Porque razão os bancos centrais asiáticos estão a comprar toneladas de ouro? - Não é ouro em si mesmo que lhes importa neste momento, mas é a forma mais expedita de se livrarem de US dollars!!
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domingo, 5 de maio de 2024

FRACASSO COMPLETO DAS POLÍTICAS AMERICANA E EUROPEIA EM RELAÇÃO À CHINA

 Jacques Baud é um experiente analista, que esteve ao serviço da contraespionagem da Suíça. Ele está muito preocupado com a deriva bélica e «infantil» dos principais atores da política estrangeira dos EUA (o judeu, Secretário de Estado dos EUA por engano, Anthony Blinken) e dirigentes da UE (o odiado e desprezado Chanceler Olav Scholz ). 

Tem uma visão das relações internacionais onde considera que as atitudes mostradas pelo Ocidente não tiveram um efeito positivo para o mesmo. Ele não tem especial simpatia pela a China comunista, mas considera que a questão de Taiwan está a ser empolada pelos EUA. Washington adotou uma estratégia completamente fora e em violação da legalidade internacional. Ele prevê, tal como aconteceu com as sanções contra a Rússia, que a política de sanções contra a China seja, afinal, incentivo para ela se modernizar ainda mais e para ser capaz de fabricar componentes que antes tinha de importar.  

As sanções só são consideradas legais, se forem decretadas pelo Conselho de Segurança das Nações Unidas. Em todos os outros casos, são consideradas atos de guerra económica e de ingerência nos assuntos internos dos países sancionados. Nos últimos tempos, o «Ocidente» tem descartado completamente os instrumentos tradicionais da diplomacia, para exercer pressão através destas sanções. 

Por isso, Jacques Baud considera que os EUA e a UE deixaram de ter qualquer capacidade de diálogo com potências rivais, para apenas exercerem pressão com sanções e mesmo ameaça ou efetivação de intervenção.  O que resulta com países fracos, embora odioso, não resulta com grandes potências, que possuem armamento nuclear e têm a capacidade de viver sem comerciar com o Ocidente; casos tanto da Rússia, como  da China.

[Nota: na entrevista abaixo, podeis ligar as legendas automáticas em inglês para melhor compreensão do diálogo]




quinta-feira, 7 de março de 2024

AS RATAS SÃO AS PRIMEIRAS A ABANDONAR O NAVIO QUE ESTÁ A AFUNDAR-SE

 

  Victoria  Nuland distribuindo bolinhos e sandes aos manifestantes na pr. Maidan em Kiev, no Inverno de 2013

https://johnhelmer.net/nothing-in-nulands-life-became-her-like-the-leaving-of-it/#more-89522 


Analisando a súbita renúncia de Victoria Nuland ao cargo de Secretária Suplente para o Estrangeiro, compreende -se que ela não foi motivada pelas razões apresentadas em vários órgãos de imprensa corporativa. Segundo eles, tratava-se da sua deceção em continuar a ser preterida a favor de A. Blinken, no papel de Secretário de Estado (o equivalente nos EUA a ministro dos negócios estrangeiros na Europa). Mas, esta foi uma escolha de Biden, devida a uma longa amizade. Portanto, não é suscetível de haver mudança no final do mandato presidencial. 
Não, se Nuland se conformou com esta situação desde o princípio do governo de Biden, por que razão iria ela agora renunciar a um cargo que lhe permitia levar a sua política (como representante dos «neocons») ao âmago de várias questões políticas e estratégicas? 
Pensa John Helmer, no seu brilhante artigo, que se trata dela não querer estar associada à derrocada do regime de Kiev, que ela ajudou a instalar. Igualmente relevante, deve ser a sua russofobia patológica: assim não será forçada a negociar com a Rússia. Esta parece ser a tendência, agora, que a oligarquia imperial está a tentar fazer uma viragem na sua postura, que lhe permita limitar os estragos duma presidência desastrosa, como nunca antes, na História dos EUA. 
Além disso, tornou-se claro, até para os mais encarniçados inimigos de Trump, que este irá ganhar as eleições e que não haverá lugares para os neoconservadores. Ora, Victoria Nuland é, sem dúvida, a chefe de fila dos neocons.



Se a sua saída corresponde ao proverbial abandono pelas ratazanas do navio que se afunda, então devemos em breve assistir à corrida para a saída, às demissões no governo e administração, da parte de personagens de maior ou menor relevo na Administração Biden. 
Veremos...