Porque razão os bancos centrais asiáticos estão a comprar toneladas de ouro? - Não é ouro em si mesmo que lhes importa neste momento, mas é a forma mais expedita de se livrarem de US dollars!!
Mostrar mensagens com a etiqueta bandonéon. Mostrar todas as mensagens
Mostrar mensagens com a etiqueta bandonéon. Mostrar todas as mensagens

terça-feira, 19 de julho de 2022

ASTOR PIAZZOLLA (1921 - 1992) - A MINHA HOMENAGEM

Astor Piazzolla já tinha sido homenageado por mim, neste blog. Porém, achei que era boa oportunidade de mostrar a sua música em todo o seu esplendor. 

Não sei bem como, mas sinto-me em sintonia profunda com ela, embora eu não seja argentino, nem de qualquer outro país da América Latina. Mas, isto só é possível, tal como para outros portugueses e latinos, porque a Cultura Latina é - de facto - a nossa cultura comum, com imensas facetas, dimensões e contrastes. 

Ela, cultura Latina, está distante o suficiente das culturas Germânica, Anglo-Saxónica, Eslava, para se poderem  diferenciar as várias tradições.  Tanto no plano erudito, como no da música popular, noto que os monumentos musicais latinos e anglo/germânicos são perfeitamente  distintos. Ter-se uma boa cultura musical geral, não impede que se tenha preferências estilísticas próprias. 

As minhas idiossincrasias emocionais relacionam-se mais com o Sul e com a Latinidade, embora - por educação e habituação - tenha estudado a boa música anglo-saxónica e germânica (erudita e popular), que tem sido produzida.

Desejo-vos uma boa audição!!

Lista de faixas:

quinta-feira, 16 de dezembro de 2021

[NO PAÍS DOS SONHOS] ASTOR PIAZZOLLA «SOLEDAD»





O SILÊNCIO E A SOLIDÃO

É preciso ouvir, ouvir sem pensar, ouvir por dentro do silêncio.
Quando o Verão se ausenta e se torna Inverno, vem-nos uma nostalgia indefinida.
A solidão é um estranho sonho, um sonho sem conclusão. Como caminhar no nevoeiro. Como ouvir por dentro as vozes dos nossos entes falecidos.
Mas, entoando no silêncio a melodia antiga, podes revigorar as fibras da alma, as pulsações do coração. No silêncio, o regresso da serenidade.
Embala nossa mente aquela antiga melodia, ouvida na infância, que sobe à superfície. Voltamos ao que éramos há muito tempo. Ou que sempre fomos sem consciência de o ser.
Tínhamos sido arrastados pela corrente da vida; agora regressamos ao âmago.
A solidão é necessária, como necessário é o silêncio.