Muitas pessoas aceitam a situação de massacres de populações indefesas em Gaza e noutras paragens, porque foram condicionadas durante muito tempo a verem certos povos como "inimigos". Porém, as pessoas de qualquer povo estão sobretudo preocupadas com os seus afazeres quotidianos e , salvo tenham sido também sujeitas a campanhas de ódio pelos seus governos, não nutrem antagonismo por outro povo. Na verdade, os inimigos são as elites governantes e as detentoras das maiores riquezas de qualquer país. São elas que instigam os sentimentos de ódio através da média que controlam.

sábado, 30 de novembro de 2019

«CHOROS» DE ERNESTO NAZARETH E ZEQUINHA DE ABREU

Continuo a aprofundar o meu contacto e conhecimento da música latino-americana, em particular, brasileira. 
Aqui, dois nomes essenciais, que inspiraram gerações de músicos, Ernesto Nazareth e Zequinha de Abreu: do primeiro, o choro-tango «Odeon» interpretado no cravo por Rosana Lanzelotte (*) e o segundo, o celebérrimo «Tico-tico no Fubá» ao piano, por João Tavares Filho.

  




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Nazareth e Chiquinha Gonzaga criaram as primeiras composições que firmaram o choro como género musical com características próprias, além de formar a primeira geração de “pianeiros” cuja obra resistiu ao tempo e ajudou a constituir o que se conhece hoje como “piano brasileiro”.
A partir da década de 30, impulsionado pelo rádio e pelo investimento das gravadoras de disco, o choro torna-se sucesso nacional. Uma nova geração de chorões organizou-se em conjuntos chamados regionais e introduziu a percussão nas composições. Nos anos seguintes, surgiram vários músicos, como Canhoto, Altamiro Carrilho, Jacó do Bandolim, Valdir Azevedo, Nelson Cavaquinho e Pixinguinha, entre outros (a data de nascimento de Pixinguinha, 23 de Abril, é assinalada como o Dia Nacional do Choro). No piano, os grandes nomes da época foram o pianeiro e compositor carioca Sinhô e Zequinha de Abreu, autor de “Tico-Tico no Fubá” e “Sururu na Cidade”.
O choro, carinhosamente chamado de chorinho, teve seus elementos musicais característicos explorados por inúmeros compositores, como Villa-Lobos, Francisco Mignone, Osvaldo Lacerda e Camargo Guarnieri, para citar alguns. Entre os nomes mais recentes que se dedicaram ao gênero estão Radamés Gnattali, Cyro Pereira, Edmundo Villani Cortes e o pianista Hercules Gomes, grande divulgador do estilo atualmente.

(*) Aprecia esta versão de Baden Powell:
https://www.youtube.com/watch?v=GsieDkg2vPE


1 comentário:

Manuel Baptista disse...

«Odeon» no piano, com partitura: https://www.youtube.com/watch?v=m0VpuQ5GrXo