A IIIª Guerra Mundial tem sido, desde o início, guerra híbrida e assimétrica, com componentes económicas, de subversão, desestabilização e lavagens ao cérebro, além das operações propriamente militares. Este cenário era bem visível, desde a guerra na Síria para derrubar Assad, ou mesmo, antes disso.
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domingo, 1 de julho de 2018

C'EST SI BON...


Não tenham sempre um ar muito sério! Assim, como é que se pode usufruir das coisas boas da vida???

«C'est Si Bon» versão dos «Jolie Môme», na tradição de Django Reinhardt, uma canção que começou por fazer um sucesso enorme na voz de Yves Montand e cuja versão em inglês foi outro sucesso na voz de Louis Armstrong...


sábado, 7 de abril de 2018

JAZZ VOCAL E INSTRUMENTAL: «I'm gonna sit right down...»

Duas versões de um sucesso de Fats Waller: uma vocal, pela imortal Sarah Vaughan, outra ao estilo do ragtime, em voga nos anos 20 e 30 do século passado, na interpretação brilhante de Stephanie Trick.

São duas versões tão belas, uma como a outra, pelo que não faz sentido hierarquizar. 

I'm gonna sit right down and write myself a letter,
And make believe it came from you.
I'm gonna write words oh, so sweet
They're gonna knock me off of my feet,
A lot of kisses on the bottom, I'll be glad i got 'em.
And close with love, the way you do.

I'm gonna smile and say, "i hope you're feeling better,"

And make believe it came from you.



quarta-feira, 7 de março de 2018

SOLITUDE - CHANTAL CHAMBERLAND & SARAH VAUGHAN


Um standard do jazz de autoria de Duke Ellington 


In my solitude
You haunt me
With reveries
Of days gone by


In my solitude
You taunt me
With memories
That never die

I sit in my chair
I'm filled with despair
There's no one could be so sad
With gloom everywhere
I sit and I stare
I know that I'll soon go mad

In my solitude
I'm praying
Dear Lord above
Send back my love




  



terça-feira, 23 de janeiro de 2018

COLE PORTER: «ANYTHING GOES» + CARLOS BOTELHO: «BROADWAY»



«Anything Goes» do musical do mesmo nome, numa interpretação pelo compositor, Cole Porter



Cole Porter era compositor de muitos musicais da Broadway em 1939, quando Carlos Botelho pintou a tela a óleo abaixo. Muitas canções de Porter tornaram-se «standards» de jazz, sendo parte do reportório de inúmeros artistas interpretes, nessa altura e nas décadas seguintes. 


                                                Carlos Botelho Broadway - Nova Iorque 

terça-feira, 19 de dezembro de 2017

LOUIS ARMSTRONG EM BERLIM-LESTE, 1965


Se queres ver a vida a sorrir, é fácil! Vê e ouve o imortal Satchmo, neste excelente vídeo musical, ao vivo em Berlim- Leste


 Louis Armstrong, Tyree Glenn, Eddie Shu, Billy Kyle, Arvell Shaw, Jewel Brown and Danny Barcelona, live at the East Berlin Friedrichsstadt Palast, March 22, 1965.
First set: When It's Sleepy Time Down South Indiana Black and Blue Tiger Rag When I Grow Too Old to Dream Hello, Dolly Memories of You Lover Come Back to Me Can't Help Lovin' Dat Man When The Saints Go Marchin' In Second Set: Struttin' with Some Barbecue The Faithful Hussar Royal Garden Blues Blueberry hIll Without a Song How High the Moon Mack the KNife Stompin' at the Savoy I Left My Heart in San Francisco My Man Mop Mop When It's Sleepy Time Down South Hello, Dolly

terça-feira, 19 de setembro de 2017

KURT WEIL, DUAS CANÇÕES

O  SEU AO SEU AUTOR

Esta publicação tem a ver com a minha longa paixão pela poesia posta em música e pela música que não se deixa encerrar em categorias convencionais. É a minha modesta homenagem a Kurt Weil.

