Análise aprofundada, numa perspectiva marxista, do processo inicial e da expansão da globalização capitalista e relação com a política dos Estados imperialistas.
(existe, em baixo do vídeo, a transcrição da entrevista)
PS: Consultar as CRÓNICAS DA IIIª GUERRA MUNDIAL neste blog.
Apesar de eu não concordar com alguns aspectos desta análise, fortemente influenciada por certas correntes do marxismo, tenho que reconhecer a convergência na análise, até certo ponto. As minhas divergências prendem-se com a caraterização como «imperialistas», das ações defensivas face ao imperialismo dos EUA e seus aliados. Tanto a China como a Rússia, têm de fazer face, nestes últimos anos, a uma investida brutal, permanente e coordenada.
Um país tem o direito, conferido pela lei internacional, pela ONU, de defender-se de forma preemptiva, face a ameaça iminente de potências estrangeiras (neste caso: aliança da OTAN e aliança Japão-Coreia do Sul -Filipinas- Austrália, sob liderança dos EUA).
No passado, tanto a Rússia como a China, foram impérios. Hoje em dia, estão a crescer em muitos aspectos: Económicos, comerciais, militares, etc. Sua influência é contrariada pelas provocações constantes, junto às suas fronteiras e pelas ameaças pelo imperialismo (super-imperialismo) dos EUA. Estes imperialistas armam grupos terroristas e incitam países limitrofes a hostilizar e mesmo a desencadear provocações
Instigada pelo «Ocidente», a junta «banderista» ucraniana dedicou-se, desde o golpe de Estado de Maidan, em 2014, à repressão violenta da população russófona, que constitui cerca de um terço da Ucrânia: Um país com grande heterogeneidade étnica, pois resultou de «pedaços» do Império Austro-Húngaro, da Polónia, da Rússia, da Hungria.
No caso da China, a província chinesa do Xinquian, com maioria da população de religião muçulmana, tem sido objeto de desestabilização por ataques terroristas de grupos separatistas uigures, que são étnicamente turqueménios da Ásia Central.
A China tem uma política de integração da minoria uigur, enquanto tem lutado contra os separatistas, financiados e apoiados pelos EUA. Estes grupos mantêm laços estreitos com grupos terroristas islamitas radicais, como Al Quaida e suas dissidências, como se pode verificar na Síria. Os islamitas radicais uigures têm uma longa história de participação na guerra da Síria, ao lado de grupos salafistas. Esta guerra cruel contra o povo sírio foi levada a cabo com participação direta dos EUA, dos Turcos e de Israel, com o apoio ao nível da informação e espionagem, dos britânicos e franceses.
Não podemos esquecer o facto de que houve uma tentativa de «revolução colorida» em Hong Kong, com o apoio dos imperialistas americanos e britânicos (ex-poder colonial). Um fiasco que se saldou pelo endurecimento da situação interna em Hong Kong. Quanto à questão de Taiwan, o Pentágono, os políticos do Capitólio e Casa Branca, têm apoiado o partido independentista no poder; mas, a maioria do povo americano não quer guerra com a China, segundo sondagens recentes. Os líderes imperialistas ocidentais querem fazer guerra à China através de «proxi», tal como fizeram na Ucrânia, em relação à Rússia.
Estes são factos, não são especulações. Tenho relatado muitos destes factos através das «Crónicas da IIIª Guerra Mundial*».
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