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sábado, 11 de janeiro de 2025

Direitos Humanos, Justiça, Nos EUA?? Deves estar a sonhar!!

 


Usam-se correntemente nas prisões dos EUA os métodos do MKUltra (pesquise o que significa a sigla). Este corredor é «o buraco» na prisão central de Nova Iorque, onde Jeffrey Epstein «foi suicidado». Sim, conseguiu enforcar-se; não tinha banco, estava em vigilância por risco de suicídio, os guardas adormeceram e as câmaras de vigilância avariaram. Coincidências...

Mas, infelizmente, esta realidade estende-se a muitos prisioneiros de consciência, prisioneiros políticos, que são manipulados para confessar o crime que não cometeram... Como assim? 

Vejam abaixo a explicação:

(abaixo, copiado do blog de Martin Armstrong)

[...] A plea of guilty means NOTHING. You are given the choice of trial and 120 years since you will NEVER get a fair trial in NYC, or you plea and take 5 years. Claiming these January 6th prisoners plead guilty is only because they and their families are threatened. That is our legal SYSTEM. Will Trump investigate? I seriously doubt it. The Deep State controls the country, and nobody in DC will challenge them so much for We the People.


Judge Rakoff, when he retired, wrote a book on how the government ROUTINELY forces innocent people to plead guilty all the time. I have written that I do not believe in the death penalty as being the worst punishment. That is life imprisonment. Two death row inmates who Biden commuted their sentences just rejected it. I would do the same. Trump is DEAD WRONG on the death penalty. It is NEVER a deterrent. That is pure bullshit. Make it the choice of the inmate – life or death. Many would choose death over being tortured mentally for the rest of their lives. You want a deterrent, a prosecutor should suffer the punishment he imposes on an innocent person. Now, you will start to clean up the legal system.

More than 50% of the people in federal prison are innocent. The guilty go free because they know the game. You implicate and bring in as many people as you can and you go home. I met priests in prison who thought they were being kind and wire money to China. He thought to help a family, and the person was a drug dealer who asked him to please help his family. A superintendent of an apartment building was given 17 years because drug dealers said he would let them know if the police were entering the building. They tried to give the death penalty to a 26-year-old who, when asked where Joe was, replied he was over there, and they killed him. The prosecutors are the worst people you will ever meet. They wanted the death penalty on that kid just to win one in NYC for once – not the shooters.

To survive these MKUltra Tactics, you MUST turn it into a game like the TV series Survivor. They would throw me in a cell that was so hot that my underwear was too much to wear. They throw you into a cell that is so cold you see your breath and deny you any clothing but your underwear. Sleep deprivation is also a favorite. You have to turn it mentally into a survivor game. Ok, I beat that one – what’s next? They threw me in with the terrorists from the first World Trade Center attack. A Muslim cannot be seen naked. They would come and order you to take off all your clothes and claim the guy is behind them with fresh clothes that never came. No heat. I told the kid to put on the blanket. He said no, they told him it was made of pig hair. I told him they were liars. There is no such thing. It is wool. He finally believed me. All the time, my family tried to see me, but they told them I was not there.

This is why the US Conviction Rate approaches 99% in USA

Fair Trials Do NOT Exist

And there is ABSOLUTELY Nobody who will defend the people there.


terça-feira, 15 de setembro de 2020

PROCESSO DE EXTRADIÇÃO DE JULIAN ASSANGE: O QUE ESTÁ EM CAUSA?


Quando o processo de extradição de Assange foi iniciado, a 7 de Setembro, o editor de «Moon of Alabama»(1) produziu um resumo da situação jurídica e da falta de bases da acusação, que deveriam ser suficientes para o tribunal britânico rejeitar o pedido de extradição de Julian Assange, para ser julgado em tribunal dos EUA pelo crime de espionagem. 


O artigo de Manlio Dinucci, traduzido para português por Luísa Vasconcellos (2), concentra-se nas ligações da juíza que preside ao tribunal, que está a julgar este processo de extradição. 
O seu conteúdo é importante, na medida em que demonstra um manifesto conflito de interesses, da parte de Lady Emma Arbuthnot, a juíza que preside ao julgamento. 


O que se pode concluir destes dois artigos e do conjunto de documentos citados neles? 

-De facto, o Reino Unido deixou de ser um Estado de Direito, passou a ser uma ditadura disfarçada, onde jornalistas e editores (como Assange) são perseguidos por revelarem crimes ocultados pelos poderes de Estado. 

- Ainda, este caso revela a submissão total do sistema político-jurídico do Reino Unido à vontade imperial dos EUA, que baseiam seu pedido de extradição numa suposta extra-territorialidade de sua legislação, coisa absurda e apenas aceite em resultado da subordinação, da vassalagem do Reino Unido e dos seus órgãos políticos e de Estado. 

Em baixo, alguns artigos deste blog que ajudam a contextualizar e compreender o caso do editor de Wikileaks.

