«Come mothers and fathers throughout the land
And don't criticize what you can't understand
Your sons and your daughters are beyond your command
Your old road is rapidly aging
Please get out of the new one if you can't lend your hand
For the times, they are a-changin'»*
(*de «Times they are a changin'» de Bob Dylan)
O colapso já ocorreu. As modalidades concretas das suas consequências, daqui para a frente, podem ser vistas como as trajectórias das pedras e das outras componentes da estrutura dum edifício que acabou de ser implodido.
Sim, o edifício da economia mundial foi implodido, de forma perfeitamente deliberada, pela oligarquia. O coronavírus foi o pretexto, muito conveniente, como salientei repetidas vezes.
Mas, esta experiência (em que quase todos nós fomos cobaias), tem um aspecto ainda mais sinistro: a oligarquia - agora - sabe como é fácil obter um controlo a 100% de todas as alavancas da sociedade.
Ela deve ter ficado agradavelmente surpreendida com a facilidade com que conseguiu levar a cabo a operação gigantesca de tomada de poder sob pretexto de pandemia, o que eu chamo «o golpe de estado planetário».
Foi posta em evidência a reacção de medo do povo, a sua passividade, a sua incapacidade para ver que lhe estavam retirando todas as hipóteses de se defender, de reagir.
Perante isto, a imensa maioria nem compreendeu que tinha sido vítima dum desfalque brutal, da riqueza e património comuns, pela oligarquia. Enquanto eram privatizados os benefícios, eram socializados os prejuízos.
A saída para esta situação não é individual, como é fácil de compreender. Ela implica que uma grande massa da população, em todos os países, acorde da sideração, da hipnose, em que foi mergulhada.
A resistência vai ser difícil, mas ela irá contar com as pessoas mais inteligentes dentro de cada sociedade, independentemente do seu ideário político. Aquelas que não se deixarão jamais arregimentar pelas falácias do poder totalitário disfarçado. Pode, uma grande parte das pessoas, deixar-se enganar por «ONG humanitárias» (como a Fundação Soros, ou a Fundação Bill e Melinda Gates, etc...)... Mas, não é possível estas e outras entidades enganarem todos, durante todo o tempo.
Surgirão muitas modalidades de resistência, que irão fazer abortar a tomada de poder totalitário disfarçada.
Depois, trata-se das jovens gerações construírem uma sociedade nova, não enfeudada a preconceitos e obsessões do passado.
Não sei que forma concreta esta tomará, mas atrevo-me a pensar que não será monolítica, que terá grande maleabilidade, sobretudo, que estará realmente preocupada com a salvaguarda dos recursos naturais no planeta e com a sua gestão sustentável. Portanto, não irá perpetuar o sistema capitalista, com a sua necessidade vital (para ele) de se expandir permanentemente, de alargar os domínios do mercado até ao infinito!
Para essa transformação, creio que seria sensato começar a debater-se, com vista a posteriormente edificar, em que tipo de sociedade(s) - a traços largos - se deseja viver, quais os valores e os princípios que devem estar na sua base, que caminhos se poderão tomar para se alcançar este novo estádio.
Para essa transformação, creio que seria sensato começar a debater-se, com vista a posteriormente edificar, em que tipo de sociedade(s) - a traços largos - se deseja viver, quais os valores e os princípios que devem estar na sua base, que caminhos se poderão tomar para se alcançar este novo estádio.