ARTIGO DE OPINIÃO DE ANTÓNIO PEREIRA
(RETIRADO DE https://ogmfp.wordpress.com/ )
Um
considerável contingente militar europeu tem vindo a ser concentrado nos
últimos anos no Mali. Este enorme país africano, sem saída para o mar, faz
fronteira com sete países vizinhos e tem uma posição geoestratégica
privilegiada no acesso ao deserto do Sahara, uma das principais rotas migratórias da África
subsariana e possui também importantes jazidas de ouro e urânio. Ultimamente
vieram a público notícias sobre as intenções da União Europeia de reforçar
ainda mais, o seu já enorme contingente militar na região.
Os britânicos anunciaram pela
voz da primeira-ministra Teresa May que vão reforçar e prolongar a sua missão
no território com novos meios aéreos. Os britânicos têm apoiado, desde 2014, os
franceses nas operações militares Barkhane e Aconit.
A França, antiga potência colonial, mantêm desde esta altura cerca de 3000
militares estacionados em N’Djamena, a capital do vizinho Chade e
importantes meios militares na sua principal base em Gao,
no centro do Mali. Os alemães além
de estarem presentes no Mali inauguraram recentemente uma base militar no Niger.
Aos enormes
contingentes já presentes no terreno, vêm agora juntar-se ainda mais militares
da Estónia, da Dinamarca, da Irlanda e
até de Portugal.
Aparentemente estas operações militares estão em preparação há já algum tempo.
Importa recordar que a União Europeia tinha já anunciado em 2018 a intenção de
gastar 10.5
milhões de euros em equipamento militar e armas nesta região, que se
somam aos 50
milhões de euros anunciados em 2017.
É caso para perguntar: o que se esconde por detrás desta guerra, que se vai intensificar a curto
prazo? Até porque para combater grupos terroristas não são necessários meios
desta envergadura.
António Pereira
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