Muitas pessoas aceitam a situação de massacres de populações indefesas em Gaza e noutras paragens, porque foram condicionadas durante muito tempo a verem certos povos como "inimigos". Porém, as pessoas de qualquer povo estão sobretudo preocupadas com os seus afazeres quotidianos e , salvo tenham sido também sujeitas a campanhas de ódio pelos seus governos, não nutrem antagonismo por outro povo. Na verdade, os inimigos são as elites governantes e as detentoras das maiores riquezas de qualquer país. São elas que instigam os sentimentos de ódio através da média que controlam.
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quarta-feira, 5 de julho de 2017

«MARTÍRIO» FILME E DEBATE [Fábrica de Alternativas, Algés]

                              Foto de Fábrica de Alternativas.

Na sequência da presença do Cacique Ládio Veron e do Jantar Benefit/Debate realizados na Fábrica de Alternativas vamos apresentar o filme "Martírio" sobre a luta dos Indios Guarani Kaiowas pelo seu direito à vida, à sua cultura e às terras onde sempre viveram e o massacre a que foram sujeitos.

Título: «Martírio» (Original)
Dirigido por: Vincent Carelli
Brasil 2016 / 160 minutos
Documentário Nacional


Martírio” é um documentário imperdível. Imperdível porque é essencial para compreender um dos mais longos e violentos conflitos de terra do Brasil: o genocídio contra os Guarani-Kaiowá e Ñandeva no Mato Grosso do Sul.

Realizado pelo documentarista e antropólogo, Vincent Carelli (que também dirigiu o excelente Corumbiara), o filme exibe cenas de quase 30 anos de experiência do director com os povos indígenas do Mato Grosso do Sul.

Classificar a situação dessas populações indígenas como genocídio está longe de ser um exagero. Afinal, como classificar uma situação na qual fazendeiros organizam milícias armadas que invadem aldeias (tanto faz se é de noite ou durante o dia) atirando a esmo contra crianças, idosos e mulheres? Ou ainda as emboscadas de pistoleiros ou atropelamentos propositais contra lideranças indígenas? E ainda os aviões dos fazendeiros que lançam veneno sobre as casas e roçados das aldeias, acampamentos e retomadas; os estupros de mulheres e crianças e uma das maiores taxas de suicídios do mundo. Suicídios que expressam a calamidade vivida por esse povo. Sem sua terra original, sem poder plantar seu roçado e manter seu modo de vida, tirar a própria vida tornou-se uma via de fuga desesperada entre os Kaiowás.

Nos últimos 12 anos foram assassinados mais 400 Kaiowás e Ñandevas no Mato Grosso do Sul, segundo dados do Conselho Missionário Indigenista (CIMI). É mais de 30 assassinatos por ano, uma verdadeira Palestina dentro do Brasil. Mas quem já foi numa aldeia e ouviu os relatos sobre as barbaridades cometidas pelos fazendeiros e pistoleiros sabe que o número é bem maior. Há um número incontável de desaparecidos, atropelados e gente morta por envenenamento que não figuram nas estatísticas.

Quando se está na região meridional do Mato Grosso do Sul, porção do território originário dos Kaiowás, é preciso ter cuidado com o que fala e com quem fala. O racismo é brutal. Simpatizantes da causa indígena não são bem-vindos e podem sofrer retaliações. Também é preciso tomar cuidado quando se percorre as estradas cruzando imensas plantações de soja em direcção às aldeias e retomadas. Uma emboscada pode lhe esperar logo ali à frente. Por isso, não é nada estranho saber que o documentário não está em cartaz em nenhuma sala de cinema do Mato Grosso do Sul.

Esse medo e tensão estão presentes em “Martírio” que, em suas três horas de duração, resgata a longa marcha de resistência dos indígenas. Nos séculos XVI e XVII foram vítimas das temíveis bandeiras paulistas. Depois, no final do século XIX, suas terras foram tomadas e arrendadas aos grandes produtores de erva mate. Nessa época, os Kaiowás se tornaram escravos nas grandes plantações, atados pelo sistema de peonagem ou escravidão por dívida em lojas comerciais.

Na década de 1940 foram definitivamente expulsos de suas terras por meio de projetos de colonização. Foram, assim, confinados como bichos em oito pequenas reservas indígenas que juntas não somavam 1% de seu antigo território original. Veio a “revolução verde” e o “moderno” agronegócio nos anos 1970 que varreu quaisquer vestígios das imensas florestas que cobriam a região. Hoje, um mar de soja e cana cobrem aquela terra vermelha. Enquanto isso, o antigo SPI (e depois Funai), a partir de uma perspectiva eurocêntrica ainda incrustada na sociedade brasileira, tentam aniquilar a população indígena e incorporá-los à suposta “civilização”.