(3) A VERDADE SOBRE JULIAN ASSANGE

(4) CRAIG MURRAY: «Assange, o preso político mais importante do mundo»

quinta-feira, 26 de outubro de 2017

UMA CRÓNICA REPUGNANTE

Hesitei longo tempo em escrever esta crónica, porque os factos à qual esta se refere são simplesmente repugnantes. 
Toda a gente em Portugal comenta a notícia da sentença do Tribunal da Relação do Porto, que considera aceitável violência (exercida com sadismo, ainda por cima) pelo marido, devido a se tratar de uma mulher adúltera. 
Foi preciso uma afirmação do Presidente da República, de que «todos os magistrados são obrigados, obviamente, a cumprir a Constituição da República» para que o Conselho Superior da Magistratura instaurasse um inquérito disciplinar. 
Ora, acontece que o juiz que redigiu a sentença infame tinha antecedentes em desculpar a violência contra mulheres e mesmo em «justificar» violência contra criança de quatro anos.

Estes factos, quando saltam dos tribunais para as primeiras páginas dos jornais e para a discussão pública, são chocantes porque as pessoas têm uma noção intuitiva da justiça que está exatamente no polo oposto do comportamento destes juízes. Aliás, não é assim tão raro - em Portugal - vir a público uma notícia de uma sentença completamente disparatada e com fundamentos absurdos, como foi este recente caso, que despoletou a onda de indignação em todo o país. 

Infelizmente, as pessoas estão completamente equivocadas em relação à chamada «justiça». Ela é efetivamente uma justiça de classe e os seus guardiões de toga estão ao serviço do Estado, não ao serviço dos cidadãos. São privilegiados - pelo próprio estatuto e pelo Estado - que se veem numa situação de impunidade. 

Muitos devem ver-se a si próprios como fora do alcance de qualquer medida disciplinar, mesmo quando pisam e distorcem de forma grotesca a letra e o espírito da lei. Muitos, não apenas aqueles juízes do Tribunal da Relação do Porto, pensam que podem decretar sentenças segundo o seu parecer subjetivo e distorcer - até à caricatura - os fundamentos legais, sobre os quais essas mesmas sentenças teoricamente deveriam repousar.

Sem dúvida, o ordenamento do Estado tem a ver com esta situação de virtual impunidade dos juízes: a prática tem-lhes mostrado que poucas vezes algo acontece em termos disciplinares, seja qual for a sentença proferida, seja qual for o fundamento invocado para a mesma. 
Pressupõe-se que um juiz deve ser respeitoso da Constituição e das Leis, mas a sua posição é praticamente inamovível ou é preciso um escândalo de enormes proporções, como este, da «sentença da mulher adúltera», para que algo sério lhes aconteça, em termos disciplinares.

A um nível diferente, também os polícias são salvaguardados de sérias consequências dos seus atos, mesmo quando estes envolvem clara violação dos direitos das pessoas, um desrespeito óbvio pela lei e atos de brutalidade. Tanto no caso dos magistrados como dos polícias, há alguns elementos que interpretam de forma «demasiado lata» a impunidade que - de facto- lhes é facultada pelo Estado - dito- de «Direito», com suas leis e práticas disciplinares. 

Que eles têm a proteção do aparelho e dos agentes do Estado, pode ser comprovado por nunca serem postos em causa quando ocorre a repressão brutal e totalmente injustificada de manifestações, que eles consideram «contrária à ordem pública», mesmo manifestações legalmente convocadas, onde não exista qualquer ato agressivo de manifestantes. 
Nestas ocasiões, quanto muito, pode surgir alguma indignação pública por «actos desproporcionados» por parte dos polícias ou sentenças «demasiado severas» por parte de juízes. 

Mas não se equaciona nunca que estes são levados a cabo pelos mesmos que os das sentenças aberrantes ou dos atos brutais nas esquadras. Se não são os mesmos, pertencem todos ao mesmo caldo de cultura dos tribunais e das esquadras. 

Se um indivíduo de origem africana é agredido no interior de uma esquadra ou se uma mulher, que sofreu agressão física pelo seu marido com um bastão cheio de pregos, é sujeita a uma sentença totalmente absurda, a indignação do público, muito justificadamente, sobe ao rubro. 

Porém, após o anúncio de um inquérito, parece que tudo volta à normalidade, tudo entra «na ordem». As punições disciplinares são decretadas e aplicadas muito tempo depois e com a maior das indulgências, por norma, ou não fossem eles também, os que as decretam,  guardiãos do sistema.

Não nos iludamos: a justiça é de classe e defensora do Estado acima de tudo. As corporações, supostamente especializadas em defender a legalidade, têm de defender o Estado, acima de tudo! 
... e as pessoas? - Bem, estas, deve-se dar a impressão de que o Estado «se preocupa» com elas.

Uma justiça de verdade só poderá ser baseada num poder real do povo; não me admira nada que numa sociedade divida em classes e onde o poder do dinheiro «soa» cada vez mais alto, a justiça seja o lamentável espectáculo que se vê.