SPEAK LOW - UTE LEMPER


As raízes do jazz são múltiplas, assim como a nossa civilização «ocidental» (mas tão bem representada no Oriente!). 
A música popular de qualidade vai construindo a sua  tradição, por selecção e eliminação das escórias. Só nos parece efémera porque nós estamos mergulhados no instante.
Mas existe uma fusão entre a música popular e a «erudita» em alguns poucos compositores, entre os quais K. Weil.
                                           
                                          SEPTEMBER SONG - SARAH VAUGHAN

                                     

sábado, 5 de agosto de 2017

MAKE BELIEVE...[+ BIOGRAFIA DE JOSEPHINE BAKER]


«Make Believe»
Music by Jerome Kern
Lyrics by Oscar Hammerstein II
                            


SONG LYRICS:

Only make believe I love you
Only make believe that you love me
Others find peace of mind in pretending
Couldn't you? Couldn't I? Couldn't we?

Make believe, our lips are blending
In a phantom kiss or two or three
Might as well, make believe I love you
For to tell the truth, I do.

The game of just supposing
Is the sweetest game I know
Our dreams are more romantic
Than the world we see.

And if the things we dream about
Don't happen to be so
That's just an unimportant technicality.

You and I have never met
We need not mind convention's P's and Q’s.

If we put our thoughts in practice
We can banish all regret
Imagining most anything we choose.



Joséphine Baker (1906-1975), por nascimento Freda Josephine McDonald, foi uma cantora, dançarina, actriz, estrela de revista e resistente francesa.

Foi a primeira vedeta negra. Começou a ficar famosa em Paris, em 1925 dançando semi-nua, na «Revue nègre». 




Avec
Un tout petit, petit rien de rien
Les femmes
Obtiennent tout ce qui leur convient
C'est formidable!
Avec
Leurs tout petits, petits, petits moyens
Elles savent
Troubler le sexe masculin
Mine de rien
Elles attrapent même les plus adroits
Croyez-moi
Avec
Leur tout petit je-ne-sais-quoi
Qu'elles viennent de Rome ou de Brooklyn
Ou même de Copenhague
Qu'elles veuillent une paire de ballerines
Ou même une simple bague
Un peu de charme, un peu de larmes
Et l'affaire est dans l' sac
Avec
Un tout petit, petit rien de rien
Les femmes
Obtiennent tout ce qui leur convient
N'est-ce pas, Mesdames?
Avec
Leurs tout petits, petits, petits moyens
Elles savent
Troubler le sexe masculin
Mine de rien
{x2:}
Elles attrapent même les plus adroits
Ho ho ho... Croyez-moi
Avec
Leur tout petit je-ne-sais-quoi


Adoptou a nacionalidade francesa em 1937 e desempenhou um papel importante, durante a II Guerra Mundial, na resistência. 




Utilizará depois sua enorme popularidade para lutar contra o racismo e pela emancipação dos Negros.


Vejam o documentário abaixo; «A Primeira Super-Estrela Negra»:







segunda-feira, 31 de julho de 2017

SARAH VAUGHAN: THE SHADOW OF YOUR SMILE

Esta canção de amor extraída do filme «The Sandpiper» de 1965, com Liz Taylor e Richard Burton, tornou-se muito famosa e foi cantada por inúmeros intérpretes. 

The shadow of your smile When you have gone Will color all my dreams And light the dawn Look into my eyes my love and see All the lovely things you are to me Our wistful little star It was far, too high A teardrop kissed your lips And so did I Now when I remember spring All the joys that love can bring I will be remembering The shadow of your smile

                                        


Aqui, mais um exemplo da portentosa voz de Sarah Vaughan, da sua sensibilidade artística e bom gosto, que tornam qualquer melodia ou canção por ela  interpretada, algo muito pessoal... 
No final desta gravação, extraída de um documentário, ouve-se também 
comentar que Sarah fumava, bebia, etc. e não se importava de afirmá-lo. 


domingo, 23 de julho de 2017

A VERSÃO ORIGINAL É (QUASE) SEMPRE A MELHOR




O single mais famoso de Julie London, "Cry Me a River", tornou-se um sucesso de um milhão de vendas, logo após a sua publicação em Dezembro de 1955. 
London cantou esta canção no filme «The Girl Can't Help It» (1956). 
Foi retomada por inúmeras cantoras e cantores de jazz e pop, ao longo de mais de sessenta anos, tais como Shirley Bassey, Barbra Streisand, etc. 
Curiosamente, a canção - escrita em 1953 - foi inicialmente composta para ser cantada por Ella Fitzgerald, no filme sobre os anos 20 «Pete Kelly's Blues», mas acabou por não ser incluída.

