A realidade «judaica do Antigo Testamento» do povo judeu de Israel atual é tão fictícia como a dos germânicos serem «arianos» e terem sido declarados como «a raça superior» pelo regime de hitleriano. Na verdade, são os palestinianos muito mais próximos geneticamente do povo judeu de há dois mil anos,. Isso não lhes confere um estatuto especial, mas apenas mostra o grotesco e a monstruosidade de basear uma política em dados étnicos ou «rácicos». Toda a política baseada em elementos raciais é uma clara negação dos Direitos Humanos, inscritos na Carta da ONU e em inúmeros documentos oficiais de todos os países (incluindo Israel).
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quinta-feira, 30 de novembro de 2023

O CAMINHO DO FUTURO E A SABEDORIA

 Nós costumamos, a partir desta altura do ano, ouvir e ler «previsões» para o ano seguinte, como será no campo da política, da economia, etc. 

Realmente, estas ditas previsões apenas se baseiam na perceção dos que as emitem, sobre qual é a expectativa dos seus leitores  em relação a esses assuntos. Quanto mais uma «previsão» se conformar com o que passa por senso comum, mais aceitação terá. 

Alguns «analistas» porém, fazem uma ou duas previsões completamente fora do que é previsível, mas assinalando porém, que a sua «probabilidade de se efetivar» é diminuta. 

Este ritual é destinado a tranquilizar as pessoas, que ficam na ilusão de que «compreendem» o Mundo - esse Mundo cada vez mais complexo, contraditório, opaco - e, a partir desse momento, vão projetar a ilusória compreensão dos acontecimentos mundiais, regionais ou locais, na trama simplista desses gurus.  Satisfazem-se ou desce a sua ansiedade, pelo menos, quando podem dizer: «eu já sabia que isto iria acontecer», ou «veem, as coisas passam-se conforme eu previ».

Conscientemente ou não, está-se a perpetuar a longa tradição das profecias. A «Arte divinatória» existiu e existe em todas as civilizações e religiões passadas e presentes. É pois uma invariante profunda do ser humano. Transcende as culturas, as condições socioeconómicas e tecnológicas, existentes nas diversas sociedades. 

A mente humana «precisa» de continuidade. Precisa de imaginar que o dia de amanhã será semelhante ao de hoje. Os pressupostos de que parte um indivíduo, uma família para realizar os seus investimentos ou planos futuros, baseiam-se quase somente nos seus desejos. Mas, têm de «teorizar» tais impulsos (perfeitamente legítimos na imensa maioria dos casos) com as tais «projeções» do futuro. Estas são mais o resultado de uma racionalização, do que a conclusão de um processo frio, racional de análise.

Pessoalmente, não farei projeções para o próximo ano. Espero que as grandes desgraças que afetam a humanidade sejam um bocado aliviadas; espero que haja menos violência; menos depredação dos ambientes naturais; um maior entendimento entre culturas... Eu «espero», não no sentido de prevejo, mas somente que desejo.