A euforia apoderou-se da bolsa de Frankfurt, quando a economia alemã atravessa o segundo ano de recessão. Os investidores estão a jogar no momento político da (re) eleição de Trump. As taxas de juro das obrigações soberanas dos principais países ocidentais irão aumentar, desencadeando nova vaga de inflação. Estas euforias especulativas são sinal típico, antecendo grandes crises, como a de 1929, a do ano 2000 (bolha das dotcom) ou a de 2008 (bolha do crédito hipotecário).

quarta-feira, 8 de fevereiro de 2017

ACREDITEM OU NÃO...

Aquilo que nos limita, que te limita a ti leitor/a, ou a mim, que escrevo, não é mais do que o nosso ego! O nosso ego é uma espécie de prisão que não se afirma como tal, algo que te prende mas que tu não reconheces como sendo a origem das tuas inibições.

Mas o destino das pessoas é o de viver com o ego que têm, não de se verem livres do seu ego! E se o tentarem, como aconselham certos gurus, podem ficar completamente alheadas do mundo real, ou não …. Porém, não ficarão mais sábias!

A nossa natureza é assim; então, será melhor nos conformarmos e trabalharmos o ego, para que ele seja nosso vassalo, para que ele se submeta à vontade do nosso Eu verdadeiro, da nossa pessoa na sua integral maturidade. Caso consigamos, não poderemos ser derrotados em nada do que empreendemos; já porque não faremos ou planearemos o que está fora do nosso alcance, já porque estaremos capazes de apreciar as coisas boas e menos boas que a vida nos dá, sem nos lamentarmos, sem nos sentirmos «injustiçados».

Mas, sobretudo, teremos alcançado a liberdade essencial de conduzir a nossa vida, não conforme o impulso do desejo, o que será sempre um desastre, a prazo, mas duma vontade fixada em metas, por nós decididas.

Trata-se de optar pela consciência, pelo assumir consciente do nosso dever em relação a nós próprios e em relação aos outros. Se assim procedermos, seremos felizes e talvez possamos obter a estima de algumas pessoas que nós próprios estimamos.

A maior parte das pessoas não tem ideia própria sobre nada, não tem princípios e – por isso mesmo - não aplica esses princípios, mesmo que os declare. Nestas circunstâncias, mais cedo ou mais tarde, qualquer que seja a situação de partida, tais pessoas irão confrontar-se com fracassos. Podem atribuí-los a fatores externos, sem dúvida. Porém eles/elas ou terão de assumi-los e melhorar, ou continuar a vitimar-se e a negar (denegação) a evidência.

Tudo – nesta civilização - nos empurra para um aligeirar das responsabilidades, pelos nossos fracassos, pelas nossas falhas. Mas, se formos superiores a isso, se soubermos resistir à pressão da mediania e da mediocridade, saberemos encontrar a via de realização do nosso ser.

Não tenho receitas para os outros, porque não tenho para mim próprio: tenho, sim, confiança no meu juízo, no meu sentir e no meu raciocinar.
As outras pessoas podem ter ou não ter algo para me dar. Mas em qualquer caso, estou bem, não exijo delas nada; se delas vier a receber algo, no sentido espiritual, fico grato. Mas não faço questão nisso.

Sei que - a maior parte das pessoas – embora tenha uma centelha de espírito, está dominada pela escravidão do ter, do parecer, não está disponível para amar, para ser em toda a sua plenitude. Seria estupidez da minha parte, esperar tal coisa do comum dos mortais. Se algumas pessoas, na minha vida, correspondem e me pagam da mesma moeda, já estarei muito feliz, já terei imensa sorte.

   




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