Dinah Washington, no vídeo abaixo,  interpreta a canção  com uma intensidade que põe em relevo suas qualidades expressivas. 











Now you say you're lonely
You cried the long night through
Well, you can cry me a river
Cry me a river
I cried a river over you
Now you say you're sorry
For being so untrue
Well, you can cry me a river
Cry me a river
I cried a river over you
You drove me,
Nearly drove me out of my head
While you never shed a tear
Remember?
I remember all that you said
Told me love was to plebeian
Told me you were through with me
Now you say you love me
Well, just to prove you do
Cry me a river
Cry me a river
I cried over you
You drove me
Nearly drove me out of my head
While you never shed a tear
Remember?
I remember all that you said
Told me love was to plebeian
Told me you were through with me...
And now you say you love me
Well, just to prove that you do...
Come on! Come on!
Cry me a river...
Cry me a river...
I cried a river over you
I cried a river over you...



sábado, 8 de julho de 2017

Sarah Vaughan / Charlie Parker - All the Things You Are

Jerome Kern e Oscar Hammerstein II compuseram e uma pleiade de interpretes deram vida a este clássico do jazz.

Aqui deixo duas interpretações; são - para mim - modelos! São perfeitas em si mesmas!



You are the promised kiss of springtime
That makes the lonely winter seem long
You are the breathless hush of evening
That trembles on the brink of a lovely song
You are the angel glow that lights a star
The dearest things I know are what you are
Some day my happy arms will hold you
And some day I'll know that moment divine
When all the things you are, are mine



sexta-feira, 7 de julho de 2017

ERROLL GARNER - THEY CAN'T TAKE THAT AWAY FROM ME


There are many many crazy things
That will keep me loving you
And with your permission
May I list a few
The way you wear your hat
The way you sip your tea
The memory of all that
No, no they can't take that away from me
The way your smile just beams
The way you sing off key
The way you haunt my dreams
No, no they can't take that away from me
We may never never meet again, on that bumpy road to love
Still I'll always, always keep the memory of
The way you hold your knife
The way we danced until three
The way you changed my life
No, no they can't take that away from me
No, they can't take that away from me
Written by Ira Gershwin, George Gershwin 

Esta célebre canção dos anos 30, composta por Ira e George Gershwin, foi interpretada por quase todas as celebridades do jazz, como Billie Holiday, Frank Sinatra ou Ella Fitzgerald

Também estrelas do jazz instrumental - como Art Tatum e outros - nela se inspiraram para executarem originais improvisos.

Mas, ao fim e ao cabo, a versão que gosto de ouvir repetidas vezes é esta, a de Erroll Garner.


segunda-feira, 26 de junho de 2017

[NO PAÍS DOS SONHOS] FOOLS RUSH IN - SINATRA & DORSEY - 1940


De novo, estava neste baile, tentando ver, entre o nevoeiro de fumo, onde se encontrava a moça com quem tinha já dançado, mas que me escapou, no torvelinho dos corpos suados...
Os pares evoluíam pela pista, um soalho de madeira gasta, envolvidos numa atmosfera irreal. Uns tímidos, outros apaixonados, sem nunca perder a compostura, dançavam enlaçados os slows e os swings. 
A orquestra, do cimo do palco, dominava tudo. Punha essa gente toda a rodar, a voltear, e revoltear, sem quebra de ritmo. Eram marionetas de tamanho natural, puxadas por invisíveis cordas, deslizando na pista sem nunca se cansarem. 
Assim que ela me viu, esboçou um sorriso encorajador; compreendi que me concedia a próxima dança. Um pouco de conversa, uns passos de dança, um convite para tomar um refresco no bufete, era o máximo que podia esperar. Talvez houvesse um encontro posterior... Mas, haveria mesmo?

