Já não restam lágrimas, só cinzas
Que sobre as cabeças caem
Vindas do céu mortífero
Da crueldade despejada
Sobre a cidade esventrada
Vê-se nos écrans digitais
Olhos vidrados já não veem
Outros olhos não querem
Outros são indiferentes
O sangue das vítimas
inocentes espalha-se
Sobre as pequenas cabeças
Ensopa-lhes os cabelos
Escorre pelas faces
A degradação humana
Atinge esta civilização
Ela perdeu o senso moral
Demasiado poderosa
Totalmente impiedosa
A monstruosidade
e a cobardia
Não se apagarão:
Estão para sempre
por cima das cabeças
Dos que cometem
Dos que abençoam
Dos que viram a cara
Haverá cinza suficiente,
Suficiente para enterrar
A cinza dela própria
Sua autodestruição
Material e simbólica?
1 comentário:
https://www.youtube.com/watch?v=5ICAHM6-ehg
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