Entretanto, nas décadas de 1970 e 1980 veio a resposta indígena com as retomadas dos seus antigos territórios. Foi nessa época que surge aos olhos do mundo e do país a luta Kaiowá. Marçal de Souza Tupã-Y foi o seu porta-voz. Em 1980 discursou para o papa João Paulo II e três anos depois foi assassinado com tiros na boca. Mas os indígenas não se calaram e as retomadas seguiram. Novas lideranças e mártires surgiram como o cacique Marcos Veron, Genivaldo Vera, Rolindo Vera, Nísio Gomes, Semião Fernandes Vilhalva e muitos outros que poderiam encher essa página.

“O que tá pegando a gente é o capitalismo”, explica em guarani uma jovem liderança indígena em uma das cenas de “Martírio”. A imagem foi captada numa Aty Guasu (assembleia dos caciques Kaiowás e Ñandeva) em 1988 e demonstra a total clareza dos indígenas sobre quem são seus inimigos e contra quem se deve lutar.

O documentário também mostra vários minutos dos discursos de políticos ruralistas no Congresso Nacional. A bancada do agronegócio não se constrange em destilar ódio, racismo e inventar absurdas mentiras sobre as populações indígenas, classificados de vagabundos, inimigos do progresso e privilegiados por viverem de… cestas básicas…
O filme também exibe os famosos leilões de bois realizados por fazendeiros para arrecadar dinheiro e organizar milícias contra os indígenas. É preciso ter estômago para ver essas cenas. Talvez seja por isso que o espectador tenha vontade de pular de alegria quando o documentário exibe a cena em que centenas de indígenas invadem o plenário da Câmara dos Deputados e literalmente botam os parlamentares para correr. A cena é de abril de 2016 quando foi realizada uma marcha nacional indígenas contra a PEC 215 que transfere a demarcação das terras indígenas para o Congresso.

A covardia e a conivência dos governos petistas também são escancaradas. E não é só porque Kátia Abreu (ministra da Agricultura do governo Dilma), ao lado de Ronaldo Caiado, está presente no leilão da morte. Mas porque mostra um governo de joelhos aos latifundiários quando a ex-ministra da Casa Civil de Dilma, a senadora Gleisi Hoffmann (PT) promete, em audiência na Comissão de Agricultura da Câmara, que as demarcações seriam suspensas. Uma cena repulsiva e humilhante.

Em 2007, a Funai se comprometeu a identificar e demarcar 39 territórios indígenas. Mas nessa mesma época o agronegócio dá um salto, financiado, sobretudo, pelo dinheiro público. A emblemática declaração do então presidente Lula chamando os usineiros de “heróis” foi uma expressão da aliança dos governos do PT com o agronegócio. O resultado é que nenhum terra Kaiowá foi regularizada em todo o período dos governos do PT. Certa vez, em conversa com uma liderança Kaiowá, descobri que Lula sequer se prontificou em receber as lideranças indígenas. “Lula nos traiu, nos trata como se a gente fosse bicho”, disse a liderança. “Até o Fernando Henrique nos recebia”, confessou sem disfarçar sua revolta.

“Escovar a história a contrapelo” é a instrução dada por Walter Benjamin em suas famosas teses sobre História. O documentário de Vincent Carelli consegue fazer isso com competência. Dá a voz àqueles que sempre tentaram calar na bala. Traz à luz o drama dos invisíveis e vulneráveis que continuam a lutar pela sua Tekoha – palavra guarani que significa lugar da vida. Um documento imprescindível para entender o Brasil e para se indignar e lutar. Terra, justiça e demarcação!

https://www.facebook.com/martiriofilme/



Fábrica De Alternativas Comunidade
Rua Margarida Palla 19 A - 1495-143 Algés, 1495-143 Oeiras

sexta-feira, 23 de junho de 2017

APELO DE AUXÍLIO À POPULAÇÃO DE PEDRÓGÃO GRANDE



          [Ave Maria de Verdi - interprete Maria Callas] 

A Fábrica de Alternativas* está a receber donativos em géneros, que serão transportados para Pedrógão Grande no fim de semana de 1/2 Julho, por um associado. 

Assim, a quem puder ajudar, os artigos mais urgentes serão deste tipo:
- Produtos de higiene pessoal - sabonetes, gel banho, pasta de dentes, champô, etc.
- Roupas de casa, lençóis etc.
- Alimentos enlatados, arroz, massas ou outros não perecíveis, azeite 
- Água 
- Alimentos para animais...

Estaremos na sede da nossa associação* para os receber, todos os dias (excepto este Domingo) a partir das 17 horas.
Obrigado.


*) R. Margarida Palla 19A, 1495-143 Algés

terça-feira, 20 de junho de 2017

CADERNOS SELVAGENS - 24 JUNHO 2017 -18:30


Fábrica De Alternativas Comunidade
Rua Margarida Palla 19 A - 1495-143 Algés, 1495-143 Oeiras




Dia 24 de Junho vamos fazer a apresentação do novo número dos Cadernos Selvagens, a publicação trimestral da Fábrica de Alternativas. Esperamos contar com a presença de diversos autores dos textos publicados para falar um pouco sobre eles.