Muitos anos depois, encontrei-a de novo. Não, não estava envelhecida... mas era como saída de sonho sonhado há séculos.
Agora... nem sei se continuo a sonhar, ou se estou acordado, saído duma longa hibernação...




Fools rush in
Where angels fear to tread
And so I come to you my love
My heart above my head

Though I see
The danger there
If there's a chance for me
Then I don't care

Fools rush in
Where wise men never go
But wise men never fall in love
So how are they to know

When we met
I felt my life begin
So open up your heart and let
This fool rush in

                                               (letra de Johnny Mercer e música de Rube Bloom)



quinta-feira, 18 de maio de 2017

BENNY GOODMAN E O SWING DOS ANOS TRINTA


 (clicar nas legendas para explicações sobre estas canções)

                                          

                                                Smoke Gets in your eyes



                                                          KING PORTER STOMP 


                                                      THIS FOOLISH THINGS



                                                 

                                                             St. Louis Blues



                                      Why Don't You Do Right

segunda-feira, 16 de janeiro de 2017

MEU CENTENÁRIO PREFERIDO para 2017

Como? Não sabeis que a grande Ella nasceu há 100 anos, a 25 de Abril de 1917 ?! 
Como a sua voz permanece jovem, como a sua música soa familiar aos nossos ouvidos, até se compreende a surpresa de se cumprir um centenário do nascimento da mais versátil cantora de jazz...
             
O filme de 1960  «Let no man write my epitaph» foi um enorme flop.  Porém, são (continuam a ser...) enormes sucessos, as canções que Ella Fitzgerald cantou para este filme. 

Ouça-se, especialmente, nos momentos de intimidade (Intimate Ella):
           «I cried for you, now it is your turn to cry over me...»





Estranhos caminhos os da criação artística!


domingo, 4 de dezembro de 2016

«YOU GO TO MY HEAD» & «EVERY TIME WE SAY GOODBYE»





Uma paixão é um vinho que sobe à cabeça...
A minha paixão jazzística deve muito ao encanto de vozes como as de Ella Fiztgerald, Julie London...


                                 


segunda-feira, 31 de outubro de 2016

NÃO É NECESSARIAMENTE ASSIM...


O que podem uma cantora impar e um igualmente grande do jazz, interpretando uma obra imortal de Gershwin? 

- Oiçam a resposta, aqui:




Para se perceber melhor a transformação operada pela criatividade dos músicos de jazz, oiçam agora a primeira gravação em disco (de 78 rpm) com excertos da famosa ópera «Porgy and Bess».
«It ain't necessarely so..» pode ouvir-se a partir de 18:35 


                                    




segunda-feira, 1 de agosto de 2016

[NO PAÍS DOS SONHOS] «OUVINDO ERROL GARNER, A CAMINHAR NAS ESTRELAS»



Acordo, ainda e mais uma vez de noite…
Estou a vogar num oceano de música, sem rumo. A brisa vem-me acariciar as faces e sei que tudo isto é impossível - mas aconteceu.

Pois é verdade que os sons me transportam para os ambientes mais esquisitos, arrastado por movimentos dos ares, onde se encontram as estranhas e envolventes figuras etéreas que nos tomam e nos fazem viajar até às galáxias mais distantes.

Estou mesmo acordado no sonho, agora.
Observo o estranho destino do saltimbanco que atravessou a rua e nunca mais voltou… e que se lembrou de abordar a vida pelo reverso, pela noite- mistério, pela poesia.
Gostou de ter ido parar à outra margem: «Nunca mais irei voltar», declarou, convicto … «Sim, apenas pelo grito, pelo sabor do instante e do beijo muito apertado … O rio também corre aqui, deste lado.»


Dormi com uma estrela, das que cintilam no céu, das que nunca alcançaremos… ela é a minha vida verdadeira… Passo o dia a suspirar pelos seus braços.