Algures numa planície, caminhava no meio de prados e de campos de trigo. O coração como que lhe saltava da caixa - de emoção - mas não sabia porquê.
A pouco e pouco, foi vendo a linha diáfana do horizonte e do dia a nascer. Parecia que tudo se ia tornar claro.
Porém, a claridade tão desejada não lhe trouxe senão os silvos das balas e o estrondo dos canhões.
A mortífera guerra civil era o cenário no qual estava marchando novamente, com os seus companheiros. Marchavam ao encontro dos do outro lado, que faziam exactamente como ele.
Sentiriam eles o mesmo que ele? Certamente!
Todos sabiam que este morticínio entre irmãos era a maior estupidez e acto criminoso, que se podia conceber. Mas, ele não tinha coragem para desertar. A probabilidade de ser apanhado era alta. Isso equivalia a morrer e da pior forma.
Mas, depois de ter visto o que a guerra realmente era, a única vitória que almejava era a da Paz. Era essa, somente, a esperança de sobreviver, de regressar para junto dos seus, de participar na reconstrução da casa, longe dos campos de batalha, para onde o arrastaram.
Acabou por acordar, rememorando o que sonhara antes: então, inventou nova versão do «Battle Hymn Of The Republic», com flauta e tantos outros instrumentos, mas sem letra: um Novo Hino... um hino à Paz e ao que nos une, humanos de todas as raças e crenças.
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