Às 20 horas teremos um jantar vegetariano para o qual pedimos que façam atempadamente a reserva para o mail: fabrica.de.alternativas@gmail.com





quinta-feira, 16 de março de 2017

SESSÃO DE APRESENTAÇÃO DOS CADERNOS SELVAGENS (MARÇO)



Os CADERNOS SELVAGENS são uma publicação trimestral da FÁBRICA DE ALTERNATIVAS (ALGÉS). 

No Sábado 18 de Março, Dia Mundial da Poesia,  será apresentado e posto à venda o número da Primavera, deste veículo LIVRE de informação, expressão artística e reflexão. 

Após a sessão - que decorrerá das 18:30 às 20:00 - haverá um jantar* vegetariano. 

(*inscrição obrigatória em fabrica.de.alternativas@gmail.com, até 24h antes do evento).

terça-feira, 14 de março de 2017

SESSÃO DE MOVIMENTO SOLUÇÕES PARA A PAZ (11-03-2017)

A sessão, organizada pelos activistas do Movimento «Soluções para a Paz» nas instalações da «Fábrica de Alternativas» de Algés, no Sábado 11 de Março, contou com a presença de um público pouco numeroso, mas interessado.

Os dados coligidos pelo nosso companheiro João Pestana, que apresentou os temas para discussão, mostram como as guerras têm sido uma constante, em vários pontos do globo, desde o fim da II Guerra Mundial, até hoje. O número de mortes, feridos e deslocados é difícil de avaliar, pois as estatísticas oficiais ou não existem ou ocultam essa realidade. Depois, passou em revista alguns dados sobre o comércio de armamento, ao nível mundial, utilizando dados do SPIRI, que indicam os maiores vendedores e compradores.

Abordou-se em seguida o papel da NATO e a carga que representa no orçamento de cada país, mesmo em tempo de «paz». Referiu-se a exigência de aumentar as despesas militares em todos os países desta aliança militar, para que cada um tenha nível de despesa igual ou superior a 2% do seu PIB.

Um documento do Estado-Maior das Forças Armadas portuguesas, mostra as missões que estas cumpriram no ano passado. Além de missões de utilidade pública, como seja transporte de feridos e vigilância das praias, o grosso das missões foi em diversos teatros de guerra, sob bandeira da NATO, na maioria dos casos, desempenhando um papel subordinado, pois os contingentes portugueses são em geral da ordem das dezenas ou menos, portanto subordinados a comandos de outras nacionalidades, dentro da estrutura dessas missões.

Comparando os dados relativos a 2015 e 2016 para o orçamento da Defesa em Portugal, chegou-se à conclusão que ele se manteve aproximadamente constante (1,2 – 1,3 % do PIB), embora haja discrepâncias de cerca de 300 milhões de euros entre o que foi gasto e o orçamentado, não se sabendo como foi preenchido o «buraco».
Parecendo pouco, menos dos 2% reclamados pelo secretário-geral da NATO, no entanto, é 5 vezes o montante para a cultura. Também é superior ao atribuído à investigação, ao ensino superior, etc.

Falou-se do «Dia de Defesa Nacional» e das penas extraordinariamente duras para quem falte sem justificação a essas encenações de propaganda das FAs, da guerra e de lavagem da imagem da NATO junto da juventude. Foi ainda referido que não existe nenhuma informação  realmente acessível aos jovens sobre a existência do estatuto de «objector de consciência».

Relativamente ainda à objeção de consciência, reconheceu-se uma generalizada confusão entre a prestação de serviço militar obrigatório e não obrigatório, mas havendo sempre a possibilidade do governo decidir reinstalar o serviço militar obrigatório. Outra ambiguidade é a de prestação «com armas», «sem tocar em armas» e «civil». Hoje em dia, muitos servem na estrutura militar, sem armamento pessoal, mas contribuem com sua prestação para a máquina de guerra.

Durante a discussão, falou-se muito do papel da NATO em manter certos regimes, falsamente instalada nesses países a pretexto de «terrorismo». 

Falou-se do caso do Afeganistão, entre outros, onde tem estado presente um pequeno contingente das forças portuguesas.

No Afeganistão, a cultura de papoila para ópio, principal negócio dos senhores da guerra, tinha sido quase extinta no regime dos Taliban. Quando a «coligação internacional» invadiu o Afeganistão no Outono de 2011, trouxe os senhores da guerra, que reinstauraram o cultivo da papoila. Hoje, 80% da heroína vendida nas ruas do mundo inteiro é proveniente do Afeganistão; era rara a heroína dessa proveniência, nos anos imediatamente anteriores à invasão do Afeganistão pela NATO e associados.
Segundo vários autores, o negócio de tráfico de ópio é controlado pela CIA, que pode livremente distribuir grandes quantidades a partir de bases militares da NATO, na Turquia, na Alemanha e no Kosovo. O dinheiro que obtém vai servir para operações «negras» ou ocultas, aquelas que oficialmente «não existem» e portanto não suscetíveis de inquirição ou controlo pelo Congresso dos EUA.

