A IIIª Guerra Mundial tem sido, desde o início, guerra híbrida e assimétrica, com componentes económicas, de subversão, desestabilização e lavagens ao cérebro, além das operações propriamente militares. Este cenário era bem visível, desde a guerra na Síria para derrubar Assad, ou mesmo, antes disso.
A célebre voz do jazz, intérprete dos clássicos, dá-nos aqui uma versão sensual de «Do It Again», que lhe assenta como uma luva.
A canção foi escrita por Gershwin e DeSylva. Penso que terá sido primeiro interpretada em 1958, por Judy Garland.A mesma canção, por Sarah Vaughan, tem um toque e sabor completamente diferentes.
The more I see you, the more I want you Somehow this feeling just grows and grows With every sigh I become more mad about you More lost without you and so it goes
Can you imagine how much I love you? The more I see you as years go by I know the only one for me can only be you My arms won't free you, and my heart won't try
Can you imagine how much I love you? The more I see you as years go by I know the only one for me can only be you My arms won't free you, and my heart won't try
Em geral, gosto bastante das versões dos clássicos, que Michael Bublé tem levado ao ouvido das novas gerações....Especialmente, esta versão da célebre canção «The More I See You». Celebrizada por Chris Montez, nos anos sessenta na cena pop, foi igualmente interpretada por stars do jazz, entre as quais, Sarah Vaughan e Nat King Cole.
A versão de Bublé é criativa e adequada. É muito difícil de ser original e de ter bom gosto, na interpretação de canções muito célebres, como esta.
A BELEZA da voz de Sarah Vaughan continua a encantar-me após estes anos todos. A maleabilidade e expressividade do seu canto aliam-se perfeitamente a uma concepção clássica do reportório da Broadway, ou seja, das comédias musicais, nos anos 50 - 60.
Eu posso - pontualmente - preferir uma interpretação de Ella Fitzgerald, ou de Dinah Washington; porém, quando oiço estes temas interpretados por «Sassy», soam sempre inteiramente naturais, como se todas estas canções fossem expressamente compostas para ela.
Um dos meus grandes amores. Um amor de longa data.
Só consigo ouvir «Summertime» cantado por grandes interpretes, pois é como que o supra-sumo do jazz. Destes grandes interpretes, figura em destaque a excepcional qualidade de Sarah Vaughan, cuja extensão e versatilidade vocais são inigualáveis...
Duas versões de um sucesso de Fats Waller: uma vocal, pela imortal Sarah Vaughan, outra ao estilo do ragtime, em voga nos anos 20 e 30 do século passado, na interpretação brilhante de Stephanie Trick.
São duas versões tão belas, uma como a outra, pelo que não faz sentido hierarquizar.
I'm gonna sit right down and write myself a letter,
And make believe it came from you.
I'm gonna write words oh, so sweet
They're gonna knock me off of my feet,
A lot of kisses on the bottom,
I'll be glad i got 'em.
And close with love, the way you do.
I'm gonna smile and say,
"i hope you're feeling better,"
Esta publicação tem a ver com a minha longa paixão pela poesia posta em música e pela música que não se deixa encerrar em categorias convencionais. É a minha modesta homenagem a Kurt Weil.
SPEAK LOW - UTE LEMPER
As raízes do jazz são múltiplas, assim como a nossa civilização «ocidental» (mas tão bem representada no Oriente!).
A música popular de qualidade vai construindo a sua tradição, por selecção e eliminação das escórias. Só nos parece efémera porque nós estamos mergulhados no instante.
Mas existe uma fusão entre a música popular e a «erudita» em alguns poucos compositores, entre os quais K. Weil.
Esta canção de amor extraída do filme «The Sandpiper» de 1965, com Liz Taylor e Richard Burton, tornou-se muito famosa e foi cantada por inúmeros intérpretes.
The shadow of your smileWhen you have goneWill color all my dreamsAnd light the dawnLook into my eyes my love and seeAll the lovely things you are to meOur wistful little starIt was far, too highA teardrop kissed your lipsAnd so did INow when I remember springAll the joys that love can bringI will be rememberingThe shadow of your smile
Aqui, mais um exemplo da portentosa voz de Sarah Vaughan, da sua sensibilidade artística e bom gosto, que tornam qualquer melodia ou canção por ela interpretada, algo muito pessoal...
No final desta gravação, extraída de um documentário, ouve-se também comentar que Sarah fumava, bebia, etc. e não se importava de afirmá-lo.
Jerome Kern e Oscar Hammerstein II compuseram e uma pleiade de interpretes deram vida a este clássico do jazz.
Aqui deixo duas interpretações; são - para mim - modelos! São perfeitas em si mesmas!
You are the promised kiss of springtime That makes the lonely winter seem long You are the breathless hush of evening That trembles on the brink of a lovely song You are the angel glow that lights a star The dearest things I know are what you are Some day my happy arms will hold you And some day I'll know that moment divine When all the things you are, are mine
Não é fácil escolher uma canção para começar o ano, uma canção bela e simples, que nos entra no ouvido... A divina Sarah tem montes delas!
Eu apenas aconselho que cada um se sirva desta coleção e que escolha a que se adapta melhor ao seu temperamento...
Seja qual for a escolha de meus leitores, que ela sirva para nos reconciliar través da beleza do mundo, dos seres humanos, da música, quer seja a dita «popular» ou «erudita», tanto faz.