa com eficácia. Não contam senão com a sua força, perícia e sentido prático para se alimentarem. Caçam preferencialmente em grupo e repartem o produto da caçada, seguindo uma estrita ordem hierárquica. Mas, ninguém fica de fora. Os lobos atacam preferencialmente presas doentes, com feridas, ou idosas. Esta tática leva a que se apure naturalmente a capacidade da população de presas. Sem a pressão seletiva dos lobos, muitas presas estariam muito mais fracas, sujeitas a doenças, mesmo degenerando. Na realidade, os predadores e as presas experimentam coevolução.
As lendas dos ataques de lobos a rebanhos de ovelhas e outros animais, são realmente muito exageradas. Só se aproximam dos humanos (e dos cães-pastores) se estiverem num extremo de fome. Mas, o que acontece são os ataques por cães vadios, abandonados, que formam matilhas e atacam gado com muita frequência. Não têm as capacidades dos lobos para caçar presas selvagens. Os pastores dizem - falsamente - que o rebanho de ovelhas «foi atacado por lobos», porque assim têm direito a indemnização do Estado. Esta «proteção» do Estado acaba por causar mais mal do que bem.
Em princípio, os cães abandonados nunca deveriam existir: São animais incapazes de viver em independência total dos humanos. Foram os primeiros a serem domesticados, há mais de 15 mil anos: Isto significa que seus instintos foram sendo suprimidos ou atenuados pela domesticação. Pelo contrário, os lobos conservaram os instintos num grau elevado, enquanto capacidade para a caça. Esta função de caçadores tem sido desempenhada ao longo de eras, permitindo a sobrevivência dos indivíduos e das populações. Logo, o lobo conserva estas suas características muito apuradas: Desde o olfato, até às táticas de caçada em grupo, todas têm estado sujeitas a uma constante pressão de seleção.
Gostava que contassem histórias verdadeiras às crianças, pelas quais estas aprendessem a estimar e respeitar o nobre animal selvagem, dos poucos carnívoros de grande porte que ainda consegue viver em liberdade em certas zonas da Europa, em reservas ou nas partes mais despovoadas.
Tal como as águias e outras aves de rapina, os lobos estão no cume da pirâmide ecológica, em múltiplas zonas continentais. Sabemos que os animais, no topo dessa pirâmide, exercem o papel fundamental de regulação das populações que são suas presas. Se não houver predadores, as presas multiplicam-se desordenadamente e esgotam, em pouco tempo, os recursos vitais para elas próprias, podendo mesmo extinguir-se. Não faltam exemplos de tais catástrofes, em que a fauna e flora naturais ficam empobrecidas. Hoje em dia existe compreensão científica dos mecanismos implicados nos equilíbrios ecológicos.
Mas, existe porém uma espécie (a nossa) que não se conforma e destrói tudo, com demasiada frequência. O comportamento humano mais frequente tem sido de um depredador (destruição cega e brutal): Ele destrói indiscriminadamente, ao ponto de ficarem estéreis os solos, os recursos hídricos e, enfim, o conjunto de condições que permitem a conservação da biodiversidade. O que os humanos fazem é transformar de modo radical e irreversível o ambiente, para o colocar ao seu serviço, no curtíssimo prazo.
Só desde há alguns decénios, é que os equilíbrios delicados dos ecossistemas são tidos em conta, embora, quase sempre, de modo ainda muito parcial.