Pediu-se uma maior participação no nosso Movimento, sabendo que o grau de ausência de informação - sobretudo da juventude - torna a tarefa dos militaristas mais fácil, conjugada com muita desinformação por parte da media corporativa.

O discurso do poder é invariavelmente  de que a  presença de tropas portuguesas tem uma justificação «humanitária», ou de que os nossos soldados estão em tal ou tal país a «combater o terrorismo» (Afeganistão, Mali, República Centro Africana, etc…). Estas afirmações - repetidas vezes sem conta e nunca contestadas ou sequer problematizadas - criam um falso consenso (falso, porque baseado na ignorância) na cidadania.

Consideramos necessário e possível criar-se um observatório sobre o papel das forças armadas portuguesas em Portugal e no mundo, como forma de documentar, de debater e estudar as questões de estratégia, não de um ponto de vista meramente militar, mas também de cidadania.




sexta-feira, 10 de março de 2017

PORTUGAL E SUA ORGANIZAÇÃO MILITAR


Como contribuição pessoal, deixo PISTAS para reflexão, que irei apresentar na jornada de 11 de Março de2017, na Fábrica de Alternativas.

Podemos analisar qual o regime saído do 25 de Abril, o golpe militar e de Estado duma oficialidade - «os capitães de Abril» - entalada entre uma guerra colonial eternizada e uma pertença a um «Ocidente», também do ponto de vista geoestratégico, mas sobretudo do ponto de vista da luta total anticomunista, sendo esse, aliás, o pretexto para a continuação, durante mais de uma década, de uma guerra colonial repartida entre três teatros de guerra separados por milhares de quilómetros entre si e de outros milhares à metrópole colonial.
Além dessa abordagem histórica de como surgiu e evoluiu o regime saído do «25 de Abril» de 74, deveríamos ter presente o momento crítico da implosão da URSS e do sistema do pacto de Varsóvia. A partir de determinada altura, modificaram-se os dados estratégicos fundamentais, no início da década de 90 do século XX em diante.
A compreensão profunda da nossa história recente (portuguesa, europeia e mundial) deveria levar-nos a repensar a nossa manutenção dentro da NATO. 
Do meu ponto de vista, esta manutenção dentro da NATO deveu-se ao complexo neocolonial (conforme analisei no ensaio «Portugal, País Neocolonial» de 2009). Devido a todas as ambiguidades do novo regime saído do 25 de Abril, os atores civis e militares assumiram como política (ou submeteram-se politicamente) a permanência na estrutura da NATO.  
Ora, nem uma História da guerra colonial, nem do regime pós 25 de Abril são objecto de estudo sério e independente pelos jovens. Estes não têm consciência de que muitos problemas na sociedade de hoje, a vários níveis, necessitam dessa tal leitura - verdadeiramente séria e independente - para se tornarem inteligíveis e portanto serem abordados de forma adulta e responsável.
Se um país neocolonial, como o nosso, tem Forças Armadas isso não se traduz por elas estarem ao serviço do povo e com função de defesa deste e do território nacional. Meramente fazem o papel de forças mercenárias, ao serviço de um poder imperial (embora institucionalmente sejam militares de carreira). Estão sob a chefia directa do superpoder imperial que controla o «hemisfério Ocidental» desde o final da IIª Guerra Mundial e que ficou como único superpoder mundial após o colapso do Pacto de Varsóvia.
O imaginário de uma nacionalidade está ligado às forças militares porque no passado tiveram um papel decisivo, ao unificar as várias classes em torno de um projecto político. Em Portugal, isso aconteceu repetidas vezes desde a reconquista no início da formação do Reino; na  luta pela independência em relação a Castela com o Mestre de Avis, etc., etc.  
Actualmente, no âmbito do regime de democracia representativa, o papel da força militar, consignado na Constituição da República e na Lei de Defesa Nacional, não é tido como problemático. Haverá um consenso aparente das forças políticas no hemiciclo. Mas este «consenso» é antes um pacto de regime e um pacto de silêncio. Se alguém falaciosamente disser que esse silêncio é o reflexo dum consenso ao nível da opinião pública nacional, respondemos: então é um consenso fabricado pelo silêncio da média corporativa, que se dedica a talhar «a regra e esquadro» a opinião, reduzida às forças políticas com assento no Parlamento. Porém, uma questão que é sistematicamente evitada, quer em programas eleitorais, quer no discurso político entre eleições é - justamente- qual o papel das Forças Armadas.

dois debates por fazer, pelo menos:

-Justifica-se a existência de forças armadas?

-Admitindo que exista opinião maioritária a favor da sua existência, que funções lhes competem e qual o seu desempenho?

