Muitas pessoas aceitam a situação de massacres de populações indefesas em Gaza e noutras paragens, porque foram condicionadas durante muito tempo a verem certos povos como "inimigos". Porém, as pessoas de qualquer povo estão sobretudo preocupadas com os seus afazeres quotidianos e , salvo tenham sido também sujeitas a campanhas de ódio pelos seus governos, não nutrem antagonismo por outro povo. Na verdade, os inimigos são as elites governantes e as detentoras das maiores riquezas de qualquer país. São elas que instigam os sentimentos de ódio através da média que controlam.

sexta-feira, 9 de outubro de 2020

JOHN LENNON: aquele homem que assustou o «establishment»


JOHN LENNON FARIA HOJE 80 ANOS, SE FOSSE VIVO

“Peace is not something you wish for; It’s something you make, Something you do, Something you are, And something you give away.”*

[*«A paz não é algo que se deseje; É algo que constróis, que fazes, É algo que és e que dás...»]

Tenho imensa admiração pelo Beatle que não se contentou em seguir uma carreira a solo, depois do icónico grupo dos anos 60 se ter desfeito em 1970. Não apenas pela sua criatividade musical e poética, como sobretudo pela inteligente forma como se serviu da sua fama para fazer valer o que ele considerava como causas justas. Muito poucos artistas - agora - fazem algo parecido, infelizmente. 
              [gravação histórica de 'Give Peace a Chance', por «Plastic Ono Band»]

John Lennon era genial e tinha como companheira uma artista de performances também excepcional, Yoko Ono. Mas, hoje continuo à espera de ver outros músicos, como Roger Waters, erguerem-se pela liberdade de Julian Assange. 
Continuo à espera de ver outros artistas plásticos, como Ai Wei-Wei, a chamarem a atenção para os aspectos menos brilhantes do «socialismo com características chinesas», ou de outros regimes.
Ou ainda, como Manu Chao, a juntarem-se aos anti-capitalistas e anti-globalistas, nas suas marchas e manifestações. 
Precisamos de muitos mais, como Lennon, que se ergam e digam a verdade aos poderes, fazendo ouvir as suas vozes. Estas têm muito maior alcance, têm um imenso público de seguidores. 
Se houvesse muitos «novos John Lennon» em todo o mundo, criadores em todas as artes, a desmascarar a hipocrisia dos poderosos, seria impossível estes manterem-se. Ficariam desmascarados como no conto «O Rei vai nu».


Lê o artigo seguinte (em inglês) de John W. Whitehead, advogado e autor, que tem feito muito pela liberdade e pela defesa dos direitos civis, expondo as perversões do aparelho de Estado e Justiça nos EUA:

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