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quinta-feira, 1 de outubro de 2020

[Renegade Inc.] A MALDIÇÃO DA FINANÇA

 


https://www.youtube.com/watch?v=iES3dJmhORY&feature=youtu.be

«Finança bom, muita finança ainda melhor e a maior finança de todas, o máximo...»

Este mantra tem sido repetido em todas as economias desenvolvidas durante décadas e quase completamente capturou a mente dos políticos, da média e do público.
Vários países têm feito o impossível para atrair ao seu território as corporações financeiras, para «criar riqueza». Mas estudos recentes mostram que a financialização, em vez de acrescentar, extrai riqueza, esvazia a economia e potencia as desigualdades.
O anfitrião Ashcroft entrevista o autor Nick Shaxson e pergunta-lhe se, afinal, começa a despontar que, o que nos foi vendido como uma bênção, é antes uma maldição?

segunda-feira, 6 de novembro de 2017

PARAÍSOS FISCAIS

Com a nova fornada de fuga de informação, dos Paradise Papers, neste caso oriunda de uma firma chamada Appleby, especializada em obter condições favoráveis para capitais em jurisdições «off-shore» em condições legais, surgem publicados na media corporativa (Süddeustche Zeitung, The Guardian, ...) nomes sonantes, desde a Rainha de Inglaterra, até Wilbur Ross, membro do gabinete de Trump que teria participação em empresas russas sujeitas a sanções, impostas unilateralmente pelo governo dos EUA.
Repete-se o mesmo processo dos Panamá Papers,  de revelações sensacionais seletivas, que permitem usar - como armas de baixa política - dados confidenciais, nem todos implicando comportamento criminal ou ilícito, longe disso. 

Ao ler as notícias vem-me a sensação de náusea: com efeito, estas injeções de informação sobre os muito ricos ou muito poderosos e as suas «escapadelas fiscais» ocorrem nos mesmos jornais que são largamente controlados pelas corporações  elas próprias partes interessadas e participantes desses mesmos «paraísos». 
Parece-me que isto tem muito mais a ver com uma operação de condicionamento psicológico do que com uma preocupação deontológica em revelar a «verdade, só a verdade e toda a verdade». 

Porque ninguém na media mainstream faz as perguntas cruciais:

Os governos e as grandes corporações reconhecem que esta gestão «off-shore» é prejudicial para a economia dos diversos países, em particular obrigando a uma punção acrescida de impostos sobre os menos ricos, os da classe trabalhadora, os quais são também os que mais produzem e cujo o nível de consumo é determinante para o funcionamento da economia.
Eles têm o poder para mudar a legislação em seus próprios países, agindo ao nível dos parlamentos e dos governos, para impedir ou restringir fortemente a colocação em «off-shore» de captais privados ou de empresas. Nada disso seria um atentado à soberania desses micro-estados, admitindo que esses tenham efetivamente uma soberania, que sejam mais do que um pavilhão de conveniência para os grandes interesses aí resguardarem os seus capitais.  

A resposta a esta «inexplicável» ineficácia dos diversos políticos e dos grandes magnates é clara: só estão interessados em termos de imagem pública, de campanha eleitoral, mas não que estes meios de fuga «legal» ao fisco dos seus próprios países sejam verdadeiramente eliminados, visto que são beneficiários diretos dos mesmos. 


                       Graphic showing who is hiding their cash


terça-feira, 20 de setembro de 2016

AOS MEUS AMIGOS DE ESQUERDA...

O IMPOSTO SOBRE PATRIMÓNIO IMOBILIÁRIO DITO DE 

«LUXO» É UMA MENTIRA!


A causa apontada deste imposto é «fazer pagar os muito ricos»:
 mas os muito ricos têm o seu capital principal em off-shores! 
Em Portugal, os bancos TODOS proporcionam a quem tiver muito dinheiro (não importa como foi enriquecido!) abertura de contas em «filiais» nos diversos «paraísos fiscais». 
Deixem-se de fitas, este imposto destina-se a tapar à custa dos tostões da classe média (sempre ela) os buracos deixados nas contas públicas pelos dinheiros dos contribuintes INVESTIDOS em salvar os bancos, enquanto os responsáveis pelas suas atividades criminosas nem sequer têm qualquer mandato judicial. 
Ai, que triste país este!



POLÍTICA DE VERDADE APLICADA AO IMOBILIÁRIO 

SERIA ISTO: 



Precisamos de uma verdadeira lei do imobiliário social. Uma lei que puna os que deixam ao abandono casas, prédios inteiros, terrenos urbanos. Eles pagam quase nada de IMI e vão continuar a pagar quase nada, de acordo com a proposta de lei em discussão. 
O que precisamos é de uma lei que diga: ou restauram e põem no mercado de renda ou venda, ou estes prédios abandonados são expropriados pela autarquia. 
Tínhamos uma data de obras com consequente reabsorção do desemprego operário! 
Pensem nisso!