A IIIª Guerra Mundial tem sido, desde o início, guerra híbrida e assimétrica, com componentes económicas, de subversão, desestabilização e lavagens ao cérebro, além das operações propriamente militares. Este cenário era bem visível, desde a guerra na Síria para derrubar Assad, ou mesmo, antes disso.

domingo, 16 de outubro de 2022

RESERVAS DE GÁS DA UE? NÃO SE ILUDAM

 Numa guerra de propaganda, que invade não só as redes sociais, como (sobretudo) os «respeitáveis» órgãos da media «mainstream», não esperem que notícias como esta e os factos aqui relatados, sejam largamente difundidos. Mas, o seu conhecimento antecipado pode significar muito ao nível individual ou das famílias, ou seja, saber-se quais as medidas adequadas a tomar. De igual importância, são as medidas que os industriais poderão adotar, em previsão dos cortes drásticos de energia (quer energia elétrica, quer gás natural). 

As pessoas estão a ser iludidas por um écran de propaganda, que tem origem nas declarações de diversos membros do governo, de membros da comissão europeia e de outros com cargos oficiais, por um lado e pela media, por outro. 



  Uma das primeiras mentiras é dar a impressão de que o LNG poderá facilmente substituir o gás via gasodutos,  necessário para o aquecimento de lares e indústrias na UE. Nada mais longe da verdade:

1- A frota de navios capazes de transportar LNG é muito insuficiente para satisfazer as necessidades europeias. O aumento desta frota  especializada, para níveis adequados, irá demorar - no mínimo - 3-4 anos.

2- Os terminais nos portos, que poderão servir o LNG estão por construir, do lado europeu. Ainda por cima, é um empreendimento de engenharia muito caro, cuja rentabilidade não está garantida. Que financiamentos a construção das instalações receberão? O risco para os bancos será elevado, a não ser que estes tenham garantias dos Estados...

3- Os depósitos de gás natural que a UE possui, não são suscetíveis de ser mobilizados, sem um fluxo de gás natural de superfície, que venha arrastar o gás depositado. Por outras palavras, enquanto houve gás natural russo a circular pelos gasodutos, era possível mobilizar as reservas. Estas, não deveriam constituir mais do que 10 % da mistura. Veja a explicação técnica AQUI. Não se pode portanto contar com o gás em «reserva», pois ele não pode ser mobilizado na ausência de gás de superfície, circulando nos gasodutos. 

4- O LNG é um gás «sujo», ou seja, com muitos resíduos resultantes do fracking. Há portanto um custo acrescido em «limpá-lo» de impurezas. É mais difícil o armazenamento e com maior possibilidade de explosão do que para o gás importado da Rússia. 

5- O preço do LNG já é 4 vezes maior que o gás russo, transportado por gasodutos, mas ainda estamos no princípio da subida. Ninguém pode prever o seu preço, quando não houver gás russo. Apenas um pouco de gás russo continua a ser distribuído, via o gasoduto Turkstream. Este, foi sujeito recentemente a uma tentativa de sabotagem. Ele serve a Hungria, a Áustria, a Sérvia e a Itália. Porém, é impossível, através dele, de  fornecer os maiores consumidores europeus. A sabotagem dos gasodutos sob o Báltico NS1 e NS2 (ordenada pelos EUA) torna mais difícil a retoma do fluxo de gás para a Alemanha.  Com o Inverno que se aproxima, o preço do LNG vai subir até às nuvens. 

6- Não vejo que o governo americano esteja disposto a subsidiar os europeus para que estes não sofram tanto com esta subida brusca do preço do gás. Vejo o contrário! Várias empresas europeias estão já a considerar seriamente relocalizar-se nos EUA, pois aí o custo da energia é muito menor. Sem dúvida, nos EUA serão bem acolhidas, pois eles têm desejo de se re-industrializar!


Se os alemães e outros povos do Norte europeu estão a armazenar lenha para o Inverno, eles têm muitas razões para fazê-lo. Mas, as indústrias não poderão mudar o abastecimento de gás ou eletricidade, para lenha! Vai - portanto - haver uma onda (que já começou) de fecho de empresas, cuja fatura energética subiu de tal maneira, que deixaram de ser rentáveis!

A crise energética, fabricada pelos globalistas que nos governam, não é causada pela guerra na Ucrânia. Ninguém pode dizer que os russos querem «estrangular» energeticamente a UE, pois eles têm sido boicotados, sujeitos a sanções, diabolizados e têm continuado a fornecer o gás a países que se tornaram claramente hostis. Mas, como de costume, a «culpa» é sempre do «outro», neste caso «do Putin»!

Quando é que as pessoas acordam e percebem como têm sido manipuladas? 



6 comentários:

Manuel Baptista disse...

A crise económica, energética e inflacionária foi arquitetada pelos globalistas sob liderança do fórum de Davos, e de K. Schwab. Os alemães já perceberam e outros povos depressa também vão perceber.
https://www.globalresearch.ca/video-man-made-destruction-of-the-west-oh-no-something-big-is-happening-in-germany-the-wef-is-make-it-worse/5796415

Manuel Baptista disse...

A ministra dos estrangeiros alemã Annalena Berbok (dos Verdes) continua a fazer gala de ignorância e arrogância:
https://ria.ru/20221019/berbok-1825028144.html?rcmd_alg=COL6&rcmd_id=1825084988

Manuel Baptista disse...

A reportagem baixo dá uma medida d situação energética dos países da UE e a força da indústria alemã obrigando o governo a mudar de clientes!
https://www.youtube.com/watch?v=dBX_rgXgZmc

Manuel Baptista disse...

Como tenho dito e repetido, sobre os «amigos» americanos, em relação aos europeus: Quem tem «amigos» destes , para que precisa de inimigos???
https://thesaker.is/the-war-of-terror-may-be-about-to-hit-europe/

Manuel Baptista disse...

Segundo Martin Armstrong estamos prestes a mergulhar numa nova «Pequena Idade do Gelo» como a que existiu de cerca de 1300 até 1800. Sendo assim, a investida contra os combustíveis fósseis pelos fanáticos das alterações climáticas causadas 8exclisivamente) pelo CO2 produzido pelos humanos, só agravará a situação.
De facto, a ciência verdadeira tem estado anulada, porque há um cancelamento do debate científico: sobre a realidade e dimensão do CO2 antropogénico nas alterações climáticas e sobre a realidade dos ciclos naturais, causados pelas correntes oceânicas e por variações da órbita terrestre em relação ao Sol, etc.
https://www.armstrongeconomics.com/world-news/climate/why-climate-change-is-a-fraud/

Manuel Baptista disse...

Notícias falsas, propaganda: Haveria um excedente de LNG, que o espaço de armazenamento na UE está saturado, que o LNG na bolsa de energia de Amsterdão atingiu o valor zero por não haver tomador, que barcos estão ao largo carregados de LNG, supostamente à espera que o preço suba para descarregarem, etc.
Destinam-se a manter as pessoas hipnotizadas, não há qualquer base real. O único facto real é que as instalações portuárias que se podem fazer o transvase dos navios carregando o LNG são muito escassas. Se há congestionamento na entrega, é por isso. Entretanto, a questão do armazenamento é mais complexa do que parece, o armazenamento em containers à superfície é algo muito limitado, só pode dar para necessidades de consumo da ordem uma semana, no máximo. O armazenamento em profundidade tem os problemas técnicos referidos no artigo acima, depende da existência de gás em superfície a circular pelos pipelines! Estamos numa guerra cognitiva (também, além de cinética e económica) e nesta guerra nós somos alvos escolhidos dessa intoxicação de propaganda constante!