A palavra ciciada ao ouvido do amor nascente
A palavra gutural num soluço de ódio demente
A palavra altaneira, de vazio cheia como vento
A palavra medida, calculando pelo sustento
A palavra jocosa, saída de lábio sorridente
A palavra erudita, que revela o ignorante
A palavra bolsada com raiva e desespero
A palavra mão estendida em franca amizade
A palavra cozinhada com subtil tempero
A palavra esquecida em provecta idade
As palavras são tão diversas como as gentes
Traiçoeiras ou puras, radiosas ou cinzentas
Quem só sabe palavras, de vida pouco sabe
Viver, não é lição escolar que se aprenda
1 comentário:
Atualizada a página de recolha de poemas escritos aqui, neste blog:
https://manuelbaneteleproprio.blogspot.com/p/poesias-de-manuel-banet-desde-2022.html
Enviar um comentário