Infelizmente, como há um silêncio transpartidário e mediático, nem uma nem outra das questões surgem no debate público. Isto porque todos os partidos, por razões diversas, NÃO QUEREM que esta questão seja levantada. Quando uma questão é sistematicamente evitada, estamos perante um complexo (social), um não-dito, um tabu. Porém, este não-dito tem consequências muito graves para o País.

Não se equaciona (faço uma listagem não exaustiva):

- A mobilização de soldados para teatros de guerra que não têm que ver com a defesa do nosso território e das nossas gentes
- Mesmo que sejam voluntários/as, quem assume a responsabilidade se morrerem ou ficarem gravemente feridos por uma causa que é essencialmente estranha aos interesses de Portugal e do povo português
- Os efectivos, os armamentos, os meios logísticos, portugueses são colocados ao serviço da NATO, da UE, da ONU, como país vassalo de um poder global e exterior ao nosso controlo e interesse nacional.
- O esbanjar de meios económicos e financeiros dum aparelho, inútil no melhor dos casos e prejudicial na maior parte das vezes, não apenas por não cumprir a missão que, constitucionalmente, deveria ser a sua, mas porque ao serviço de (super) potência estrangeira.
- As recentes modificações estruturais e operacionais vão no sentido de atribuir às FA um papel de policiamento interno, de militarização do espaço público, sob pretexto de terrorismo que serve para «justificar» tudo…
- Tal como se apresentam as Forças Armadas no presente, são uma casta privilegiada e que sustenta os privilegiados; um trunfo da elite do poder que se apoia em última instância na hierarquia militar para fazer reinar «a ordem» em caso de insurreição.
   
   




sexta-feira, 3 de março de 2017

PAPEL DAS FA NO CONTEXTO ACTUAL



18H30 - Debate sobre Papel das Forças Armadas no contexto actual
20H00 - Jantar vegetariano

No próximo dia 11 de Março, na Fábrica de Alternativa de Algés, apelamos a todos os colectivos e pessoas da região de Lisboa e do país para convergirem numa JORNADA. 

A nossa JORNADA, sob a bandeira da paz e do anti-militarismo, não se destina a ser apenas mais um «evento». Ela será o ponto de arranque para uma campanha aprofundada. O objetivo desta campanha é o completo esclarecimento do papel que é destinado à força militar atualmente no nosso país, no quadro da globalização capitalista. Serão apresentadas evidências do papel subordinado do governo e dos restantes órgãos de soberania, nas ações militares que são incumbidas às FA sob bandeira da NATO, da ONU e da UE. 

Com todos os coletivos anti-globalistas, anti-militaristas e pacifistas, que assim desejarem, propomos a redação e divulgação de uma declaração pública.

Mas, além do momento que irá constituir esta JORNADA, desejamos que sejam estabelecidas propostas de acção.

CONTAMOS com a contribuição de todos, esperando que ela se traduza em propostas exequíveis, para realizar no curto/médio prazo.



quinta-feira, 23 de fevereiro de 2017

PRINCÍPIOS DO MOVIMENTO «SOLUÇÕES PARA A PAZ»*


Com a presente declaração de princípios, entendemos estabelecer e dar a conhecer a nossa base de entendimento e acordo, com vista a uma eficaz busca de caminhos para a paz.
Consideramos que todas as pessoas são bem-vindas, dentro do espírito dos princípios abaixo delineados, cabendo naturalmente entre nós várias escolhas pessoais ao nível das ideologias, dos credos religiosos e das diversas opções noutros domínios.
Embora sejamos independentes de quaisquer filiações partidárias, religiosas ou outras, estamos abertos a partilhar com outros, dentro de um espírito de tolerância e de reciprocidade, de ações futuras para fazer avançar a causa geral de paz e não-violência.

Os pontos seguintes são considerados princípios gerais, que devem enformar a construção da nossa associação e nortear a sua prática, desde o primeiro momento.
- por uma cultura  de paz, através da educação
-pelo desenvolvimento sustentável nos planos económico e social
-pelo respeito de todos os direitos humanos
- pelo respeito dos direitos dos animais e pela proteção e preservação do ambiente
- pela igualdade entre mulheres e homens
- pela promoção da democracia
-pela expressão livre e participada das informações e conhecimentos
-pelas medidas que promovam a paz e a segurança internacionais

Os nove pontos gerais acima são todos, conjunta e mutuamente, solidários. Seu conteúdo preciso será desenvolvido e explicitado, quer nos documentos, quer nas práticas que iremos desenvolver.
Estamos em solidariedade com outros grupos e individualidades, quer a nível nacional quer internacional, que desenvolvam trabalho concreto e convergente com o nosso.



(*Aprovado em assembleia, na Fábrica de Alternativas, Algés, a 08-02-2017)

domingo, 12 de fevereiro de 2017

DA GENTRIFICAÇÃO

Na concorrida sessão na Fábrica de Alternativas (Algés), fomos convidados a ouvir e debater com Luís Mendes, Augustin Gant e Marina Carreiras, sobre as causas, os efeitos e os condicionamentos, no curto e longo prazo, da gentrificação nas nossas zonas urbanas.

