A Sinfonia nº3 em Si bemol Maior Op. 55, a famosa Eróica, foi estreada em Viena a 7 de Abril de 1805, sob a direção do compositor. Foi um momento de viragem de primeira importância dentro da história da música, não apenas da vida pessoal de Beethoven.
A história da dedicatória da obra, já é em si mesma, uma HISTÓRIA LENDÁRIA, SIMBÓLICA. Beethoven inicialmente dedicou a sinfonia a Bonaparte, mas quando este tomou a coroa imperial, deitando por terra as esperanças democráticas do compositor, este decidiu substituir a dedicatória incial por algo não explícito, «em memória de um grande homem».
A escolha do termo «eróica» não aponta para uma inovação fundamental. Porém, hoje em dia, se esta sinfonia é celebrada, deve-se sobretudo ao sentido «heróico» do próprio compositor, refletido dos vigorosos ritmos e na intensa originalidade da orquestração.
Sem dúvida, tornou-se ela um «clássico»; porém, na sua época, esta sinfonia foi vista como uma coisa horrível, intragável, pela crítica contemporânea.
Foi, bem vistas as coisas, uma revolução na música, no sentido de que, desde então, começou-se a compor para a posteridade e não apenas para o instante.
Abaixo, um link para um excelente filme sobre Beethoven e a Eroica:
Na Fábrica de Alternativas (Algés), perante uma pequena assembleia, realizou-se, na noite de quarta-feira passada (dia 18 de Janeiro de 2017), uma estreia.
Refiro-me à estreia dos «cafés
literários», uma actividade com periodicidade mensal, na Fábrica de Alternativas. O conceito e realização deste evento estiveram a cargo do grupo redactorial dos «Cadernos Selvagens».
Foram nossos convidados especiais os amigos poetas Fernando
Pessoa, Alberto Caeiro, Álvaro de Campos e Ricardo dos Reis e também o tradutor e prefaciador da obra de Alberto Caeiro, Thomas Crosse.
Realmente, de tudo um pouco se falou, embora sobretudo das
relações da poesia com a filosofia.
Também se falou de «materialismo», «deísmo»,
«paganismo», mas não como meros «clichés», que se costumam substituir a qualidade tão
rara de reflexão.
Alvaro de Campos e Ricardo Reis tiveram ocasião de aprofundar para a assistência as idiossincrasias, nem sempre evidentes, da filosofia, estilo e poética do seu mestre comum, Alberto Caeiro.
O próprio Mestre Caeiro também nos presenteou com reflexões fortes, quando entrevistado em directo por Pessoa, seu admirador e compilador.
MÉNILMONTANT Ménilmontant mais oui madame C'est là que j'ai laissé mon cœur C'est là que je viens retrouver mon âme Toute ma flamme Tout mon bonheur...
O estúpido incidente na Bretanha, enquanto Manuel Valls fazia uma ação de campanha, pode ser considerado um caso menor mas revela o estado de espírito dos franceses. Com efeito, juntaram-se logo dois grupos; um que pretende salvaguardar o jovem de extrema-direita de consequências penais do seu gesto, outro que - pelo contrário - exige que justiça seja feita e que ele seja severamente punido pela agressão.
A esquerda francesa nunca esteve tão fraca como agora.
O descontentamento entre as pessoas humildes, que deveriam teoricamente constituir o eleitorado natural da esquerda, é enorme.
O que este incidente violento e estúpido revela é que , nas eleições, vai predominar o elemento passional, vai haver muita gente que vai votar Marine LePen, pois estão fartos do establishment.
Manning é o corajoso soldado que desvendou as práticas criminosas de guerra do exército USA no Iraque. Foi condenada a 35 anos de prisão. Durante o processo está provado ter sofrido tortura (o confinamento prolongado em isolamento é considerado tortura pela ONU) e posteriormente sujeita condições péssimas, na origem das suas duas tentativas de suicídio, na prisão.
Muito contribuíu a campanha internacional pedindo a sua imediata libertação, assim como Julius Assange ter prometido que - caso Obama indultasse Manning - ele próprio se entregaria e aceitaria ser sujeito a processo nos EUA.
A sua postura é nobre e corajosa, pois implica a possibilidade dele ser condenado a longos anos de prisão (na prática, para a vida inteira).
Os advogados de Assange vão apelar para o presidente Trump, para ele encerrar o caso contra o seu constituinte.
Não esqueçamos que um recente inquérito nos EUA mostra que as informações de Wikileaks são consideradas como merecendo 87% de confiança contra 13% da CIA e outros serviços de segurança dos EUA.
Com a presente declaração de princípios, entendemos estabelecer e dar a conhecer a nossa base de entendimento e acordo, com vista a uma eficaz busca de caminhos para a paz.
Consideramos que todas as pessoas são bem-vindas, dentro do espírito dos princípios abaixo delineados, cabendo naturalmente entre nós várias escolhas pessoais ao nível das ideologias, dos credos religiosos e das diversas opções noutros domínios.
Embora sejamos independentes de quaisquer filiações partidárias, religiosas ou outras, estamos abertos a partilhar com outros, dentro de um espírito de tolerância e de reciprocidade, de ações futuras para fazer avançar a causa geral de paz e não-violência.
Os pontos seguintes são considerados princípios gerais, que devem enformar a construção do nosso movimento e nortear a sua prática, desde o primeiro momento.
- por uma cultura de paz, através da educação.
- pelo desenvolvimento sustentável nos planos económico e social.
- pelo respeito de todos os direitos humanos.
- pelo respeito dos direitos dos animais e pela proteção e preservação do ambiente.
- pela igualdade entre seres humanos independentemente da etnia, credo, género, orientação sexual e situação económica.
- pela promoção da democracia.
- pela expressão livre e participada das informações e conhecimentos.
- pelas medidas que promovam a paz e a segurança internacionais.
Os oito pontos gerais acima são todos, conjunta e mutuamente, solidários. Seu conteúdo preciso será desenvolvido e explicitado, quer nos documentos, quer nas práticas que iremos desenvolver.
Estamos em solidariedade com outros grupos e individualidades, quer a nível nacional quer internacional, que desenvolvam trabalho concreto e convergente com o nosso.
Como a sua voz permanece jovem, como a sua música soa familiar aos nossos ouvidos, até se compreende a surpresa de se cumprir um centenário do nascimento da mais versátil cantora de jazz...
O filme de 1960 «Let no man write my epitaph» foi um enorme flop. Porém, são (continuam a ser...) enormes sucessos, as canções que Ella Fitzgerald cantou para este filme.
Ouça-se, especialmente, nos momentos de intimidade (Intimate Ella):
«I cried for you, now it is your turn to cry over me...»