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sexta-feira, 5 de março de 2021

ALGUNS NÚMEROS DO NAUFRÁGIO DA ECONOMIA MUNDIAL


[tradução de parte de artigo de Simon Black, «Sovereign Man», «28 Triliões de Razões Para Ter um Plano B» ] 

Na Segunda-feira, 1º de Março deste ano, há apenas alguns dias, a dívida pública dos EUA atravessou a marca dos 28 triliões de dólares, pela primeira vez na História.
Para irmos até ao cêntimo, aqui fica: a dívida pública atingiu a soma de $28 004 376 276 999.35.

Note que este valor não inclui os 1,9 triliões de dólares do «estímulo Covid», que o Tio Sam está em vias de aprovar, nem o resto dos gastos em défice, com os quais eles estão já a contar, para o ano fiscal corrente.
Pode, portanto, ver como a dívida irá rapidamente disparar para lá dos 30 triliões de dólares, «enquanto o diabo esfrega um olho».
É de notar que foram precisos mais de dois séculos, para os Estados Unidos chegarem ao seu primeiro trilião de dólares de dívida - um marco alcançado a 22 de Outubro de 1981.
Nesses dois séculos (74 984 dias, para ser exacto), os EUA combateram em duas Guerras Mundiais, tiveram a «Gripe Espanhola», atravessaram a Grande Depressão, confrontaram a União Soviética na Guerra Fria, combateram contra si próprios na Guerra Civil, puseram um homem na Lua, etc., antes da sua dívida pública ultrapassar 1 trilião de dólares.
O mais recente trilião de dívida foi acumulado em apenas 152 dias.
Pense nisto: quase 75 000 dias para o primeiro trilião, 152 dias para o último.
Ainda mais abismal: Foi apenas em Setembro de 2017, que a dívida nacional atravessou pela primeira vez o marco dos 20 triliões de dólares.
Então, quando a dívida alcançar fatalmente os 30 triliões, no decorrer dos próximos meses, isto quer dizer que cresceu de 10 triliões, em apenas quatro anos.
Aliás, não existe absolutamente nenhum sinal para o fim disto. O Departamento do Tesouro e a Reserva Federal estão ambos, fanaticamente, marchando a passo cadenciado: não há valor de dívida que seja excessivo, não existe impressão monetária que seja demais.
Eles acham perfeitamente lógico que o governo estrangule largas partes da economia, forneça incentivos financeiros às pessoas, para serem economicamente não-produtivas, mas depois, «remedeiam» com a impressão monetária e vão a fundo na dívida. 
Têm uma preocupação igual a zero em relação às consequências financeiras no longo prazo das suas decisões, como também, em relação aos impactos sociais e psicológicos das mesmas.


Se concorda com esta política, que tem sido a dos EUA e dos outros países ocidentais, de acumulação sem fim de dívida e de expansão da massa monetária, com total boa consciência, está também convencido(a) que nunca haverá consequências, até ao fim dos tempos: então, o melhor é ficar quieto(a).
....

[Esta parte seguinte é minha, de Manuel Banet]

Mas, se eu lhe disser que a destruição da economia e da moeda (não apenas os dólares, como qualquer divisa que possua na sua carteira, ou no banco), terá como consequência: a destruição das suas poupanças, das suas pensões, do seu poder de compra...

- Será que continua a olhar para isto, como se não lhe dissesse respeito, como se nada pudesse fazer, para si e para sua família, para seus amigos... para os cidadãos, em geral? As pessoas vão achar-se numa miséria tão negra, que muitas escolherão pôr termo à vida.

- Não; a sua passividade é o que lhes permite fazer o que estão a fazer. Não o conseguiriam, sem o seu consentimento. Eu sei que é tácito, mas ele é-o na mesma, e isso é que importa. 

Pense nisto e pense no que pode fazer: como pode organizar-se, a si próprio(a) e aos seus entes queridos. É sempre possível trabalhar em sinergia com outras pessoas, determinadas e confiáveis... 

Depois de ter reflectido e debatido, tente acertar numa estratégia de grupo. Procure congregar esforços, não para «salvar o navio», porque já é demasiado tarde, mas para saltar - com outros - para as «balsas salva-vidas» .... 

Esta é a gravidade do momento; não diz apenas respeito à economia americana ou europeia, mas à economia mundial.