A quebra do dólar não é equacionada naquilo que realmente é; pois as pessoas em geral, não sabem que o dólar US teve uma quebra de 78% do seu poder aquisitivo desde 2016. As estatísticas da inflação, em dólares ou noutra divisa, não dão conta, nem de longe, da perda do poder aquisitivo das divisas. A desvalorização constante e silenciosa do dinheiro está entre as causas do empobrecimento da imensa maioria e do enriquecimento dos políticos e dos muito ricos. Eles escondem-nos a realidade, para seu proveito próprio! https://substack.com/home/post/p-161522355?source=queue

sexta-feira, 15 de julho de 2016

DEPOIS DE NICE...



A reação ao horrendo atentado de Nice vai desenhar um novo mapa da Europa.

Há alguns dias atrás, li algumas análises e informações que me deixaram perplexo. Diziam essas fontes, algumas delas provenientes de hierarquias de serviços secretos de França e da Alemanha, que a população dos países europeus estava a chegar ao limite, devido aos vários incidentes que envolviam muçulmanos, comunidades de diversos países estavam à beira de uma onda de violência reativa. Pois bem; diziam também que faltava apenas uma faísca para fazer explodir essas massas descontentes. Mas não se tratava de insurreições contra os poderes manipuladores e opressores de que essas fontes falavam. Mas antes uma radicalização no sentido da extrema-direita, da xenofobia sem disfarce e violenta.

Os que se sentem ameaçados na sua identidade reagem com extrema violência a aspetos, mesmo meramente simbólicos, que venham suposta ou realmente pôr em causa o seu «way of life». O medo tem sido a constante mais forte, a que movimenta as massas, as induz a fazer isto ou aquilo.
O «Brexit» foi essencialmente uma resposta do medo face a uma suposta invasão de estrangeiros.
As massas aterrorizadas farão qualquer coisa, entregarão todo o poder, renunciarão alegremente às liberdades mais fundamentais, entregarão o seu destino a qualquer demagogo que lhes prometa «segurança» e «firmeza contra o inimigo» de forma suficientemente convincente para suscitar a sua adesão.

As massas são crédulas e gostam de «acreditar». Estamos, por isso, perante um momento muito difícil na Europa pois, por um lado temos uma massa desinformada, por outro temos os poderes a aproveitarem-se (ou suscitarem) de ataques terroristas, que (quase) ninguém compreende.
Se nós interrogarmos a realidade como ela deve ser interrogada, fazendo a pergunta chave «a quem aproveita o crime?», vamos inevitavelmente virar o olhar para a superpotência dos EUA, cujo império está em declínio, ameaçado de desagregação, que sabe apenas poder manter os seus vassalos da NATO debaixo de tutela, infundindo-lhes medo, persuadindo-os que não poderão lidar com o problema sozinhos. Tentaram isso com a crise ucraniana e demonização da Rússia; tentaram isso também com o islamismo radical... Ambos os cenários são «operações em curso».
Os eurocratas, a «nata» dos dirigentes europeus são vassalos abjetos do «Império» ou seja, dos verdadeiros poderes, da grande finança, das grandes multinacionais...

É patético que o público se vire para esses com esperança de que eles irão aliviar os europeus de seus medos (ancestrais e recentes). É como esperar que a alcateia de lobos cuide e proteja  o rebanho de cordeiros.

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