CARMINA BURANA DE CARL ORFF

Esta célebre «cantata pagã», foi uma construção de Carl Orff, baseada no manuscrito latino de monges goliardos.

Estes eram monges ou - mais provável - estudantes de teologia, que andavam de terra em terra (existem canções provenientes de Inglaterra, Alemanha, França, Espanha...), a vaguear pelas estradas dos reinos. O manuscrito do século 11 ou 12 , no qual se baseou Orff, revela a grande liberdade de costumes destes goliardos, com laivos de culto pagão e o glorificar da carne, sob pretexto de denunciar-lhe os pecados....

-------------------------

PT

SKIP NAVIGATION

01. Fortuna Imperatrix Mundi - I. O Fortuna
02. Fortuna Imperatrix Mundi - II. Fortune plango vulnera 03. I - Primo Vere - III. Veris leta facies
04. I - Primo Vere - IV. Omnia sol temperat
05. I - Primo Vere - V. Ecce gratum
06. Uf Dem Anger - VI. Tanz
07. Uf Dem Anger - VII. Floret Silva
08. Uf Dem Anger - VIII. Chramer, gip die varwe mir
09. Uf Dem Anger - IX. a) Reie, b) Swaz hie gat umbe, c) Chume, chum gesselle min
10. Uf Dem Anger - X. Were diu werlt alle min)
11. II - In Taberna - XI. Estuans interius
12. II - In Taberna - XII. Olim lacus colueram
13. II - In Taberna - XIII. Ego sum abbas
14. II - In Taberna - XIV. In taberna quando sumus
15. III - Cour d'Amours - XV. Amor volat undique
16. III - Cour d'Amours - XVI. Dies, nox et omnia
17. III - Cour d'Amours - XVII. Stetit puella
18. III - Cour d'Amours - XVIII. Circa mea pectora
19. III - Cour d'Amours - XIX. Si puer cum puellula
20. III - Cour d'Amours - XX. Veni, veni, venias
21. III - Cour d'Amours - XXI. In trutina
22. III - Cour d'Amours - XXII. Tempus est iocundum
23. III - Cour d'Amours - XXIII. Dulcissime
24. Blanziflor et Helena - XXIV. Ave formosissima
25. Fortuna Imperatrix Mundi - XXV. O Fortuna

O primeiro e último coros são o cântico «Ó Fortuna»

 (abaixo, tradução do latim, por Manuel Banet)

Ó Fortuna,como a Lua
variável nas suas fases,
sempre cresces,
e decresces;
vida detestável.
Tão cedo a fortuna oprime,
como nos cura,
no jogo, na mente lúcida,
e na pobreza
ou no poder
ela dissolve como o gelo.
Sorte cruel
e injusta,
És a roda que gira,
uma base instável,
uma falsa salvação,
que logo se pode quebrar
embora dissimulada
e velada
também pesas sobre minha cabeça;
por causa dos teus jogos malvados
é que estou agora
com as costas nuas.
A sorte salutar
e o sucesso
são me agora contrários,
meus desejos
e minhas recusas
confrontam-se à tua tirania.
Nesta hora
prontamente,
tangei as cordas de vossos instrumentos;
pois a Sorte
os fortes esmaga,
chorai todos comigo !

NB: 

Existe uma colectânea com reconstituição DAS CANÇÕES ORIGINAIS DO MANUSCRITO; VER AQUI