As tempestades de neve, as inundações catastróficas são consequência de estarmos no início de nova Era Glaciar. Não deem crédito a quem vos disser que são devidas ao «efeito de estufa». https://manuelbaneteleproprio.blogspot.com/2024/09/a-grande-fraude-do-clima.html
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quinta-feira, 12 de setembro de 2024

OPUS. VOL. III, 22 DIÁLOGO ENTRE O REFLEXO E O REFLETIDO


- Se tu sabes, não digas.

- Confesso que não sei

Ignoro tudo, nada sei

Se olho prá Lua

Vejo um queijo

Cada coisa é nova

Inédita, um mistério

Um inexplicado

Movimento 

Sem causa aparente

- Muito bem, rapaz:

Vejo que aprendeste 

Bem e depressa; 

Mas, ainda melhor 

É ficares calado.


domingo, 11 de agosto de 2024

OPUS VOL. III 21: AGUARELA


O pincel desloca-se suavemente sobre o papel branco

Este absorve a tinta fixando espirais de cinzento

Recolhe mais tinta no tinteiro; aplica curtos traços

Nos intervalos brancos do papel; surge uma figura

Uma paisagem, um céu que se destacam do fundo

Como se sempre lá estivessem, mas invisíveis

Esta arte de pintar é toda em subtileza

A mais ambiciosa, na modéstia dos meios usados

Não admira que vejam nela meditação profunda.



Os esfumados que nos dão a espessura, os vazios

Que se enchem de luz, as linhas apenas sugeridas,

Os relevos de corpos gráceis ou pesados

As humanas formigas que descem a colina

Encosta abaixo, até aos telhados de colmo


Arte pensada, imaginada, antes de executada

Toda ela tensão entre o interior e o exterior

Poesia realista e onírica que mais aprecio

Mas que nunca alcançarei!

sábado, 27 de julho de 2024

OPUS VOL. III, 20: A CINZA DE GAZA



 Já não restam lágrimas, só cinzas

Que sobre as cabeças caem 

Vindas do céu mortífero

Da crueldade despejada

Sobre a cidade esventrada

Vê-se nos écrans digitais

Olhos vidrados já não veem

Outros olhos não querem

Outros são indiferentes 


O sangue das vítimas

inocentes espalha-se

Sobre as pequenas cabeças

Ensopa-lhes os cabelos

Escorre pelas faces


A degradação humana

Atinge esta civilização

Ela perdeu o senso moral

Demasiado poderosa

Totalmente impiedosa


A monstruosidade

e a cobardia

Não se apagarão:

Estão para sempre

por cima das cabeças

Dos que cometem 

Dos que abençoam

Dos que viram a cara


Haverá cinza suficiente,

Suficiente para enterrar 

A cinza dela própria

Sua autodestruição

Material e simbólica?





quarta-feira, 5 de junho de 2024

OPUS VOL. III, 17: AQUELE PUNHO FECHADO

 


Aquele punho fechado inspira coragem

E vem com o braço e o pulso

Finos, delicados e fortes da mulher

Dela erguem-se palavras 

Soam e ressoam no meu espírito

Sem falsa retórica e sem ódio

 

Sabe falar da guerra e da paz

Não precisa de falsos argumentos

Só de três coisas precisa: Amor, 

Coragem e Verdade. 

 Mais força tem que um exército

Mais pontaria que atirador de elite 


Sua palavra abrasa corações 

Invencível: Sendo impossível

De suprimir, brota da terra 

Recobre o horizonte 

É brisa ou vendaval

Sai do peito daquela mulher


Mas palavras assim poderosas

Outras vozes as pronunciam

Quem recebeu tais palavras

Pode fazê-las suas 

E disseminar como semeador

Que lança na terra nova vida