A gentrificação foi definida pelo primeiro palestrante, Luís Mendes, como significando um deslocamento da população que tradicionalmente habita uma zona, normalmente de interesse turístico, para a instalação de uma nova população, constituída por indivíduos e famílias de capacidade económica nitidamente superior à população tradicional, havendo uma intensificação deste fenómeno com a gentrificação turística porque, neste caso, todo o tecido urbano - e não apenas a aquisição ou arrendamento de habitação - fica fortemente condicionado pela «invasão» turística.

Augustin Gant, falou-os a seguir, como testemunho e estudioso do efeito do turismo no tecido social do sul de Espanha. A sua perspectiva é, com razão, muito crítica em relação ao consenso fabricado de que «o turismo é uma coisa boa, porque tem efeitos positivos em toda a economia de um país», tendo estudado com maior pormenor o que ocorreu na zona central de Barcelona, nos últimos 30 anos. 

A terceira oradora do serão, Marina Carreiras, deu-nos um panorama do concelho de Oeiras com especial enfoque na freguesia de Algés, nos últimos decénios, tendo ficado claro que a população residente rejuvenesceu: verifica-se a importação de gente jovem e o aumento da natalidade da ordem de 18%. Esta nova população possui nível económico e sócio-profissional mais elevado que a população envelhecida, que existia anos 80, fragilizada economicamente. 
Algés tem continuidade física - em termos de tecido urbano e de rede de transportes - com Lisboa, sendo um subúrbio bastante antigo. Será naturalmente uma escolha pertinente para todos aqueles que não têm posses para viver com conforto na capital, mas que aí trabalham ou estudam. 
Não tem as características de «dormitório» das periferias das grandes cidades, onde grandes blocos de cimento se perfilam no horizonte, com uma população que vai todos os dias trabalhar a muitos quilómetros de distância. 
Algés conta com uma malha urbana estabilizada e possui uma grande diversidade de comércio. A taxa de nascimentos subiu muito acima da média nacional e do próprio concelho de Oeiras, havendo um aumento correlativo do preço de compra das habitações e dos alugueres. 
Penso que estes fatores indicam o efeito de proximidade em relação à gentrificação turística, muito acentuada, que tomou conta dos espaços urbanos de Lisboa. 
O efeito de aumento exponencial da população jovem e, correlativamente, das rendas em Algés é um efeito reflexo do que se passa em Lisboa. 
Na capital, para famílias de recursos modestos ou médios, tornou-se inviável a compra ou arrendamento em todo o lado, já não apenas nas áreas mais afetadas pelo fenómeno da gentrificação turística,  já não apenas para aquelas faixas da população com menor capacidade económica, como seja o caso de estudantes ou de jovens com rendimentos baixos e incertos.

Na viva discussão que se seguiu apontaram-se várias questões que são subjacentes ao fenómeno de gentrificação: falou-se das mudanças na lei dos arrendamentos, nos grupos internacionais investindo no imobiliário, na completa descaracterização da paisagem humana, como uma «bomba de neutrões» deixando bairros ditos típicos vazios dos autóctones e onde deixou de haver a vida tradicional. 
Nestes bairros investidos pelo turismo as habitações são alugadas ao dia. Uma rua de Alfama (prédios com um ou dois pisos apenas) pode ter mais de uma centena de apartamentos para aluguer turístico. Quanto à raríssima oferta de aluguer de longo prazo, é de preço bem acima das possibilidades da família com rendimento médio. 
Todos os comércios e serviços são desviados para  satisfazer o turismo. Outras actividades, não directamente dependentes do turismo, estão condenadas. Dá-se o efeito «bola de neve»: à medida que desaparecem os empregos que tradicionalmente eram ganha-pão da população de uma zona, as pessoas deixam de lá morar e isso vai causar o desaparecimento do comércio de proximidade que naturalmente abastecia essa população e o ciclo vicioso vai-se agravando irreversivelmente. 

A gentrificação turística é porventura a mais agressiva modalidade de gentrificação. Ela é consequência do fenómeno turístico, ele próprio altamente sujeito a modas, a acontecimentos geopolíticos, além da constante alternância entre períodos de expansão e de crise, próprios do capitalismo. 
A sustentabilidade de tal modelo é nula ou muito fraca e sempre no curtíssimo prazo, os decisores políticos sabem-no perfeitamente. No entanto, facilitaram os referidos alojamentos turísticos e os albergues (hostels) nos últimos dez anos na cidade de Lisboa, com o falacioso argumento de que isso traz dinheiro, actividade económica e emprego: resta saber que aplicação é dada ao dinheiro, qual a qualidade e a sustentabilidade das atividades económicas e sobretudo se esse tal emprego é de qualidade, se as remunerações são a um nível decente ou se são empregos temporários, mal pagos, com uma total desprotecção em termos de direitos e condições laborais?

