sexta-feira, 12 de maio de 2017

PADRE MARIO DE OLIVEIRA - ENTREVISTA


DIXIT DOMINUS (RV 594) DE VIVALDI



Vivaldi foi e é um grande músico injustiçado. 
A sua fama, junto do grande público, resume-se apenas às «Quatro Estações» que, de tanto interpretadas e gravadas, perderam todo o impacto no auditor; um efeito de saturação. 
Pelo contrário, a sua música sacra, assim como um grande número de árias de ópera, são de uma beleza inultrapassável mas, lamentavelmente, até há poucos anos, raramente ouvidas em concertos ou gravadas em disco*

O «Dixit Dominus» é um salmo tradicionalmente usado no ofício de Vésperas, mas também na cerimónia de ordenação de um sacerdote (tu es sacerdos in aeternum secundum ordinem Melchisedech**), na Igreja Católica

Esta versão, com a sua longa introdução «Cantat in Prato» é muito bela. Tem a pompa toda associada ao rito católico. 

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* Esta gravação, dirigida por Angelo Ephrikian, é estreia mundial, datada de 1967.

** Thou art a priest for ever after the order of Melchizedek


quinta-feira, 11 de maio de 2017

PORQUE AS PROPINAS DO ENSINO SUPERIOR SUBIRAM MUITO ACIMA DA INFLAÇÃO?



A mecânica oculta existe tanto nos EUA como em várias partes da Europa. O video é a gravação de um diálogo entre Gordon T. Long e Charles Hugh SmithÉ um pouco longo, mas tem tanta informação de qualidade que não hesitei em proporcionar aos meus leitores.

Oiçam cuidadosamente, de certeza que vos diz respeito, aos vossos filhos, à sociedade que está sendo construída. 

A educação superior e os títulos que dispensa tornou-se numa espécie de «titularidade» nobiliárquica ou algo assim. Mas isso não é - de facto - o fim pelo qual existem estas instituições: algo que não preenche o fim para o qual é reconhecido pela sociedade, não deveria ser desmascarado?

quarta-feira, 10 de maio de 2017

OS NEOCONSERVADORES E O GLOBALISMO

                                   https://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/7/77/Machiavelli_Principe_Cover_Page.jpg



A história dos neocons escrita por Paul Fitzgerald e Elizabeth Gould é um manancial de informações valiosas sobre o chamado Estado profundo, nos EUA. Esta história explica-nos como é que um pequeno número de trotsquistas se converteu em servidor da máquina de guerra, que foi - desde o início da Guerra Fria - a propaganda do chamado «Mundo Livre» e o importante empenhamento de todas as estruturas civis e militares do Estado americano, em sucessivas etapas, até hoje em dia. 
Não se pode compreender muitas das escolhas políticas dos últimos tempos, sem ter em conta a influência das doutrinas «neocon» sobre os decisores políticos americanos.
Os quatro artigos começam com o passado recente, nomeadamente, a quase surreal campanha anti-russa, durante a campanha presidencial que levaria à eleição de Donald Trump e a continuação obstinada da mesma, até hoje.

Talvez a demissão supresa do chefe do FBI, Comey, possa ter algo a ver com isso.
Apesar de tantos nomes que surgem associados à corrente designada por «neoconservatismo», os autores dão um papel especial a James Burnham. Pessoalmente, não sabia nada sobre esta eminência parda antes de ler este artigo. Mesmo nos EUA, talvez só um punhado de pessoas saberá identificar Burnham como um dos principais «neocons».


O pensamento político e filosófico dos neoconservadores é maquiavélico, anti-democrático, despreza totalmente valores e os direitos humanos. 
O seu objectivo é apenas o poder (neste caso, o poder do Império do capitalismo corporatista), sendo «boas» quaisquer medidas que o aumentam. 
A Europa está claramente destinada a ser vassalizada, como tem sido aliás, de acordo com o credo «neocon». 
Ao fim e ao cabo, trata-se de um pensamento totalitário, mesmo que não proponha a eliminação pura e simples de qualquer liberdade de expressão ou de organização independente. 

Este globalismo agressivo e elitista tem em conta as lições de Bernays e joga com o «soft power», ou seja, uma penetração cultural através da qual leva as pessoas a adoptarem valores e juízos de valor bem definidos, mas sem dar a impressão de estar a fazer «lavagem ao cérebro».




terça-feira, 9 de maio de 2017

HOMO NALEDI - A IMPORTÂNCIA DE UMA DATAÇÃO


 
Homo naledi viveu há cerca de 2,5 milhões de anos ou entre 250 mil e 400 mil anos, aproximadamente?

Parece que - afinal - esta espécie é contemporânea dos primeiros Homo sapiens, o que é um dado quase tão espectacular como a própria descoberta de «naledi». 
Parece que há condições para isolar o ADN: será determinado se houve cruzamentos interespecíficos (com a espécie H. sapiens ou outra) e quais as características ancestrais que partilha naledi com o ramo sapiens

Há uns anos atrás, li os primeiros relatórios científicos sobre esta espécie fóssil pelo seu descobridor Lee Berger: este fazia notar uma extraordinária mistura de características anatómicas ancestrais, com características muito mais evoluídas.

Sabe-se que H. naledi fabricava instrumentos. Talvez tenha havido transferência horizontal de tecnologia, de uma para outra espécie.

Há muito por descobrir, há muitos ossos fósseis que têm de ser analisados no complexo de grutas da África do Sul, onde foi descoberta esta espécie, há 5 anos atrás.

De qualquer maneira, os dados já apurados reforçam a tese de que a evolução humana procedeu por radiação, com episódios de hibridação e posterior diferenciação.   


CONCERTO PARA ÓRGÃO DE HAENDEL



Para mim, este concerto em sol menor Op. 4/1 HWV 289, tem sido um dos concertos mais inspiradores do genial Haendel. 


As pessoas que associam o órgão clássico exclusivamente às funções e ofícios religiosos, ignoram que também foi instrumento de corte - dançava-se nas cortes ao som de pequenos órgãos ditos «positivos» - ou do teatro. 
No caso dos concertos para órgão de Haendel, o seu propósito incial era de entreter o público durante os longos intervalos das suas óperas. 
Haendel foi um músico genial e - tal como Vivaldi - foi empresário de teatro, tendo ficado quase falido devido a uma cabala dos aristocratas. 
Não se sabe muito bem quais foram os motivos dessa hostilidade; talvez tenham temido um excesso de influência do músico saxão na corte do rei da dinastia de Hanover. 
Porém, hoje Haendel é considerado tão inglês como muitos outros. A música nas Ilhas Britânicas não seria a mesma sem Haendel. Elevou a música instrumental e vocal a níveis nunca antes atingidos, no Reino Unido.