A realidade «judaica do Antigo Testamento» do povo judeu de Israel atual é tão fictícia como a dos germânicos serem «arianos» e terem sido declarados como «a raça superior» pelo regime de hitleriano. Na verdade, são os palestinianos muito mais próximos geneticamente do povo judeu de há dois mil anos,. Isso não lhes confere um estatuto especial, mas apenas mostra o grotesco e a monstruosidade de basear uma política em dados étnicos ou «rácicos». Toda a política baseada em elementos raciais é uma clara negação dos Direitos Humanos, inscritos na Carta da ONU e em inúmeros documentos oficiais de todos os países (incluindo Israel).
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quinta-feira, 28 de maio de 2020

A POLÍTICA DO CAOS E A SALVAGUARDA DO DEMOS

                                (música - som organizado - negação do caos) 

Estou sempre atento ao que se passa no Extremo-Oriente, em particular na China, incluindo Hong Kong.

As forças do caos estão insatisfeitas; querem mais, muito mais: A sua única satisfação é a satisfação total, ou seja, a hegemonia mundial.

Nenhum poder, nos últimos vinte anos, se interpôs verdadeiramente entre as suas ambições megalomaníacas e o mundo

Precisavam de um novo «Pearl Harbour»: tiveram-no num 11 de Setembro. Ó quão fatídica data, pois nela se tinha inaugurado o golpe em 1973, para derrubar o socialismo Latino Americano, no Chile de Allende, que passou a ser o modelo de golpe militar fascista, com Pinochet e as forças da CIA. 

Passou a ser também o modelo de aplicação do neo-liberalismo, onde «liberalismo» tem apenas o significado de não haver limites - de qualquer espécie - para o capital. 

Mas, o domínio sem partilha do Globo, objectivo claramente denunciado por Michel Chossudovsky e outros, está ainda dependente de conseguirem manter em cheque, para depois derrubarem, o outro super-poder. Por isso, têm de construir uma narrativa diabolizante doutra civilização, cinco vezes milenária, que se transformou, se adaptou e que não está interessada em dominar o resto do mundo.  Tem adentro de suas fronteiras o suficiente para garantir um nível de vida decente e mesmo além disso, para a sua população. Basta que não caia na irracionalidade do «mercado livre», uma aberração ideológica e lógica*. 

[* Como já escrevi, Adam Smith e outros idealizaram um modelo teórico, sem que se traduzisse nos factos das sociedades e economias reais, tanto do seu tempo como de todos os tempos. Por isso, a maior parte das vezes, o uso do próprio conceito de «mercado livre» resulta dum equívoco, ou duma distorção, para permitir o domínio do mais forte sobre o mais fraco. Não é realmente nada do que os liberais do século XVIII sonharam. ]

A essência do poder na China de hoje, é de um poder totalitário. Não há dúvida nisso. 

É verdade que, havendo meios financeiros quase infinitos, um poder - incluindo a China de hoje, seja qual for a sua caracterização - é sempre derrubável: com diversos meios subversivos, desestabilizadores, conjugados com sanções e demonizações, para impedir indignação ou solidariedade (porque o público está amedrontado). Mas, o que não é possível é instaurar um regime genuíno, democrático, de respeito pelos direitos humanos, resultando de actos de subversão inspirados e subsidiados do exterior que - em geral - culminam com uma guerra e uma invasão. 

Felizmente para os chineses, o regime presente está bem forte. 
Os Rockefeller, Rothschilds, Gates, Soros e outros, vêem a conquista do Império do Meio como sua «jóia da coroa», aquela vitória que os iria realmente erguer à situação de «senhores do mundo» por mil anos. 
Este sonho de ditadores imperiais, desde a antiguidade aos nossos dias, não se poderá realizar. Porque a existência da espécie humana estará em jogo. Ou, por outras palavras, se tal acontecer, será depois da humanidade passar por uma guerra nuclear (total, pois não é concebível - todos os estrategas sabem-no perfeitamente - uma guerra nuclear limitada). 
Mas uma guerra nuclear deixará um planeta inabitável: estéril em muitas zonas e mesmo nas zonas que aparentem ser habitáveis, efeitos de longo prazo, como os níveis de radiações e de elementos radioactivos, tornarão a vida humana não sustentável.
A loucura da oligarquia mundialista, que alguns erroneamente chamam de «elite», é completa. Estão - conscientemente - a encaminhar para o abismo a civilização e a natureza que os sustenta. 
Ofuscados pela sua incapacidade de obterem o comando sem partilha, semeiam o caos e pensam no seu delírio que do caos possa nascer a ordem. Pois a IIª Lei da Termodinâmica, a Física toda, dizem que o caos só pode originar mais caos. 
O que eles pretendem, semear a morte e a destruição, para se alimentarem dos despojos, será como «abutres». 
Mas, nem sequer serão abutres no sentido ecológico, pois estes se alimentam de carniça (cadáveres); os abutres desempenham um papel importante na saúde dos ecossistemas... são tão importantes como as gazelas ou os beija-flor, ou outros animais «simpáticos»! 
Nós vivemos todos hipnotizados, iludidos, intoxicados com ideologias caducas, quando o real está mesmo diante dos nossos olhos! 
Esta denegação, esta persistente incapacidade de reconhecer o real, é a verdadeira prisão dos povos. 
Se tivéssemos a noção clara de como estamos a entregar (incondicionalmente!) o poder a predadores e psicopatas, que têm nenhuma consideração pelas nossas vidas, saúde, ou dignidade... as construções de poder (no Ocidente, Oriente, Sul ou Norte) iriam ser rapidamente desmontadas. Elas desfaziam-se, como cenários de circo que deixaram de servir, depois de terminado o espectáculo, depois de apagadas as luzes multicolores, tal como as músicas, os cheiros e a agitação, que davam vertigens.

PS1 - Na sequência do que venho divulgando neste blog sobre as manobras do (hiper) imperialismo e da oligarquia global, para conseguirem a docilidade dos cidadãos, é importante a cronologia comentada, apresentada no excelente artigo do Prof. Chossudovsky:

Global Capitalism, “World Government” and the Corona Crisis

When the Lie Becomes the Truth There is No Moving Backwards