Há muito que fazer e que trabalhar para desenvolver uma luta (desigual) entre a cidadania, que reclama o espaço urbano como seu, face ao poder do dinheiro que tem influenciado de maneira avassaladora o establishment político e mediático. 
Se houver uma forte pressão sobre os políticos nas autarquias, com «observatórios cívicos» permanentes, que revelem as realidades no terreno, permitindo que se leia a realidade por debaixo da propaganda auto-elogiosa desses poderes... talvez se possa fazer valer os desejos e direitos das populações.



terça-feira, 7 de fevereiro de 2017

REUNIÃO, 8 DE FEVEREIRO DO MOVIMENTO «SOLUÇÕES PARA A PAZ»

Reunião mensal no dia 08 de Fevereiro, na Fábrica, às 21.00.

Ordem de trabalhos:


- Informações
- Organizar campanha em torno do «dia de defesa nacional» (13 de Março) como forma de apontar SOLUÇÕES para a paz.


quinta-feira, 2 de fevereiro de 2017

sexta-feira, 20 de janeiro de 2017

CAFÉ LITERÁRIO COM FERNANDO PESSOA E OUTROS CONVIDADOS

Na Fábrica de Alternativas (Algés), perante uma pequena assembleia, realizou-se, na noite de quarta-feira passada (dia 18 de Janeiro de 2017), uma estreia.

 Refiro-me à estreia dos «cafés literários», uma actividade com periodicidade mensal, na Fábrica de Alternativas. O conceito e realização deste evento estiveram a cargo do grupo redactorial dos «Cadernos Selvagens».

Foram nossos convidados especiais os amigos poetas Fernando Pessoa, Alberto Caeiro, Álvaro de Campos e Ricardo dos Reis e também o tradutor e prefaciador da obra de Alberto Caeiro, Thomas Crosse.

Realmente, de tudo um pouco se falou, embora sobretudo das relações da poesia com a filosofia. 
Também se falou de «materialismo», «deísmo», «paganismo», mas não como meros «clichés», que se costumam substituir a qualidade tão rara de reflexão. 
Alvaro de Campos e Ricardo Reis tiveram ocasião de aprofundar para a assistência as idiossincrasias, nem sempre evidentes, da filosofia, estilo e poética do seu mestre comum, Alberto Caeiro. 
O próprio Mestre Caeiro também nos presenteou com reflexões fortes, quando entrevistado em directo por Pessoa, seu admirador e compilador. 
Um momento alto do serão foi a leitura por Alberto Caeiro, do seu poema a «A Espantosa Realidade das Cousas».

Gostava de deixar aqui o meu sincero obrigado a todas as almas que participaram nesta sessão.

Graças a todas as pessoas presentes, a estreia da série dos Cafés Literários da Fábrica de Alternativas, abriu com verdadeira «Chave d’ouro»!





segunda-feira, 16 de janeiro de 2017

PRINCÍPIOS DO MOVIMENTO «SOLUÇÕES PARA A PAZ»




PRINCÍPIOS DO MOVIMENTO «SOLUÇÕES PARA A PAZ»
 aprovados no último encontro (dia 11.JAN.2017)

Com a presente declaração de princípios, entendemos estabelecer e dar a conhecer a nossa base de entendimento e acordo, com vista a uma eficaz busca de caminhos para a paz. 
Consideramos que todas as pessoas são bem-vindas, dentro do espírito dos princípios abaixo delineados, cabendo naturalmente entre nós várias escolhas pessoais ao nível das ideologias, dos credos religiosos e das diversas opções noutros domínios.
Embora sejamos independentes de quaisquer filiações partidárias, religiosas ou outras, estamos abertos a partilhar com outros, dentro de um espírito de tolerância e de reciprocidade, de ações futuras para fazer avançar a causa geral de paz e não-violência.
Os pontos seguintes são considerados princípios gerais, que devem enformar a construção do nosso movimento e nortear a sua prática, desde o primeiro momento.
- por uma cultura de paz, através da educação.
- pelo desenvolvimento sustentável nos planos económico e social.
- pelo respeito de todos os direitos humanos.
- pelo respeito dos direitos dos animais e pela proteção e preservação do ambiente.
- pela igualdade entre seres humanos independentemente da etnia, credo, género, orientação sexual e situação económica.
- pela promoção da democracia.
- pela expressão livre e participada das informações e conhecimentos.
- pelas medidas que promovam a paz e a segurança internacionais.
Os oito pontos gerais acima são todos, conjunta e mutuamente, solidários. Seu conteúdo preciso será desenvolvido e explicitado, quer nos documentos, quer nas práticas que iremos desenvolver.
Estamos em solidariedade com outros grupos e individualidades, quer a nível nacional quer internacional, que desenvolvam trabalho concreto e convergente com o nosso.

domingo, 15 de janeiro de 2017

FERNANDO PESSOA, ENTREVISTA. Fáb. Alternativas, dia 18J às 21:00


                 

Temos vindo a preparar no grupo redatorial dos Cadernos Selvagens o lançamento dum «Café literário» a ocorrer uma vez por mês, em princípio, numa 4ªfeira à noite. 

