Na Fábrica de Alternativas (Algés), perante uma pequena assembleia, realizou-se, na noite de quarta-feira passada (dia 18 de Janeiro de 2017), uma estreia.
Refiro-me à estreia dos «cafés
literários», uma actividade com periodicidade mensal, na Fábrica de Alternativas. O conceito e realização deste evento estiveram a cargo do grupo redactorial dos «Cadernos Selvagens».
Foram nossos convidados especiais os amigos poetas Fernando
Pessoa, Alberto Caeiro, Álvaro de Campos e Ricardo dos Reis e também o tradutor e prefaciador da obra de Alberto Caeiro, Thomas Crosse.
Realmente, de tudo um pouco se falou, embora sobretudo das
relações da poesia com a filosofia.
Também se falou de «materialismo», «deísmo»,
«paganismo», mas não como meros «clichés», que se costumam substituir a qualidade tão
rara de reflexão.
Alvaro de Campos e Ricardo Reis tiveram ocasião de aprofundar para a assistência as idiossincrasias, nem sempre evidentes, da filosofia, estilo e poética do seu mestre comum, Alberto Caeiro.
O próprio Mestre Caeiro também nos presenteou com reflexões fortes, quando entrevistado em directo por Pessoa, seu admirador e compilador.
Um momento alto do serão foi a leitura por Alberto Caeiro, do seu poema a «A Espantosa Realidade das Cousas».
Gostava de deixar aqui o meu sincero obrigado a todas as
almas que participaram nesta sessão.
Graças a todas as pessoas presentes, a estreia da série dos Cafés Literários da Fábrica de Alternativas, abriu com verdadeira «Chave d’ouro»!
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