As criptomoedas foram vistas como «rivais» do ouro na medida em que o seu crescimento exponencial (1) teria desviado potenciais investidores no metal amarelo. Mas, como todas as apreciações apressadas, esta também se revelou muito errada. O mercado do ouro (2) é sólido e não será abalado de forma significativa pelas criptomoedas. Pelo menos, não do modo como certa imprensa supõe.
Na realidade, a força das criptomoedas está na facilidade em serem transaccionadas, sem custos, de uma ponta à outra do globo ... Sem custos e sem o controlo exercido pelos bancos e governos.
Mas, a sua natureza mesma, faz delas maus repositórios de valor, ao contrário do ouro e da prata, que têm sido capazes de conservar o seu valor, ao longo de mais de 5 milénios e continuam a fazê-lo.
Se as criptomoedas tiverem o ouro como garantia de última instância, tal como tinham as moedas do século XIX, tudo isto poderá mudar. Com efeito, naquela época, o padrão ouro permitiu um comércio sem grandes sobressaltos e um desenvolvimento do capitalismo como não voltou a ser experimentado, depois.
Por isso, os governos e bancos centrais olharam primeiro com receio e agora, pelo menos alguns, tentam «domesticar» a tecnologia de «blockchain», na base das criptomoedas, para possuírem uma forma de controlo sobre elas.
(1) http://www.bilan.ch/argent-finances-plus-de-redaction/renouveau-crypto-monnaies-basees-lor
(2) https://www.youtube.com/watch?v=X4ZOwzZ2Sng
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