Para começar, achámos apropriado convidar o nosso amigo e mestre Fernando Pessoa, com (alguns dos) seus heterónimos.

Contaremos com a presença de Fernando Pessoa, o próprio, de Álvaro de Campos, de Alberto Caeiro, de Ricardo Reis e também de Thomas Crosse (tradutor da obra de Alberto Caeiro para inglês).
Contamos também com a tua presença, como é óbvio! Não faltes! 




 Abra aqui a página facebook  dos Cadernos Selvagens
  

sábado, 7 de janeiro de 2017

REUNIÃO DO GRUPO «SOLUÇÕES PARA A PAZ»

NA FÁBRICA DE ALTERNATIVAS (ALGÉS)

Reunião do Grupo "Soluções para a Paz" aberta a todos os interessados
Quarta-feira dia 11 de Janeiro pelas 21H00

De acordo com o combinado na anterior reunião de fazermos o próximo encontro na primeira quinzena de janeiro para debater os princípios que deverão reger a nossa actividade.

PRINCÍPIOS DO MOVIMENTO PARA A PAZ «SOLUÇÕES PARA A PAZ»

Com a presente declaração de princípios, entendemos estabelecer e dar a conhecer a nossa base de entendimento e acordo, com vista a uma eficaz busca de caminhos para a paz.
Consideramos que todas as pessoas são bem-vindas, dentro do espírito dos princípios abaixo delineados, cabendo naturalmente entre nós várias escolhas pessoais ao nível das ideologias, dos credos religiosos e das diversas opções noutros domínios.
Embora sejamos independentes de quaisquer filiações partidárias, religiosas ou outras, estamos abertos a partilhar com outros, dentro de um espírito de tolerância e de reciprocidade, de ações futuras para fazer avançar a causa geral de paz e não-violência.

Os pontos seguintes são considerados princípios gerais, que devem enformar a construção da nossa associação e nortear a sua prática, desde o primeiro momento.
- por uma cultura  de paz, através da educação
-pelo desenvolvimento sustentável nos planos económico e social
-pelo respeito de todos os direitos humanos
- pelo respeito dos direitos dos animais e pela proteção e preservação do ambiente
- pela igualdade entre mulheres e homens
- pela promoção da democracia
-pela expressão livre e participada das informações e conhecimentos
-pelas medidas que promovam a paz e a segurança internacionais

Os nove pontos gerais acima são todos, conjunta e mutuamente, solidários. Seu conteúdo preciso será desenvolvido e explicitado, quer nos documentos, quer nas práticas que iremos desenvolver.
Estamos em solidariedade com outros grupos e individualidades, quer a nível nacional quer internacional, que desenvolvam trabalho concreto e convergente com o nosso.


domingo, 27 de novembro de 2016

CONVOCATÓRIA: MOV. PELA PAZ, 08/12/2016


Amigos, amigas!
Não se pode continuar a enterrar a cabeça na areia.
As pessoas de boa vontade têm sido sistematicamente enganadas pela máquina propagandística da média corporativa, disfarçada de «comunicação social», na realidade, propaganda.
Estão a roubar-nos - a pouco e pouco - os nossos espaços de liberdade, a nossa possibilidade de expressão livre. Já não podemos exprimir a nossa opinião em muitos locais, sem risco de sermos censurados, de sermos considerados «terroristas» ou outra etiqueta infamante, porque o poder já não suporta ser confrontado com a verdade, com aquilo que ele é...
As pessoas podem continuar a fazer os seus projetos - nos quais encontram razões para viver, para lutar, para serem ativas - e isso é muito bom e positivo. No entanto, é menos bom e positivo que andem completamente dissociadas das lutas mais gerais e mais decisivas. Se desistem de lutar, serão fatalmente derrotadas, já estão sendo derrotadas, agora.
Mas há esperança de se fazer algo positivo se quiserem, se considerarem - como nós consideramos - que já chegou o momento de dizer «basta!»
 Propomos nos reunir, em breve, no âmbito do Movimento pela paz, para delinearmos estratégias, que não conflituam de modo nenhum com vossas e nossas prioridades, mas que quebrem a apatia das pessoas que são o alvo deste trágico resvalar para uma sociedade totalitária global.
Assim, no dia 8 de Dezembro,  pelas 18H00um feriado em Portugal que assinala o «dia das forças armadas», iremos realizar uma nova Assembleia do Movimento pela paz  nas instalações da Fábrica de Alternativas,  para refletir sobre os caminhos do anti-militarismo, da paz, da resposta cidadã à tentativa globalista de instaurar uma «ordem» mundial, com um governo único, uma moeda única, um poderio militar sob comando único...

Contamos com a tua presença e participação ativa.

Saudações de paz