Desde há alguns dias, vimos a assistir a uma escalada; as provocações sucedem-se.
Primeiro, o abate de um avião da força aérea síria, por avião dos EUA no espaço aéreo sírio e com o fim de impedir (em vão) que caísse um bastião dos terroristas islâmicos do ISIS.
Nas últimas horas, uma série de incidentes nas proximidades da fronteira russo-báltica... incluindo uma aproximação de um avião da NATO, próximo de avião transportando um ministro russo e que obrigou a que caças russos interviessem para afastar os intrusos.
O Estado profundo, nos EUA, dominado pelos neocons continua as fazer das suas.
Admitindo que Trump não fosse o candidato preferido dessa perigosa fação, quererá isso dizer afinal que ele não tem verdadeiramente mão neles, está à mercê de todas as sabotagens dos seus esforços de apaziguamento com a Rússia?
Alternativamente, pode-se imaginar que o presidente, vendo que eles eram demasiado poderosos e que as ameaças contra ele eram para tomar a sério, acobardou-se e decidiu jogar o seu jogo.
Penso que ambos os cenários são de uma gravidade extrema, pois -pelos seus efeitos - nos colocam à beira da IIIª Guerra Mundial, a qual inevitavelmente, se transformará em guerra nuclear TOTAL.
É essa a aposta louca dos neocons, mas parece que muito poucos vejam os perigos... a media ocidental, os próprios governos da NATO «aliados» dos EUA parecem jogar o jogo letal, sem consciência de que é um risco demasiado alto para se tomar, seja qual for o prémio.
Os gregos designavam pelo termo HUBRIS a cegueira e inebriamento do poder vitorioso dos chefes. Porém, o povo não poderá senão sofrer caso continue adormecido. Aliás, nem mesmo essa oligarquia, que terá bunkers anti-nucleares para aguentar durante algum tempo (6 meses, um ano?) poderá viver numa Terra onde todas as formas de vida que os poderiam sustentar ficaram extintas.
É esse o grau de loucura dos neo-cons.
Tenho acompanhado a brilhante carreira de ensaísta político de Dmitri Orlov. Na entrevista dada a Chris Marteson ele explica com meridiana clareza os riscos que corremos todos. A transcrição da mesma pode ser lida aqui.
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